Blog do Paraíso: Conheça as novidades do novo Código de Ética do Jornalista Brasileiro

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Conheça as novidades do novo Código de Ética do Jornalista Brasileiro


Depois de três presidentes eleitos democraticamente, após a ditadura, depois do advento de novas tecnologias que revolucionaram os meios de comunicação, depois do surgimento da rede mundial de computadores, enfim, depois de 22 anos marcados por revoluções tecnológica, social, cultural e econômica, finalmente o Código de Ética do Jornalista Brasileiro é alterado. A mudança ocorreu num congresso nacional de jornalistas realizado no dia 4 de agosto de 2007. A grande novidade está na inclusão do capítulo que fala “das relações profissionais”. Nele há dois artigos. Um trata da “cláusula de consciência”, onde é um direito do jornalista “se recusar a executar quaisquer tarefas em desacordo com os princípios deste Código de Ética ou que agridam as suas convicções”. Já o outro artigo do novo capítulo pode acabar com a exploração dos “jornalistas multimídia”. De acordo com o ele, o jornalista não deve “acumular funções jornalísticas ou obrigar outro profissional a fazê-lo, quando isso implicar substituição ou supressão de cargos na mesma empresa. Quando, por razões justificadas, vier a exercer mais de uma função na mesma empresa, o jornalista deve receber a remuneração correspondente ao trabalho extra”. Inserida no capítulo referente à responsabilidade profissional, outra grande novidade é a permissão do uso de identidades falsas, câmeras escondidas, microfones ocultos, enfim, o uso de maneiras inadequadas para divulgar informações, quando o caso for de “incontestável interesse público e quando esgotadas as outras possibilidades de apuração”. Ou seja, a novidade favorece a prática do “jornalismo investigativo”. O Código de Ética também foi atualizado no que diz respeito ao uso de novas tecnologias como, por exemplo, a de fotomontagem. Segundo o parágrafo quinto do artigo 12, o jornalista deve “rejeitar alterações nas imagens captadas que deturpem a realidade, sempre informando ao público o eventual uso de recursos de fotomontagem, edição de imagem, reconstituição de áudio ou quaisquer outras manipulações”. É tudo muito bonito. Mas como será na prática?

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