Se a vaga de candidato a vice-governador ficar com o PMDB, os petistas podem negar, e disfarçar, mas, no fundo, no fundo, fará parte do governo de Rogério Rosso
O Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal (PT-DF), desde a posse do ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM) até o presente momento – pelo menos formalmente –, não participou do Governo do Distrito Federal (GDF). Os últimos acontecimentos, contudo, levam a crê que o PT-DF, até o final do ano, fará parte do GDF.
Primeiro porque contribuiu com a eleição do governador biônico Rogério Rosso (PMDB-DF), mesmo sem dar um único voto. Segundo porque negocia com o padrinho de Rosso e presidente regional do PMDB-DF, Tadeu Filippelli, a vaga de candidato a vice-governador na chapa petista.
Se Filippelli ou outro nome do PMDB-DF for mesmo candidato a vice-governador na chapa petista, não há nada que impeça a participação do PT-DF no GDF.
Há, porém, um problema. Talvez a razão de alguns caciques do Diretório Regional negarem a intenção de fazer parte do GDF. O PT-DF pode se desgastar perante a sociedade ao fazer parte de um governo comandado por um chegado de Arrua e ex-aliado do pré-candidato a governador Joaquim Roriz (PSC-DF).
Antes de fazer parte do GDF, o PT-DF precisa levar em consideração o fato de o Distrito Federal ainda estar sob ameaça de intervenção federal. É preciso lembrar do tal “rolo compressor” do ex-secretário de Ralações Institucionais Durval Barbosa que, a propósito, foi presidente da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), o mesmo cargo ocupado pelo governador biônico Rogério Rosso.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, Durval Barbosa, quando presidia a Codeplan, no governo Roriz, já operava o esquema corrupto de arrecadação de propina do GDF. Inclusive, o maço de 50 mil reais que Arruda recebe num dos vídeos do inquérito foi arrecadado por Durval, então presidente da Companhia.
Quando chegará o “rolo compressor”? Quem ele esmagará? São perguntas que atormentam políticos com o rabo preso.
O PMDB-DF pode garantir a vaga de candidato a vice-governador na chapa petista. Ainda assim, para disfarçar a ligação com o governador biônico, o PT-DF pode não participar do GDF. Mas, no fundo, no fundo, estará ligado ao governo de Rogério Rosso que, sem dúvida nenhuma, ajudará a chapa em que estiver o seu partido.
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