A saída de Orlando Silva do Ministério do Esporte foi tarde de mais, portanto, a crise que teve início com as denúncias do policial militar João Dias pode não ter um fim imediato. Os holofotes agora podem se voltar para o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).
Foi o próprio Orlando Silva que disse que se reuniu com João Dias a pedido de Agnelo, então ministro do Esporte. O governador nega qualquer envolvimento com o suposto esquema de corrupção, mas o auxiliar administrativo Michael Alexandre Vieira da Silva acusa Queiroz de ser o verdadeiro chefe do suposto esquema de desvio de dinheiro público do Programa Segundo Tempo.
Além das suspeitas sobre o governador do DF, outro fato que não deixará a crise acabar tão cedo é a autorização, pelo Suprimo Tribunal Federal (STF), de abertura de inquérito para investigar as denúncias de corrupção envolvendo os contratos do Ministério do Esporte.
O andamento do processo e o seu resultado no STF podem ser o combustível necessário para a imprensa continuar noticiando sobre as suspeitas de desvio de dinheiro no Ministério do Esporte.
Atualização: conforme a notícia abaixo, as investigações continuarão no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e, não, no STF, como escrevi acima.
Gurgel: inquérito sobre Orlando continuará mesmo com sua saída
(texto publicado no site Terra)
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta quarta-feira que as investigações sobre a denúncia de desvio de recursos públicos no Ministério do Esporte continuarão mesmo que o ministro Orlando Silva deixe o cargo. Segundo Gurgel, a única diferença, caso ele saia, é que o caso será analisado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e não mais no Supremo Tribunal Federal (STF).
Nenhum comentário:
Postar um comentário