Blog do Paraíso: abril 2010

sexta-feira, 30 de abril de 2010

O povo sofre por falta de saúde pública de qualidade

Há um ditado popular que diz, mais ou menos assim: o DEMônio mora nos detalhes. Hoje pude comprovar o quanto o ditado tem razão. Numa simples consulta ao médico dos olhos (oftalmologista) percebi o quanto a população de baixa renda sofre com um sistema de saúde pública ruim.

Todos os anos faço exame de vista. Neste não foi diferente. Procurei a clínica mais barata. Lá, o médico não fica todos os dias. É preciso ligar para saber quando tem consulta. O atendimento é por ordem de chegada. Liguei na quinta-feira (29) e fui informado que nesta sexta-feira (30), pela manhã, o médico estaria atendendo. “Chegue entre nove e nove meia”, disse a mulher que me atendeu do outro lado da linha.

Cheguei nove horas da manhã e a clínica já estava lotada. Havia cinco pessoas na minha frente. Pensei em desistir. “É só uma vez no ano”, lembrei e decidi aguardar. Enquanto eu aguardava, milhões de pensamentos vieram a minha cabeça. Imaginei: “com esta quantidade de gente, aqui está parecendo uma clínica pública. A diferença é que estou pagando 30 reais. Na verdade, eu não deveria pagar nada, se a saúde pública fosse boa. Quero dizer, não pagaria nada diretamente. Pagaria com os impostos”.

E por que a saúde pública no Distrito Federal (DF) não é boa? Por falta de dinheiro? Não. Não é por falta de dinheiro, mas, sim, má vontade política. E olhe que o penúltimo Secretário de Saúde do DF era o deputado federal Augusto Carvalho, do Partido Popular Socialista (PPS). Um socialista, minha gente! Nem parece né? Pois é. De acordo com auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) que apontou indícios de desvio de 106,9 milhões de reais repassados pelo Governo Federal ao DF, 320 milhões de reais que deveriam ser investidos na saúde pública estavam aplicados em CDBs do Banco Regional de Brasília (BRB).

Agora sinto falta desse dinheiro. Se ele tivesse sido aplicado na saúde pública, talvez eu não precisaria pagar pelo meu exame de vista. E os óculos? Ainda tem os óculos. Terei que pagar 170 reais. Poderia ser mais, se eu não fosse um cara econômico. Poderia ser de graça se o ex-secretário de Saúde Augusto Carvalho tivesse aplicado na saúde pública os 320 milhões de reais repassados pelo Governo Federal. Não sei se a decisão de deixar o dinheiro da saúde fazendo caixa do BRB foi de Augusto Carvalho ou do ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM). Não importa. O secretário de Saúde era ele. E se tivesse compromisso com uma saúde pública de qualidade, teria feito algo. Sei lá. Talvez pelo menos uma denúncia.

Com pechincha, a consulta e os novos óculos me custaram 200 reais. Se eu fosse recorrer ao atual sistema de saúde pública, talvez faria o exame em outubro, sete meses depois, assim como aconteceu com meu tio. Em setembro de 2009, ele procurou o posto de saúde pública e marcou a consulta. Esperou. Esperou. E esperou. Somente depois de sete meses o Hospital de Base de Brasília entrou em contato. O meu tio já tinha desistido e pago o exame numa clínica particular. Se fosse um caso sério, ele teria morrido.

E tudo por quê? Porque 320 milhões de reais deixaram de ser investidos em saúde pública.

É por isso que não se deve votar em qualquer pessoa nas eleições de outubro.

Não! Não é campanha

Roriz retoma com força Caravana da Esperança

Enquanto o PT-DF vive o dilema de fazer ou não aliança com o PMDB-DF dos supostos mensaleiros, o ex-governador e pré-candidato Joaquim Roriz (PSC-DF) retoma com força a tal Caravana da Esperança. Com o objetivo de buscar novos filiados para o PSC, PTdoB, PMN, PRTB e PSDC, a Caravana deste final de semana será na Candangolândia.

Não! Não é campanha, conforme Roriz fez questão de ressaltar nos dois últimos eventos que contaram com a presença de 500 pessoas em Sobradinho II e mais de 900, em Ceilândia Norte.

