Blog do Paraíso: novembro 2009

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O dilema do DEM e dos moradores do DF


No programa de TV do partido (vídeo acima), DEM ostentou seu único governador. Agora, se encontra num dilema: expulsar ou não Arruda.

O Democratas (DEM), partido que, em 2005, combateu o mensalão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem agora mais uma oportunidade de se opor a um novo mensalão, o do Arruda.

Assim como em 2005, quando o DEM conseguiu derrubar o então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, o partido tem a oportunidade, e com provas bem mais concretas, de ir até as últimas consequências, chegando até a expulsar do partido o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Se não fizer isso, o esquema de corrupção deverá se chamar “mensalão do DEM”, afinal, manter o governador no partido é aceitar a corrupção praticada pelo político, o que pegaria muito mal para os demos. A sociedade ficará sabendo que o combate à corrupção realizado há pouco mais de quatro anos não passava de uma hipocrisia.

Enquanto a cúpula do DEM não toma a decisão, adiada para o final da tarde desta terça-feira, não seria conveniente chamar o crime de “mensalão de Brasília”. Coitada da cidade. Já basta o desgaste que ela sofre por causa da corrupção praticada na Esplanada, e na Praça dos Três Poderes, por políticos de outros estados. O certo mesmo é “mensalão do Arruda”.

Se Arruda for expulso, ele não poderá se candidatar à reeleição em 2010, pois o prazo de troca de partido, estabelecido pela justiça eleitoral, já acabou. Haverá outra consequência se o governador sair do DEM. O processo de impeachment terá mais gás, afinal, o próprio partido de Arruda estará reconhecendo sua culpa no esquema de cobrança de propina e compra de deputados baratos.

Os moradores do Distrito Federal também vivem um dilema. Se o pedido de impedimento da Ordem dos Advogados do Brasil for realmente formalizado na quinta-feira, quem o julgará será a Câmara Legislativa. Quer dizer, os próprios envolvidos se autojulgarão, pois a base aliada do governador Arruda é composta por 19 dos 24 distritais.

Mas, se o processo for desmembrado, e uma parte ficar com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal, o panetone pode virar pizza do mesmo jeito. O inquérito que investiga o “mensalão do Arruda” também cita gente do judiciário. Na verdade, os três poderes do Distrito Federal estão envolvidos no esquema.

Os moradores do DF, portanto, devem estar se perguntando: e agora? Quem poderá nos defender?

Mensalão do Arruda, ou do DEM, pode ter começado no governo Roriz


O mensalão do Arruda, ou do DEM, teria começado no governo de Joaquim Roriz (PSC), conforme reportagem do Fantástico (veja acima). A Caixa de Pandora foi aberta na sexta-feira (27) com a operação da Polícia Federal. De lá para cá, os males não param de vir à tona. E cada vez mais causam mais indignação ao morador do Distrito Federal (DF) e aos brasileiros. A impressão (?) é de que o DF é um desavergonhado antro de corrupção. Praticamente, 80% dos parlamentares da Câmara Legislativa podem estar envolvidos. Quer dizer, a Casa não tem moral, lisura ou legitimidade para tomar qualquer providência.

domingo, 29 de novembro de 2009

Impeachment já!!

Um processo de impeachment contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), e a cassação do mandato de parlamentares envolvidos, são o mínimo que poderá acontecer, se é que haverá alguma punição, caso o óbvio se confirme; caso o suposto evidente esquema de corrupção no Governo do Distrito Federal (GDF) e na Câmara Legislativa seja confirmado. A propósito, para deixar de ser suposto falta o que?

Há testemunhas, provas matérias, gravações de conversa e de imagem (veja Arruda recebendo a grana no vídeo acima). Enfim, falta o que? Para mim, falta apenas o fim da investigação da Polícia Federal e só. Enquanto isso não acontece, alguém já ganhou o panetone de natal deste ano?

sábado, 28 de novembro de 2009

A Caixa de Pandora foi aberta: Arruda é suspeito de comprar apoio de deputados distritais da base aliada


A Caixa de Pandora foi aberta pelo Jornal Nacional (veja o vídeo acima) – também pudera, nunca vi um anúncio do Governo do Distrito Federal (GDF) ser veiculado no intervalo do telejornal. Agora, mais ou menos, 50 milhões de brasileiros sabem que o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), é suspeito de ter comprado apoio dos deputados distritais da base aliada.

Mas e aí? Haverá um aprofundamento nas investigações? Alguém será punido? Faço estas questões ao lembrar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada em 9 setembro, para investigar denúncias de irregularidades nos contratos de prestação de serviços celebrados entre a Universidade de Brasília (UnB) e a Fundação de Estudos e Pesquisas em Administração e Desenvolvimento (Fepad).

Mais conhecida por CPI Digital, a Comissão, até agora, não investigou ninguém, mesmo depois de ter todos os membros nomeados; mesmo depois de ter realizado sua primeira reunião; e mesmo depois de ter aprovado até requerimentos. As investigações não foram para frente porque, em 15 de setembro, Arruda teria enquadrado os distritais para cancelar a CPI Digital. E isso foi feito por meio do esvaziamento da Comissão, com a retirada dos parlamentares da base aliada.

Este grave precedente me causa preocupação. Arruda pode ficar impune e, até mesmo, ser reeleito em 2010. Apesar disso, a Caixa de Pandora está aberta para o eleitor formar sua opinião antes de ir às urnas na próxima eleição. No site do G1, é possível acessar a íntegra do inquérito. Há também trechos da conversa gravada entre o governador Arruda e o ex-secretário de Relações Institucionais do GDF Durval Barbosa.

Veja abaixo a reprodução dos trechos da conversa gravada:

Arruda: Tudo bom, Durval?

Durval: Mais ou menos, né? Vamos olhar isso aqui primeiro? Isso aqui é o seguinte: isso aí foi do ???. Eu até perguntei pro Maciel se ele tinha alguma... Alguma soma, pra isso aí. Aí ele falou: Não, ele prefere conversar com você. Aí o que que aconteceu, o Gilberto foi doze, tirando os impostos, ficou novecentos e quarenta e oito. Aí antecipou a você. O Paulo... O Paulo Octávio [vice-governador do DF] mandou pagar cinquenta ao Giffone [Roberto Giffoni, corregedor-geral do DF] e cento e vinte ao Ricardo Pena [secretário de planejamento do DF]. Aí, o Toledo resolveu o caso desses... Do meninos aí, que eu acho que é louvável, que é o Miquiles e o Nonô, tá?

Arruda: Quem?

Durval: Miquiles e Nonô. Miquiles cê sabe quem é. Nonô é o... foi o diretor lá. Que... Situação de penúria. Aí ficou, é... seiscentos e vinte e oito. Seiscentos e vinte e oito, aí soma esses totais aí que chegaram, ta faltando chegar cem da Vertax, é... E ta faltando chegar... Aí o Gilberto ta faltando chegar, que dá um pouco. Aí vem o Re... A questão do conhecimento, do reconhecimento, dá uns nove, aproximadamente nove. Aí, vai uns setecentos e cinqüenta, oitocentos, por aí.

Arruda: Hoje tem disponível isso aqui?

Durval: Hoje, hoje tem isso aí pra você fazer o que cê quiser, pagar a missão. Agora, se for no... no... na coisa normal, no dia a dia, no comum, cê teria hoje quatrocentos disponível. Pra entregar a quem você quisesse.

Arruda: Ótimo

Durval: Tá? Mas se você tiver outra missão... Você fez muito acordo e eu não... Eu falei com o Maciel o seguinte, eu falei: Olha Maciel, tem que olhar o seguinte: ele fez muito acordo nesses negócios (???) política. Então, tem que perguntar pra ele, pra gente não antecipar as coisas. Aí, quando veio esse negócio do Paulo Octávio, eu falei Puta! Já sacaneou de novo. Entendeu?

Arruda: É.

Durval: Mas se tiver de reclamar com você, e não fala pro Paulo Octávio pra primeiro te perguntar.

Arruda: Ah é. Mas tô querendo (???) seguir as ordens do Paulo. Primeiro, fala comigo.

Arruda: Deixa eu te perguntar, nesse valor aqui de nove, novecentos... novecentos e noventa e quatro, você já pegou sua parte?

Durval: É foda! É encantamento. Encantamento é uma desgraça.

Arruda: É. Deixa eu te perguntar uma coisa, é... somando as quatro daqui, quanto foi pago?

Durval: Foi pago quinze bruto. Quinze... Quinze tudo. Quinze, quinze, quinze. Quinze. Do Gilberto foi pago doze. Cê multiplica aí por vinte ponto vinte e seis. O dele é maior um pouquinho, que é cinco a mais. É ponto vinte e seis, ponto cinco, dá novecentos e quarenta e oito. Aí ele tá, tá bancando. E... esse da Infoeducacional, olha aí como é que foi. Foi sessenta pro valente, tá? Porque ele deu integral, não descontou nada. Só veio pro Valente. Deu sessenta pro Valente, sessenta pro Gibrail, mais o Fábio Simão, que são os donos lá da área financeira, né? E não pode... e não tem jeito. Aí, fico.... sobrou um sete oito.

Arruda: Deixa eu te perguntar, nesse valor aqui de nove, novecentos... novecentos e noventa e quatro, você já pegou sua parte?

Durval: Não, eu... Eu só pego quando cê acerta. Só pra pagar advogado.

Arruda: Não. Mas tem que pegar a sua parte, ué. Nós pagamos é...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Nota à imprensa: STJ autoriza busca e apreensão no Distrito Federal

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou operação de busca e apreensão pela Polícia Federal em residência, local de trabalho ou sede de 16 pessoas físicas e jurídicas, com o objetivo de coletar provas sobre suposta distribuição de recursos ilegais à “base aliada” do governo do Distrito Federal. A determinação se deu em inquérito policial que apura a possível participação de autoridades com foro privilegiado no STJ nessas atividades.

As buscas e apreensões decorrentes da autorização foram acompanhadas por procuradores do Ministério Público Federal nos 24 locais indicados, sendo 21 no Distrito Federal, um em Goiânia (GO) e dois em Belo Horizonte (MG). A medida visa descobrir provas e indícios de eventual vínculo mantido entre os investigados e a suposta participação de cada um em atos ilícitos.

O despacho do ministro relator, acolhendo pedido do Ministério Público, determinou que as buscas fossem feitas com discrição, de modo a assegurar a intimidade e preservar os direitos subjetivos dos investigados. Nesse sentido, “as diligências deverão ser realizadas com absoluta discrição”, “de modo a causar o menor incômodo às pessoas envolvidas” e “a causar o menor dano possível aos bens dos investigados”.

Para manter o sigilo da operação até que fosse deflagrada, determinou o ministro relator que não seria permitido que se informasse ou que se convocasse a imprensa. Do mesmo modo, nas diligências foi proibida a utilização ostensiva de vestimentas da Polícia Federal, assim como a exposição desnecessária de armamentos pesados.

As investigações sobre suposto repasse de recursos de origem ilícita foram reforçadas pela delação de um ex-secretário de Estado do Distrito Federal, que aceitou que fosse instalado em suas roupas equipamentos de escuta ambiental. Em função disso, foi aberta a ele a participação em programa de proteção de testemunhas da Polícia Federal. Concluída a operação, o relator retirou o segredo de justiça imposto ao inquérito.

Fonte: STJ

Tomara que a Caixa de Pandora seja, realmente, aberta


“A caixa de Pandora é uma expressão muito utilizada quando se quer fazer referência a algo que gera curiosidade, mas que é melhor não ser revelado ou estudado, sob pena de se vir a mostrar algo terrível, que possa fugir de controle.” Encontrei esta afirmação na Wikipéida, após saber que a Polícia Federal (PF) começou, na manhã desta sexta-feira (27), uma oporação na Câmara Legislativa batizada de Caixa de Pandora.

Na operação, a PF executou um mandado de busca e apreensão emitido pelo Superior Tribunal de Justiça a pedido do Ministério Público Federal. A polícia entrou nos gabinetes da presidência da Câmara Legislativa e dos deputados distritais Eurides Brito (PMDB), Rogério Ulysses (PSB) e Leonardo Prudente (DEM), para colher material para a investigação que corre sob segredo de justiça.

Os policiais também foram à residência oficial do governador José Roberto Arruda (DEM), onde trabalha o chefe de gabinete, Fábio Simão. As buscas aconteceram ainda nas residências do secretário-chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, do secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, do assessor de imprensa do governo do DF, Omézio Pontes, do chefe de gabinete da Governadoria, Fábio Simão, do secretário de Educação, José Luiz Valente, e do suplente de deputado distrital Pedro do Ovo (PRP), conforme o site do Correio Braziliense informou.

O que isso quer dizer? Quer dizer que a caixa de pandora foi aberta? Não, porque está sob segredo de justiça. A caixa será aberta? Olha. Se a Caixa de Pandora seguir o exemplo da operação Satiagraha – aquela do prende e solta do Daniel Dantas, patrocinado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes –, dificilmente algo será descoberto. Quero dizer, a Caixa não será aberta.

Como vimos na Satiagraha, o então delegado Protógenes Queiroz foi afastado da investigação, passou a ser réu e foi suspenso da PF. Ele corre o risco de ser, até, expulso. E ninguém até agora está preso. Esta minha comparação não é uma torcida contra a abertura da Caixa de Pandora. Muito pelo contrário. Quero que ela seja aberta e que venha a luz “algo terrível, que possa fugir de controle”, dos investigados, é claro.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A farsa da eleição interna do PT

Tenho profunda consideração pelo Partido dos Trabalhadores (PT), principalmente, porque ele conseguiu eleger o primeiro proletariado presidente do Brasil, contudo, me sentiria muito mal se não questionasse a legitimidade do PED (Processo de Eleições Diretas, um nome muito técnico que não poderia existir, se substituído por Eleições do PT). Farei o questionamento com base numa pequena observação. Veja esta imagem, abaixo deste parágrafo. Trata-se de um texto postado no Blog da Ana Maria Campos, repórter do jornal Correio Braziliense.


Publicado às 19h e 11 minutos de segunda-feira, 23 de novembro, o texto informa que o deputado federal Geraldo Magela (PT-DF) venceu, no DF, a disputa pela presidência nacional do PT. De acordo com a jornalista, Magela ficou com 46,60% dos votos, enquanto o candidato apoiado pelo presidente Lula, José Eduardo Dutra, teve 33,77%. A informação de Ana Maria poderia ser confirmada – e eu confirmei – no site desenvolvido pela Secretaria de Organização do PT para o acompanhamento, em tempo real, da apuração dos votos do PED para a disputa nacional.

Alguns minutos antes da jornalista publicar o texto no seu blog, a página da internet do jornal Correio Braziliense já anunciava o vitória de Roberto Policarpo para presidente do PT-DF, com 75% dos votos válidos. Veja a imagem abaixo:


Agora, o mais estranho dessa história toda é que, às 10h desta quarta-feira, 25 de novembro, o site de acompanhamento, em tempo real, da apuração do PED continha um novo resultado, para o DF, na disputa pela presidência nacional do PT. Veja a imagem abaixo:


Antes com 46,60% dos votos, Magela agora tem 20,2% e Dutra, 52,5%. Que diferença!! Não sou bom de matemática, aliás, não é preciso saber, sequer, somar para perceber a grosseria do erro cometido pela Secretaria de Organização do PT, se é que foi um erro.

Particularmente, acho que não foi um erro e, sim, uma trapaça. E digo mais. Se o PT continuar assim, sem lisura na sua eleição interna, ficará num nível pior que se encontram hoje os demais partidos. Neles, todo mundo sabe, os presidentes e diretores são aqueles com maior poder econômico. Não existe nenhum "Processo de Eleições Diretas" para esconder que quem tem mais poder econômico é favorecido dentro do Partido.

Atualização

Às 15h e 45 minutos desta quarta-feira (25), a Secretaria de Organização do PT corrigiu o resultado do PED no DF. Conforme a imagem abaixo, Magela voltou para os seus 46%. Já Dutra aparece com 34, 2%. É... parece que foi um erro. Mesmo assim, esta minha matéria vai ficar aqui, para reflexão.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Caminho livre para Agnelo

A eleição de 2010 foi crucial para a vitória, já no primeiro turno, de Roberto Policarpo na disputa pela presidência do PT do Distrito Federal (DF). Graças a um acordo para a composição da chapa majoritária, em 2010, foi possível alcançar a tão almejada “unidade”. Em troca do apoio do Partido dos Trabalhadores à candidatura do deputado federal Geraldo Magela (PT-DF) ao Senado, o candidato da tendência Movimento PT, Dirsomar Chaves, retirou o seu nome da corrida pela direção da legenda para apoiar Policarpo.

Com 5 mil 373 votos, um percentual de 75% do total, Roberto foi eleito presidente do PT-DF no PED (Processo de Eleições Diretas, horroroso nome que se dá para a eleição interna do Partido). Pela expressiva quantidade de votos, parece que o apoio de Dirsomar veio a calhar. Mas, agora, o mais importante é que já se sabe que Magela pretende concorrer ao Senado, o que quer dizer que o recém filiado ao PT Agnelo Queiroz tem o caminho livre para trabalhar sua candidatura para o Governo do Distrito Federal (GDF). Há ainda o pré-candidato Chico Floresta, mas não será difícil tirá-lo de letra, afinal, Chico está sem mandato e enfraquecido, portanto.

Com o caminho livre, e o apoio do atual relator-geral do Orçamento do Governo Federal, Agnelo já pode adotar medidas para enfrentar os seus fortíssimos concorrentes: o atual governador do DF, José Roberto Arruda (DEM), e o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) – ambos tiveram que renunciar ao mandato de senador para não perderem os direitos políticos por má conduta (respectivamente, violação do painel de votação secreta e partilha de cheque para compra de um bezerro, tão caro que só poderia ser de ouro).

Enfim, se o caminho já está livre, também já está na hora de somar ao abraço outra estratégia, capaz de enfrentar e vencer um governador no poder e um político com a fama de doador de lotes e de pão e leite.

domingo, 15 de novembro de 2009

O abraço será a principal arma de Agnelo para vencer a eleição


O governador do Distrito Federal (DF), José Roberto Arruda (DEM), tem a máquina administrativa a seu favor, está numa homérica maratona de inauguração de obras e faz a imprensa comer em suas mãos, impedindo-a de mostrar os problemas da sua administração. Já o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) se encontra em situação menos favorável, afinal, não está no governo local. Mesmo assim, possui a fama de ter governado por quatro vezes o DF e por ter dado lotes para quase todos os moradores das cidades satélites, o que lhe rende, até hoje, muitos fãs. Recentemente, ele percorre o Distrito Federal com a “Caravana da Esperança” para filiar apoiadores ao PSC. Agora, o que anda fazendo o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT)?

Para a imprensa, o ex-ministro do Esporte Agnelo Queiroz é o candidato do PT, embora existam os também pré-candidatos petistas Geraldo Magela (deputado federal) e Chico Floresta (ex-distrital). A candidatura de Agnelo Queiroz para governador do DF é tida como certa porque ele possui o apoio do Chico Arruda... aham... quero dizer, Chico Vigilante, atual presidente do PT-DF e integrante da maior, e mais forte, tendência do Partido dos Trabalhadores, a Construindo um Novo Brasil (CNB). Mas, enfim, como Agnelo Queiroz está trabalhando a sua, digamos, pré-candidatura do Governo do Distrito Federal? Afinal, o que ele está fazendo para não ficar atrás de seus concorrentes, Arruda e Roriz? Sinceramente, não sei.

Fui dar uma olhada no Twitter (@AgneloQueiroz) dele para saber as novidades. A última atividade do ex-ministro, segundo seu perfil no microblog, aconteceu na sexta-feira (13), quando participou da posse do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do DF (Creci-DF). Certamente, Agnelo deve ter feito o que sabe fazer de melhor: abraçar os eleitores. Esta, afinal, parece ser sua principal arma para enfrentar Arruda, com a máquina administrativa, e Roriz, com a fama adquirida em quatro mandatos.

