As eleições 2010 revelaram que a internet no Brasil, ainda, não pode ser considerada o principal meio de comunicação para a realização de campanhas. Ainda. Pois vai chegar um dia em que os vencedores nas urnas serão também aqueles que tiverem a maior presença e a melhor estratégia na internet.
Neste dia, o acesso à internet banda larga será tão comum, quanto é hoje o acesso ao telefone celular. A televisão que, por enquanto, continua sendo o principal veículo de comunicação, estará integrada a internet, bem como os demais meios de informação.
Tudo isso não é uma previsão futurista, mas uma realidade presente que começa a brotar no Brasil e que já existe em outros países.
O exemplo real de que a internet assumiu papel protagonista nas campanhas o mundo inteiro viu em 2008, durante as eleições presidenciais dos Estados Unidos.
Brasil e Estados Unidos. Nações diferentes. Realidades distintas. Enquanto os brasileiros são obrigados a votarem, o voto no país do Tio Sam é facultativo.
O Brasil é um país subdesenvolvido, onde 30% da população têm acesso à internet. Os Estados Unidos são um país desenvolvido, 60% dos americanos se conectam a rede mundial de computadores.
Estas são algumas das diferenças entre as duas nações que explicam porque, até agora, a internet ocupou papeis distintos nas campanhas eleitorais dos dois países.
Apesar da internet ainda não ter assumido papel de destaque na comunicação entre candidato e eleitor, no Brasil, tudo indica que ela caminha para isso. Tanto que os políticos e os profissionais de comunicação perceberam a nova realidade e começaram nas eleições de 2010 a construírem as bases para a nova comunicação no próximo campeão de audiência.
As eleições 2010, portanto, podem se consideradas o marco onde a internet começa, no Brasil, a assumir o papel de relevância nas campanhas eleitorais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário