Aumentam as notícias de corrupção envolvendo pessoas ligadas a Serra

As notícias de corrupção envolvendo pessoas ligadas ao candidato a presidente do Brasil José Serra (PSDB) estão formando uma enorme bola de neve. O problema é que grande parcela da sociedade brasileira não é informada sobre esses acontecimentos pela grande imprensa. A impressão que a população tem é a de que a candidata petista Dilma Rousseff é a única que está cercada por pessoas corruptas. Mas a bola de neve que está sendo formada com as notícias de corrupção envolvendo pessoas ligadas a Serra está ficando cada vez maior e difícil de ser escondida.

Primeiro veio a revelação de que a filha do candidato tucano, Verônica Serra, teria feito a maior quebra de sigilo bancário do mundo – notícia que não foi repercutida por nenhum grande veículo de comunicação. De acordo com a revista Carta Capital, a Decidir.com, empresa de Verônica Serra, teria por 15 dias violado o sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros. O suposto crime teria acontecido em 2001, durante o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso e do então ministro José Serra.

Depois, veio à tona a história do homem bomba do PSDB, o engenheiro Paulo Vieira de Souza, mais conhecido entre os tucanos por Paulo Preto. Segundo reportagem da revista Isto É, Paulo era acusado por líderes de seu partido de desaparecer com 4 milhões de reais, supostamente arrecadados de forma ilegal para a campanha eleitoral do PSDB.

Agora, temos a notícia de que o coordenador da campanha de José Serra, o senador Sergio Guerra (PSDB-PE), teria recebido dinheiro do “Mensalão do DEM”. Conforme uma reportagem da revista Carta Capital desta semana, a Polícia Federal encontrou um CD com indícios que podem comprometer, além do presidente nacional do PSDB, o senador Agripino Maio (DEM-RN). Com a inscrição “Dist. De Dinh. Da Qualy, 8/10/2005”, o CD contem uma gravação que conta em detalhes como era feito o suposto pagamento de dinheiro sujo para os aliados de José Serra.