Não será, portanto, nenhuma surpresa se nas próximas eleições para governador o candidato petista tiver desempenho igual, ou pior, que Arlete Sampaio, terceira colocada na disputa de 2006.

Por estas razões, fica fácil acreditar na veracidade da nota publicada na sexta-feira (13), no jornal O Globo. A nota informa que “o presidente Lula quer que o PT dê apoio à reeleição do governador José Roberto Arruda, do DEM”.

sábado, 14 de novembro de 2009

Roriz vai a Santa Maria e ouve de seus fãs “volta Roriz”


O ex-governador do Distrito Federal (DF) Joaquim Roriz (PSC) foi cercado de fãs, ao chegar, em Santa Maria, na tarde deste sábado, para participar da “Caravana da Esperança”, ocasião em que ele afirmou, no palanque, que todos sabem o que ele veio fazer na cidade e não era, portanto, necessário dizer. Incentivados pelos animadores de torcida, os eleitores próximos ao palco bradavam “Roriz de novo. Governador do povo” e “volta Roriz”.

Mas o evento não era para pedir voto, afirmou sua filha, a deputada distrital Jaqueline Roriz (PMN), que minutos depois disse que o PSC precisará do deputado distrital Junior Brunelli (PSC) no Senado Federal. A propósito, Brunelli, aquele que foi um dos primeiros a retirar o nome da CPI Digital, informou que o Partido Social Cristão tem candidato a deputado federal. Na mesma hora, ele cumprimentou o deputado federal Laerte Bessa (PSC).

Incomodado pela fiscalização do Ministério Público (MP), Laerte Besse acusou o órgão de estar a serviço do Governo do Distrito Federal e desafiou os promotores que poderiam estar no local para ir falar com ele. Para Bessa, não é papel do MP fiscalizar quem está descumprindo a lei que proíbe campanha antes do dia 5 de julho. Isso é papel, segundo o deputado, do Tribunal Regional Eleitoral.

Ao som de “As Andorinhas Voltaram”, do Trio Parada Dura, música repetida por diversas vezes na atividade, a “Caravana da Esperança” teve fim. Quando os moradores começaram a ir embora, Roriz, no entanto, chamou todo mundo para dar um recado. Ele informou que fará um “pranfreto” com o nome de todos os pré-candidatos apoiados por ele. O “pranfreto” será distribuído na cidade e, segundo Roriz, quem não estiver na lista de pré-candidatos é porque é "traíra".

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Está no ar o blog do primeiro Encontro Brasileiro de Grafiteiros


Amigo leitor, farei um breve parêntese neste comentário, deixando a eleição de 2010 um pouco de lado, para convidar você a acessar o blog do “100 Muros. Mil Cores”. Com recursos do Ministério da Cultura, o projeto reunirá na estação do metrô “Ceilândia Sul” artistas de todo país para participarem do primeiro Encontro Brasileiro de Grafiteiros. Não escreverei mais porque será desnecessário, se você acessar o blog do evento.

domingo, 8 de novembro de 2009

Saulo Dias empatado com Paulo Tadeu na disputa para distrital


O jornal Alô Brasília divulgou, recentemente, uma pesquisa que ouviu duas mil e 100 pessoas para saber a preferência do eleitor do Distrito Federal (DF) na eleição de 2010. Com margem de erro de 3,5%, o estudo revela que o governador do DF, José Roberto Arruda (DEM), tem preferência de 43,66% dos eleitores na disputa pelo GDF. O ex-governador Joaquim Roriz (PSC) possui 33,50% e o petista Agnelo Queiroz tem 5,43%.

Na corrida para o Senado Federal, segundo a pesquisa do jornal, Cristovam Buarque (PDT) seria eleito com 23,96% e Paulo Otávio (DEM) com 16,33%.

Já na disputa para deputado distrital uma surpresa. Até mesmo quem nunca fez campanha, nunca teve mandato, possui a mesma porcentagem de parlamentares como Paulo Tadeu (PT), que foi o distrital mais bem votado em 2006, com 28 mil e 505 votos. De acordo com a pesquisa do Alô Brasília, Tadeu possui 0,05% das intenções de voto, percentual semelhante ao número que o presidente da ONG Radicais Livre SA, Saulo Dias, obteve na consulta.