Embora não seja campanha fora de época, o ex-governador apresenta aos presentes o seu pré-candidato a vice-governador Jofran Frejat (PR) e os pré-candidatos a deputado distrital e federal, o que é permitido pela lei eleitoral.

Neste sábado, 1º de maio, Dia do Trabalhador, a Caravana começa às 9h, no Setor de Chacaras Afonsolândia (QRO conj ZC, casa 48). O evento de filiação já passou por Brazlândia, Planaltina, Arapoanga, Itapoã, Samambaia, Santa Maria, Paranoá, Ceilândia Norte e Sobradinho II.

A Caravana da Esperança começou ano passado. Só que foi interrompida, depois que a Polícia Federal realizou, em novembro de 2009, a Operação Caixa de Pandora, responsável por revelar o mensalão do DEM.

A Caravana da Esperança retomou somente agora, depois que o ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM) foi preso, cassado e solto.

Visão do Correio Braziliense

Manobras para brecar Projeto Ficha Limpa

(Editorial do jornal Correio Braziliense)

A história parece surrealista. Mas não é. É real como o suceder do dia e da noite. Nada menos que 1,6 milhão de eleitores manifestaram, por escrito, o desejo de impedir que candidatos fichas sujas disputem mandatos eletivos. Transformada em projeto de lei, como manda a Constituição, a iniciativa corre o risco de não passar de simples vontade popular. De um lado, pode não ser apreciada pela Câmara. De outro, pode ser modificada de tal forma que se transforme em aleijão.

Depois de idas e vindas, o presidente Michel Temer porá a proposta em votação sem o parecer da Comissão de Constituição e Justiça. A promessa é que, na terça-feira próxima, seja votada pelo plenário em sessão extraordinária. Se aprovada, deverá ser submetida ao Senado. Daí a espada de Dâmocles: se a tramitação bater ponto final depois de 6 de junho, não valerá para o pleito de outubro.

Resultado: candidatos com folha corrida poderão disputar cargos. A vitória nas urnas significa mais que um assento na Câmara ou no Senado. Significa impunidade. Com foro privilegiado e outras vantagens, processos que porventura tramitam na primeira instância não poderão prosseguir enquanto o acusado estiver protegido pela imunidade processual e inviolabilidade parlamentar.

Com o domínio das duas prerrogativas, só poderá ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal. A Corte, porém, não está aparelhada de instrumental burocrático e de mecanismos judiciais capazes de garantir o julgamento antes do transcurso da prescrição penal ou a tempo de produzir punição adequada. O mandato passa a funcionar como biombo blindado.

Assim, embora haja esperança, o eleitor, que exerceu a cidadania para propor o projeto de iniciativa popular, precisa manter a eterna vigilância. O fato de ter chegado ao plenário e estar em regime de urgência não garante que a proposta seja votada por ser alvo de manobras por parte do baixo clero. Há ainda o perigo de ser emendada de tal forma que perca o caráter moralizador.

O risco pode ser atestado por tentativas de excluir do texto, por exemplo, a exigência de decisão colegiada para barrar pretendentes com histórico criminal. Em bom português: se for imposto que o processo tenha transitado em julgado, tudo continua como está. Na proposta, a condenação no Tribunal de Justiça dos estados já seria suficiente para afastar o candidato do escrutínio. É a vontade da sociedade, como fica claro no 1,6 milhão de assinaturas.

Posto Comunitário de Segurança

Uma ideia que não deu certo

“Bonitinho, mas ordinário”. É assim que são conhecidos os Postos Comunitários de Segurança do Distrito Federal (DF). Uma invenção estúpida, ineficiente e cara. Um postinho de 50 metros quadrados pode sair por 60 mil reais. Se brincar, eles podem ter sido usados no grande esquema de arrecadação de propina instalado no DF.

Os Postos Comunitários são alvos de críticas não apenas dos policiais, conforme o texto abaixo. Os próprios moradores reclamam da ineficiência dos postinhos. Além de retirar o policial das ruas, os Postos trazem segurança somente para as casas próximas a ele. As demais ficam ao Deus dará.

