(texto publicado no Blog do Luis Nassif)
Não estão claros, ainda, os movimentos políticos da presidenta Dilma Rousseff.
Em breve ela começará a enfrentar uma oposição inédita das centrais sindicais. O afastamento da Força Sindical é apenas um primeiro sinal. O sinal mais preocupante será da CUT e dos sindicatos filiados a ela. A continuar a dinâmica política atual, é questão de tempo.
Começou com estranhamento, em função da aproximação de Dilma de seus antigos adversários. Continuou com mágoas, pelo que consideram falta de atenção continuada. E está transbordando para raiva.
Um preço que o governo Dilma estará pagando de graça.
Movimentos iniciais
Ela foi eleita por uma base de apoio dos sindicatos, movimentos sociais, blogosfera, base criada por Lula e ampliada pela adesão de grandes grupos e da classe média satisfeita com os rumos da economia.
Teve por adversários, ferozes, o tea party de José Serra, a chamada opinião pública midiática, embalados pela velha mídia, manipulando preconceitos, espalhando boatos, recorrendo a um denuncismo inédito na moderna história política brasileira - similar ao modelo Rupert Murdoch.
Foi uma guerra épica, que deixou mortos e feridos de lado a lado.
Eleita, tendo a maior base de apoio parlamentar que um presidente já dispôs, tratou de se aproximar dos adversários e de reduzir a fervura política - no que agiu corretamente. Tem que investir em ser a presidente de todos os brasileiros.
Aí avançou o sinal.
Para mostrar que não era a "terrível" Dilma retratada pela mídia, afastou-se dos sindicatos. O Plano Brasil Maior, lançado ontem, conseguiu apresentar um pacto de competitividade do qual as centrais sindicais sequer participaram.
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