O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), pode cair junto com o ministro dos Esportes, Orlando Silva (PCdoB). Assumiria no seu lugar o vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), que, até agora, não tem nenhuma notícia de corrupção contra sua pessoa.
De 2003 a 2006, Agnelo Queiroz foi ministro dos Esportes e Orlando Silva, o secretário-executivo da pasta. Na época filiado ao PCdoB, o governador concorreu ao cargo de senador nas eleições de 2006. Ficou em segundo lugar, mas não foi eleito. De acordo com as denúncias publicadas na revista Veja, o suposto dinheiro desviado do Programa Segundo Tempo teria financiado campanhas políticas do PCdoB em 2006.
“A passagem de Agnelo pelo Ministério do Esporte e sua convivência partidária com o PCdoB não oferecem fatos que mereçam censura ética ou legal”, defendeu em nota a secretaria de Comunicação Social do governador.
Investigados na Operação Shaolin da Polícia Civil, contudo, acusaram o governador Agnelo Queiroz de ter participado do esquema de corrupção, recebendo suposto dinheiro de propina cobrado das Organizações Não Governamentais (ONGs), participantes do Programa Segundo Tempo.
As notícias sobre a suposta participação de Agnelo no esquema de corrupção no Ministério dos Esportes vieram à tona antes dele ser o candidato do PT-DF ao governo. Na época, Agnelo disputava com o atual secretário de Habitação Geraldo Magela (PT) a indicação do partido. Agnelo venceu a disputa e foi indicado para ser o candidato petista ao governo do DF graças ao apoio que recebeu do Palácio do Planalto.
Agora, a situação é bem diferente. A presidenta Dilma Rousseff, que perdeu a eleição no Distrito Federal para Marina Silva no primeiro turno da disputa presidencial de 2010, pode lavar as mãos e deixar que o governador Agnelo caia junto com o ministro Orlando Silva.
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