Certa vez, o então governador do DF José Roberto Arruda (ex-DEM-DF) foi em Santa Maria, uma das muitas periferias de Brasília, inaugurar mais um Posto Comunitário de Segurança. Enquanto, numa quadra, acontecia o evento de inauguração, em outra quadra havia um tiroteio. Para não melar a inauguração, a Polícia Militar (PM), rapidamente, foi acionada.

O combate a criminalidade deve ser feita com polícia na rua, de segunda a segunda, 24 horas por dia. E não com PM sufocado pelo calor dos postinhos, tendo muitas vezes que procurar o que fazer, como ler uma revista, jogar palavras cruzadas ou lavar a própria viatura.

Jaqueline Roriz e Wilson Lima criticam prisão de Major Charles

Os deputados distritais Wilson Lima e Jaqueline Roriz criticaram na tarde de ontem (29) a prisão do tenente coronel da Polícia Militar, Charles Magalhães, mais conhecido como "Major Charles". Em pronunciamento no plenário da Câmara Legislativa, Jaqueline Roriz (PMN) disse que o Major “foi preso simplesmente porque denunciou a ineficiência dos postos policiais. Todos sabemos que o policial é refém do posto. Há vários casos de pessoas que foram procurar ajuda e o policial não pôde atender porque é preciso ficar para tomar conta", criticou a deputada.

O deputado Wilson Lima (PR) também se manifestou contra a prisão do policial. "É claro que há uma hierarquia e disciplina na corporação que devem ser respeitadas, mas o major tem razão ao criticar algo que não está dando certo", apoiou.

*A nota acima foi enviada pela Assessoria de Imprensa da deputada Jaqueline Roriz. Este Blog está aberto a receber e publicar informação relevante e de interesse público enviada para o e-mail jose.paraiso@gmail.com

quinta-feira, 29 de abril de 2010

CPIs da Pizza

CPI da Corrupção pode ter o mesmo destino da CPI dos Cemitérios. No vídeo abaixo (assista!!), a história sobre o fim da CPI dos Cemitérios, conduzida por supostos mensaleiros

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), ou simplesmente CPI da Corrupção, vive hoje uma situação cômica, parece até de “brincadeirinha”. Com mais ou menos quatro meses de funcionamento, não tem perspectiva de apresentar nenhum resultado. Já trocou de presidente várias vezes. Sem falar no entre e sai de deputados. Se continuar assim, a CPI vai dar em pizza. E não será a primeira vez. Há outros precedentes. Um deles é a finada CPI dos Cemitérios. A todos interessados em votar consciente nestas eleições, recomendo encarecidamente que assista a este vídeo até o final. Ele conta, com uma pitada de humor inteligente, o fim que levou a CPI dos Cemitérios.
Este vídeo informa que a CPI dos Cemitérios foi sabotada pelo o governo do DF. Naquela época, era muito difícil entender como isso seria possível. Hoje, não. O presidente da CPI era o deputado distrital Rogério Ulysses (ex-PSB-DF). De acordo com as investigações da justiça e da Polícia Federal, Rogério Ulysses é suspeito de receber uma mesada do ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM-DF). O deputado é citado no depoimento do denunciante do esquema de corrupção, Durval Barbosa, e em conversa gravada do ex-governador sobre o pagamento de mesada. A casa e o gabinete de Rogério Ulysses foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora.

Você sabe ou lembra o nome do vice-presidente da CPI dos Cemitérios? Acertou quem disse Júnior Brunelli (PSC-DF), o deputado que aparece em vídeo fazendo a “oração da propina”.

E o relator da CPI dos Cemitérios? Quem lembra? Merece um doce quem disse Benício Tavares (PMDB-DF). Conforme as investigações, o deputado distrital Benício Tavares é suspeito de receber o mensalão do DEM.

Existe alguma legitimidade em uma CPI conduzida por essas personalidades?

E ainda tem gente que acha que o DF não precisa de intervenção federal...

Agnelo abraçado com Eurides

Aliança do PT-DF com o PMDB-DF levaria para o mesmo palanque políticos suspeitos de receberem o mensalão do DEM

A aliança do PT-DF com o PMDB-DF na eleição de outubro de 2010 será inviável para os petistas, se os deputados distritais peemedebistas concorrerem a reeleição.

