Testemunhas, documentos e áudios. O que mais precisa ser divulgado para comprovar a existência de um esquema de corrupção no Ministro do Esporte?
Só se for um vídeo onde apareça Orlando Silva (PCdoB) recebendo maços de dinheiro, assim como foi flagrado o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (ex-DEM).
O policial militar João Dias não tem uma prova que conste a voz do ministro, conforme declarou à imprensa nessa segunda-feira. Ainda assim, 10 dias após a publicação de reportagem na revista Veja com a denúncia de João Dias, não param de ser publicados pelos jornais, revistas, rádios e TVs indícios que confirmariam a existência de um suposto esquema de corrupção no Ministério do Esporte.
E a tendência é só aumentar a divulgação de notícias sobre o caso. Nesta quarta-feira, 26 de outubro, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados ouvirá o policial militar João Dias.
Além das prováveis provas apresentadas por João Dias, o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU) também apontam graves problemas em contratos do Ministério do Esporte, firmados com as Organizações Não Governamentais (ONGs).
Só no ano passado, segundo o TCU, o Ministério do Esporte deixou de analisar 1 mil e 493 prestações de contas de uso de recursos federais em convênios, avaliados em R$ 801 milhões. De um total de 160 convênios, em 2009, o Tribunal encontrou “fragilidades” em 55 deles. Os outros 105 não foram sequer vistoriados.
Relatórios da CGU revelam que, entre 2002 e junho de 2011, há irregularidades em 67 convênios. Por falhas na prestação de contas e por não executar os serviços, as ONGs teriam que devolver para os cofres públicos, segundo a Controladoria, mais de 50 milhões de reais.
Quanto mais tempo o ministro resiste ao bombardeio das notícias, pior para a imagem dele e de seu partido, o PCdoB. Pior ainda para o governo, para a presidenta Dilma Rousseff e para o PT – o que inclui na lista o governado do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.
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