A única pergunta sobre corrupção feita no último debate entre os presidenciáveis, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), foi de um morador do Distrito Federal (DF). Desde 27 de novembro de 2009, quando a Polícia Federal abriu a Caixa de Pandora, o DF vive uma crise sem precedentes. O governador eleito José Roberto Arruda (ex-DEM) foi preso, cassado e solto. Atualmente, os brasilienses estão sob o comando de um governador biônico, chamado de Rogério Rosso (PMDB-DF).
A pergunta sobre corrupção foi feita para José Serra que, sem citar o nome de Dilma, atacou a candidata do PT indiretamente. Serra disse que o exemplo tem que vim de cima e que um presidente, governador ou prefeito tem que escolher bem as pessoas que trabalham ao lado de seu gabinete para não deixá-las cometer atos de corrupção. Assim, o tucano fez uma referência vaga e indireta para a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, suspeita de cometer, junto com seu filho Israel Guerra, tráfico de influência.
Na réplica, Dilma revidou o ataque, também sem citar o nome do adversário. Ela comentou sobre a importância de se investigar e punir casos de corrupção, “doa a quem doer”. Em debates anteriores, Dilma acusou Serra de não fazer nenhuma investigação no suposto sumiço de 4 milhões de reais do caixa da campanha presidencial do tucano, supostamente arrecadados de maneira ilegal pelo ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto.
O último debate entre os presidenciáveis foi realizado pela TV Globo na noite dessa sexta-feira, 29 de outubro de 2010. O debate foi dividido em três blocos e todas as perguntas – 12 no total – foram feitas por eleitores indecisos de diversas regiões do Brasil.
Os temas abordados foram funcionalismo público, agricultura familiar, corrupção, segurança, saneamento, educação, meio ambiente, políticas sociais, previdência e reforma tributária.
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