A presença dos deputados Benício Tavares (PMDB-DF), Eurides Brito (PMDB-DF) e Rôney Nemer (PMDB-DF) na chapa poderá afugentar boa parte dos votos petistas que são, na maioria, gente a procura de um governo sem ligação com escândalo de corrupção e com os ex-governadores José Roberto Arruda (ex-DEM-DF) e Joaquim Roriz (PSC-DF).

Benício Tavares, Rôney Nemer e, principalmente, Eurides Brito possuem fortíssimos indícios de participação no mensalão do DEM. Os três são citados no inquérito como recebedores de mesada para apoiar o ex-governador Arruda.

Seria muito difícil para o eleitor petista ver, no mesmo palanque, o pré-candidato a governador Agnelo Queiroz (PT-DF) abraçado com Eurides Brito, a senhora que ficou nacionalmente conhecida em vídeo onde aparece enchendo uma enorme bolsa com maços de dinheiro. Já imaginou? Justamente um candidato do PT que sempre ostentou a bandeira da ética...

O problema é que, para compor aliança com o PT-DF, o PMDB-DF dificilmente negaria legenda para três deputados distritais. É bom lembrar que Benício Tavares, Eurides Brito e Rôney Nemer votaram no governador biônico Rogério Rosso na eleição indireta de 17 de abril. Assim como eles, outros suspeitos de participarem do mensalão do DEM e que elegeram Rogério também esperam apoio do governador biônico na campanha eleitoral.

A aliança do PT-DF com o PMDB-DF não daria certo, portanto. A chapa petista e peemedebista teria que disputar com o pré-candidato Joaquim Roriz os votos dos menos informados. A parcela da população, que acompanha o desenrolar do escândalo de corrupção, buscaria um terceiro nome. A aliança PT/PMDB-DF, em vez de polarizar a disputa com Roriz, beneficiaria o surgimento de outro candidato, o que levaria a um segundo turno entre Roriz e Agnelo ou Roriz e o terceiro nome.

O problema é que o segundo turno será uma realidade, se o PMDB-DF não fechar com o PT-DF e lançar candidatura própria.

A disputa eleitoral deste ano será mais difícil do que parece.

Leia também:


Mais Caixa de Pandora

Izalci, Chico Floresta e J. Edmar também estão na lista do caixa 2 do Arruda

O primeiro nome de Izalci Lucas, que recentemente deixou a Secretária de Ciência e Tecnologia para ser candidato em outubro, aparece na lista do mesmo suposto documento de contabilidade do caixa 2 da campanha do ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM) que contém o nome “Sarney”.

Além de “Izalci”, o documento possui outros nomes bem conhecidos da política do Distrito Federal. Aparecem na lista “Chico Floresta”, que seria um ex-deputado distrital do PT-DF, e “J. Edmar”, que também seria um ex-deputado distrital com fortes ligações com o ex-governador interino Wilson Lima (PR-DF).

Os nomes dos políticos, segundo informa o jornal O Estado de S. Paulo, teria sido escritos pelo próprio Arruda, que ficou preso por dois meses na superintendência da Polícia Federal em Brasília e, nesse período, teve o mandato cassado.

“A análise da perícia técnica”, informa o Estadão, “diz que os trechos escritos ‘permitem conclusões seguras’ sobre os nomes listados nesta ordem: "1-Izalci-300/200-OK", "2-Chico Floresta-80-OK", 3-Ronaldo-Via-OK-500/2x200-1x150", "4-J.Edmar-1.000/100PG+120+800" e "5-Sarney-200/150PG".

''Sarney'' aparece em caixa 2 de Arruda

(texto publicado no site do jornal O Estado de S. Paulo)

Um documento da contabilidade de caixa 2 da campanha do ex-governador José Roberto Arruda lista o nome "Sarney". A anotação manuscrita foi feita pelo próprio Arruda, como comprova perícia feita a pedido do Estado. À frente do nome "Sarney", o documento registra a anotação de uma quantia e quanto teria sido efetivamente pago: "250/150 PG".

