por José Seabra
(texto publicado no site Notibras)
Rebuscando antigas anotações de Bruno Seabra, uma espécie de primo-irmão do avô do meu avô, me deparo com um velho pergaminho amarelado pelo tempo, mas imune às traças que corroem imagens e máscaras de quem se apresenta supostamente imune a trapaças políticas.
É o texto Quase ministro, comédia em um ato do brilhante Machado de Assis. Uma história atual, no momento em que a presidente Dilma Rousseff se vê mais uma vez às voltas com problemas na sua equipe de assessores diretos.
Disposta a substituir Carlos Lupi no Ministério do Trabalho, a presidente determinou que se buscasse um nome sem manchas nos quadros do PDT. Alguém que ocupasse a cadeira na Esplanada dos Ministérios até o fim do governo, sem que sobre ele racaisse qualquer suspeita.
Não demorou e chegou-se ao nome do deputado brasiliense Antônio Reguffe. Afinal, pelo espaço que ocupa na mídia, o parlamentar é exemplo de dignidade. Avesso, como costuma dizer, a qualquer tipo de trapaça, ele apresentava-se consequentemente com o perfil de político íntegro, ideal para recompor a equipe ministerial.
Porém, já calejada com surpresas desagradáveis, a presidente mandou que fosse feita uma operação pente fino em torno do nome. Um Raio X completo. A partir daí, Reguffe, já avisado por amigos próximos que seria o primeiro representante de Brasília na equipe de Dilma, começou a ser cumprimentado, sendo cortejado para almoços e jantares.
Enquanto isso, o Palácio do Planalto investigava o pretenso escolhido. E descobriu que Reguffe, ao contrário do que se supõe, não é tão imune a erros. Dilma recebia no gabinete presidencial Carlos Lupi quando foi interrompida. Sobre sua mesa foi colocado um papel em que se lia que Reguffe não poderia ser ministro. É ficha suja.
O deputado foi servidor do Senado Federal. E, pior, funcionário fantasma. Foi nomeado por ato secreto de Agaciel Maia, então diretor-geral da Câmara Alta. Reguffe virou assessor de José Roberto Arruda quando o ex-governador do Distrito Federal era líder do PSDB.
5 comentários:
A saída de Arruda foi um golpe de estado, o governo de arruda fazia 2000 obras, o atual não consegue fazer nada.
Ele é um deputado exemplar, por isso ficam tentando atingi-lo com coisas antes do mandato. Mas o pior é que são mentiras! Ele tem além de folhas de ponto, até matérias de jornal que mostravam ele trabalhando. Portanto, ele não era fantasma. Contra fatos, não há argumentos. E tb suas nomeações foram todas publicadas no diário. Portanto, não eram secretas. O fato é que o Reguffe é um excelente deputado e realmente defende a população, mas faz inimigos por isso.
Isso é interesse contrariado. Mais uma prova que o Reguffe está de verdade defendendo a população. Estranho seria é se não tivesse reação a toda luta do cara.
A suspeita de que Reguffe seria funcionário fantasma por meio de ato secreto é muito difícil de comprovar. Se o ato foi secreto, como provar que ele existiu? A alegação de que o deputado seria vítima de armação por causa de sua atuação, portanto, teria cabimento.
Mais um daqueles artigos tentando denegrir a imagem do Reguffe, só porque ele se posiciona contra toda a podridão que impera.Essa história de ato secreto é o maior absurdo que já li.E quem o acompanha há tempos, sabe exatamente como aconteceu sua nomeação como servidor, tudo dentro da legalidade. Força Reguffe, estamos com vc e sabemos da sua idoneidade e total FICHA LIMPA!
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