Apesar de haver quórum para votação, presidente da Comissão de Assuntos Sociais da CLDF afirma que não faz sentido continuar os trabalhos com a crise política instaurada na cidade
A presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), deputada Liliane Roriz (PRTB), decidiu encerrar nesta quarta-feira (19) como protesto a reunião ordinária que analisaria proposições que tramitam na Câmara Legislativa. Em sua justificativa, a distrital afirmou que os deputados não podem mais fingir que nada está acontecendo no Distrito Federal. Com a decisão, projetos de interesse do Executivo local e de parlamentares, que aguardam análise da comissão temática, ficam parados até a próxima reunião.
“A mídia nacional traz hoje a informação de que o novo governador do DF é alvo de investigação no Superior Tribunal de Justiça e mais uma vez a crise política se instaura na capital da República”, afirmou. A parlamentar cobrou dos demais distritais a mesma postura de protesto, uma vez que o silêncio do governador “potencializa a atual crise”. “É no mínimo incoerente a Câmara Legislativa seguir seu trabalho normalmente, como se nada estivesse acontecendo, se uma das principais prerrogativas desta Casa é fiscalizar o executivo e seus membros”, emendou.
Antes de encerrar a reunião da comissão, Liliane Roriz passou a palavra para os deputados Washington Mesquita (PSD) e Luzia de Paula (PPS), vice-presidente da CAS. “Entendemos a postura de Vossa Excelência e nos solidarizamos com a decisão por entender que o papel da Câmara Legislativa é realmente de fiscalizar”, afirmou Mesquita. “Está na hora desta Casa fazer algo. A oposição é pequena, quase insignificante, mas existe. E eu, como legítima opositora ao atual governo e presidente desta comissão, estou fazendo a minha parte”, declarou Liliane Roriz.
A próxima reunião da Comissão de Assuntos Sociais está prevista para ocorrer no dia 26 de outubro. Ainda não há confirmação, no entanto, se a deliberação ocorrerá na Câmara Legislativa ou em alguma localidade do DF escolhida pelo projeto “Comissão Itinerante”.
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