Ressarcimento para o Povo

Querem congelar a bolsa

O Ministério Público do DF ajuizou ações por improbidade administrativa contra a deputada Eurides Brito e o ex-distrital Júnior Brunelli. Assim como Leonardo Prudente, eles podem ter os bens bloqueados
 

Atualização: O juiz Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara de Fazenda Pública do DF, aceitou nesta sexta-feira (30) o pedido do Ministério Público. Os bens da deputada distrital Eurides Brito (PMDB-DF) e do ex-deputado distrital Júnior Brunelli (PSC-DF) estão bloqueados.

Ana Maria Campos
(texto publicado no jornal Corrreio Braziliense)

Protagonistas de filmes da videoteca de Durval Barbosa, a deputada Eurides Brito (PMDB) e o ex-deputado Júnior Brunelli (PSC) poderão ter os bens bloqueados para ressarcir suposto prejuízo aos cofres públicos e pagar indenização pelo constrangimento que causaram à população do Distrito Federal durante a crise da Operação Caixa de Pandora. O Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (Ncoc) do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) pediu a decretação da indisponibilidade de imóveis, carros e aplicações financeiras em nome dos dois políticos que apoiavam a administração de José Roberto Arruda e foram filmados recebendo dinheiro vivo de Durval.

A ação tramita na mesma 2ª Vara de Fazenda Pública do DF em que o juiz titular, Álvaro Ciarlini, concedeu na semana passada a medida, também requerida pelo MP, contra o ex-presidente da Câmara Legislativa Leonardo Prudente (sem partido). Com os pedidos de bloqueio de bens, os procuradores ajuizaram ações de improbidade administrativa contra Eurides e Brunelli, assim como já haviam feito com Prudente. Se forem condenados, os três ficarão inelegíveis e terão de devolver dinheiro aos cofres públicos. Segundo as contas do Ministério Público do DF, Eurides, que guardou o dinheiro na bolsa, tem uma dívida com o contribuinte de R$ 4.304.412, por ter supostamente recebido mesada no tempo em que exerceu a atividade parlamentar e no período da campanha de 2006 — o vídeo, aliás, é dessa época.

CPI de Brincadeirinha

quarta-feira, 28 de abril de 2010

A justiça ao lado de Eurides Brito


Eurides Brito (PMDB-DF), a senhora que aparece neste vídeo enchendo a bolsa com maços de dinheiro, confia na justiça. Tanto que não seguiu os passos prudentes, porém, infiéis na “oração da propina”, dos colegas Leonardo Prudente (ex-DEM-DF) e Junior Brunelli (PSC-DF), que renunciaram ao mandato de deputado distrital para não perderem os direitos políticos e retornarem como candidatos em outubro deste ano, ou de 2014. Eurides enfrenta no Conselho de Ética da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) um processo por quebra de decoro parlamentar.

Parece que a justiça está mesmo ao lado dela, principalmente, depois que a deputada distrital contribuiu com a eleição do governador biônico do DF, Rogério Rosso (PMDB-DF). De acordo com reportagem publicada no jornal Correio Braziliense desta quarta-feira (28), a recompensa a Eurides Brito pelo voto em Rogério Rosso seria se livrar da punição do processo por quebra de decoro parlamentar.

Mas a recompensa não seria só isso. Eurides Brito teria voz e vez no governo do camarada do ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM). A deputada indicou Hélvia Paranaguá para a Secretaria Extraordinária de Educação Integral do DF. Conforme publicou a jornalista Ana Maria Campos em seu blog, Hélvia foi indiciada em 2006, pela CPI da Educação da CLDF, por corrupção, concussão, prevaricação e advocacia administrativa.

E ainda tem gente que acha que o DF não precisa de intervenção federal...

terça-feira, 27 de abril de 2010

Chupa que é de uva!

É tempo de renovar

As eleições deste ano serão uma oportunidade para fazer uma total renovação na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Dos atuais 24 deputados distritais, três estão impedidos pela lei eleitoral de se candidatarem a reeleição. Outros seis deputados terão dificuldades para se reelegerem. Eles possuem fortíssimos indícios de participação no escândalo do Mensalão do DEM e deverão, portanto, convencer os eleitores que são inocentes. Sobrariam apenas 15 deputados aptos pela lei eleitoral e sem muita ligação ao Mensalão do DEM. O número, contudo, pode diminuir com a chegada do “rolo compressor” de Durval Barbosa, principal denunciante do escândalo de corrupção. Há suspeita de que somente um ou dois distritais não teriam recebido dinheiro sujo do esquema.