Morador de São Sebastião-DF, Dias atendeu ao pedido do Blog do Paraíso que lhe fez algumas perguntas por e-mail. Veja abaixo o que ele tem a dizer sobre o resultado da pesquisa:

O fato de seu nome aparecer na pesquisa te surpreendeu? Por quê?

Sim. Porque eu venho trabalhado muito, mas nunca esperei que as pessoas me indicassem para deputado.

Como, atualmente, você está trabalhando a sua eventual candidatura?

Na verdade eu estou trabalhando para ver as pessoas mais felizes.

Por que você é pré-candidato a deputado distrital? O que está te motivando?

Eu não me coloquei, mas as pessoas colocaram meu nome porque estou fazendo um trabalho, não para algumas pessoas, mas para todos que querem viver melhor.

Como você pretende bancar a sua campanha, já que muitos candidatos gastam milhões para ser eleitos?

É verdade. Muitos candidatos gastam muito dinheiro para serem eleitos, mas eu vou gastar muita cola de sapato e a grande diferença é que nós temos trabalho e projeto. O povo não está precisando de promessa, mas, sim, de trabalho honesto e respeito. É o que nós temos.

sábado, 7 de novembro de 2009

Repúdio à censura do Yahoo pelo Tribunal de Justiça de Brasília

O juiz titular da 4ª Vara Cível de Brasília determinou que o site do Yahoo tem até amanhã, domingo (8), para tirar do ar o blog “Falcatruas – MEC e Fortium enganando você”(www.corrupcaototal.com). De acordo com a decisão, o blog possui conteúdo difamatório e, para o juiz, não há espaço para o direito de resposta.

Particularmente, considero a decisão uma violação a liberdade de pensamento. Um desrespeito à Constituição do Brasil, que assegura a liberdade de expressão. Assim como acontece em rádio, ou em TV, pessoas difamadas recebem, pela justiça, direito de resposta. A Globo, por exemplo, não foi fechada quando ofendeu o finado Leonel Brizola e teve que dar, 1994, o histórico direito de resposta do político. Por quê com a internet deveria ser diferente?



Sem contar que a denuncia do “Falcatruas – MEC e Fortium enganando você” é de interesse público, pois envolveria o Ministério da Educação num grave esquema corrupto de autorização de curso superior. E, consequentemente, poderia afetar as pretensões políticas, em 2010, do ministro Fernando Haddad.

Manifesto, portanto, o meu repúdio à decisão do juiz titular da 4ª Vara Cível de Brasília.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Apesar de ser igual a todo político, Arruda diz parecer ser, pelo menos, diferente


O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), afirmou que “foi igual a todo político brasileiro” ao mentir, no Plenário da Câmara, após ter violado, em 2001, o painel de votação secreta do Senado. A revelação foi feita durante a entrevista ao programa “É Notícia”, da Rede TV.

A entrevista durou mais de uma hora e a pergunta que tocou no assunto só veio, praticamente, no final do programa. Como todo jornalista experiente, Kennedy Alencar deixou o governador em banho-maria durante um bom tempo com perguntas, digamos, afáveis. Arruda, inclusive, chegou a dizer que Kennedy era uma pessoa muito agradável.

Arruda, depois de ter soltado a pérola, se complicou ainda mais, ao tentar rebater as incisivas réplicas e tréplicas do jornalista. “Qual outro político que você conhece que já fez o que eu fiz: ir na televisão; admitir que errou; admitir que mentiu e recomeçar?”, questionou Arruda. “Não me recordo”, respondeu Alencar. “É isso. Eu já fiz essa pergunta para vários jornalistas experientes. Nunca ninguém me citou um segundo exemplo. Não estou dizendo que sou melhor que ninguém, pelo menos, parece que sou diferente”, finalizou Arruda, tentando melhorar seu discurso que já estava complicado.

Notem! O governador afirmou que não é diferente, mas, pelo menos, parece ser diferente.