O deputado Geraldo Naves, que ficou preso durante dois meses na Papuda (um presídio do DF), não poderá se reeleger porque foi expulso de seu partido, o Democratas (DEM). Naves era suplente. Ele assumiu a vaga do ex-deputado Júnior Brunelli (PSC) que renunciou para não perder os direitos políticos. Brunelli ficou conhecido no país inteiro por causa da “oração da propina”.

Quem também está sem partido é o deputado do “cabelim”. Rogério Ulysses foi expulso do PSB poucos dias depois de ser alvo de busca e apreensão da Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora. Ele também foi citado por depoimento de Durval Barbosa e por gravação de conversa do ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM), que falava sobre pagamento de mesada a políticos.

O terceiro deputado impedido pela lei eleitoral de se candidatar é o ex-governador interino Wilson Lima (PR). O atual presidente da Câmara Legislativa, confiante de que seria o vencedor da eleição indireta, não deixou o governo no prazo estabelecido pela lei. Agora, ele não poderá se candidatar a nenhum cargo eletivo.

Quanto aos demais deputados e políticos que poderão ser punidos pelo eleitor por causa dos indícios de corrupção, publico, a seguir, a foto e alguns dados a respeito deles. As imagens e as informações abaixo são do jornal Correio Braziliense.

Não merece seu voto:

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Comunidade contra Roriz tem mais de 7 mil participantes

O pré-candidato a governador Joaquim Roriz (PSC) possui uma comunidade no Orkut, a rede social mais popular do Brasil, com 7 mil 618 participantes. Chamada de “Eu odeio Roriz”, a comunidade foi criada por “Gatinha Otaku Moderadora”. Há pouquíssimas informações sobre ela.

Além de “Eu odeio Roriz”, há ainda outra comunidade, com 5 mil e 40 membros, chamada de “Roriz de novo não”. O dono também é anônimo e seu perfil quase não possui informações que possa identificá-lo. Na comunidade, há um link para um site criado para impedir a volta de Roriz.

Joaquim Roriz governou o Distrito Federal por 14 anos em quatro mandatos diferentes. O primeiro foi em 1988 por meio de indicação do então presidente do Brasil José Sarney, hoje presidente do Senado Federal que enfrentou diversas denúncias de corrupção em quase todo o ano de 2009.

O Ministério Público Federal e políticos da capital suspeitam que o grande esquema de corrupção revelado na gestão do ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM) tenha começado no governo de Roriz.

Em 4 de julho de 2007, Roriz renunciou ao cargo de senador para não ser cassado, após operação Aquarela da Polícia Federal flagrar o ex-governador negociando a partilha de um cheque de 2,2 milhões de reais com o empresário Nenê Constantino, preso ano passado por ser acusado de cometer dois homicídios. Em sua defesa, Roriz alegou que parte do dinheiro seria usado para a compra de uma bezerra. O episódio, portanto, ficou conhecido por o caso da Bezerra de Ouro.

Institutos divergem sobre metodologia

Datafolha, Ibope, Sensus e Vox Populi explicam critérios para seus levantamentos sobre a intenção de voto do brasileiro

Pontos de discordância são a definição do universo pesquisado e a formulação e ordem das perguntas mostradas no levantamento

FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
(texto publicado na Folha de S. Paulo)

De 30 de março a 18 de abril, o pré-candidato a presidente pelo PSDB, José Serra, apareceu em quatro pesquisas de intenção de voto. Suas taxas variaram de 33% a 38%. No caso da ex-ministra Dilma Rousseff (PT), os percentuais foram de 28% a 32%. A diferença entre o tucano e a petista chegou a ser de um a dez pontos pontos percentuais nesse período.

Há várias razões para essa discrepância entre Datafolha, Ibope, Sensus e Vox Populi, os institutos mais conhecidos do país. Entre as mais visíveis estão duas. Primeiro, a data de coleta de dados não foi exatamente a mesma. Segundo, a metodologia usada é diferente entre as quatro empresas.

Há grande divergência entre os institutos a respeito de qual é a melhor forma de coletar dados sobre intenção de votos. A Folha fez uma lista de perguntas e enviou para as quatro empresas detalharem seus procedimentos. A íntegra das respostas pode ser acessada por meio de link no final deste texto.

Os pontos principais de discordância são a definição do universo pesquisado (como escolher o grupo socioeconômico mais representativo do eleitorado) e a formulação e ordem das perguntas apresentadas.

domingo, 25 de abril de 2010

Noblat está com Agnelo

Distrito Federal - Roriz, líder de votos e de rejeição

(texto publicado no Blog do Noblat)

O Jornal de Brasília pubicará hoje, domingo, pesquisa de intenção de votos para o governo do Distrito Federal.

O ex-governador Joaquim Roriz (PSC) lidera a pesquisa com 10 pontos de vantagem sobre Agnelo Queiróz, candidato do PT.

Mas a rejeição de Roriz é cinco vezes maior do que a de Agnelo.

É costume deste blog, às vésperas de eleições, declarar seu apoio a candidatos.

Foi assim em 2004, 2006 e 2008. Foi assim até na eleição do sucessor do Papa João Paulo II.

Novamente será assim.

Por ora, o blog adianta seu apoio à candidatura de Agnelo Queiróz ao governo do Distrito Federal.

Não confundam apoio com campanha. O blog nunca fez e jamais fará campanha por candidato algum.

Em outra ocasião direi porque o blog apóia Agnelo.

Comentário deste Blog: a atitude do jornalista e blogueiro Ricardo Noblat em sempre informar aos seus leitores o candidato que apoia é nobre e honesta. Um caso raro na soberba imprensa brasileira que empunha a bandeira de imparcialidade quando, na verdade, trabalha arduamente pela eleição de seu candidato. O Blog do Paraíso também manifestará sua preferência na eleição para governador do Distrito Federal, assim que ela for definida. Antes da eleição prévia do PT-DF, que consagrou Agnelo Queiroz o candidato petista, este Blog apoiava a candidatura do deputado federal Geraldo Magela. Agora, o Blog do Paraíso avalia as opções já existentes e que ainda poderão vir.

Ciro, vilão de si mesmo

ELIANE CANTANHÊDE
(texto publicado na Folha de S. Paulo)

O nosso Eyjafjallajoekull

BRASÍLIA - Lula deu aquele sorriso encantador de serpentes, e Ciro Gomes manteve a candidatura a presidente e trocou o domicílio eleitoral do Ceará, onde foi governador e prefeito da capital, para São Paulo, onde não é nada. O PSB blefou, estimulando seu sonho presidencial enquanto negociava suas boquinhas com Lula e o PT nos Estados. E o PT e o eleitor paulista não lhe deram legenda nem opção.

Mas o grande vilão do complô contra Ciro foi... Ciro. Política é a arte de somar, articular, manipular, e ele só divide, confronta, se isola.

Depois de anos inativo no Ministério da Integração e na Câmara, nosso vulcão Eyjafjallajoekull entrou em erupção. Era questão de tempo.

Sua coleção de lavas é espetacular. Não mais aquelas de 2002, contra mulheres, radialistas, repórteres, mas a atual. Ele passou anos xingando a suposta arrogância de São Paulo, mas transferiu o título para lá. Chamou Serra de "figura detestável", e agora diz que o tucano "é mais preparado, mais legítimo, mais capaz" do que Dilma. Foi fiel amiguinho de Lula todos esses anos, mas acha que o presidente "está navegando na maionese".

Sem disputar a Presidência nem o governo de São Paulo (o PT não deixou, e Mercadante vai hoje para o sacrifício), será que Ciro vai ter a pachorra de disputar a reeleição para a Câmara?!

Vejamos o que ele disse sobre seu mandato: "Nunca mais vou ser deputado na vida. Não tenho mais paciência de passar nove horas conversando fiado e não fazendo nada pela vida de ninguém". Se for para a reeleição, estará naturalmente se candidatando a não fazer nada.

O importante, porém, é avaliar o efeito Eyjafjallajoekull na eleição, como todos estão fazendo. O PSB fica mais livre para acordos estaduais. PT e o PSDB avaliam perdas e ganhos e como atrair os 10% de eleitores que estão soltos no ar. Quanto a Ciro? A erupção logo perde a graça e passa. Os voos de Serra e Dilma continuam normalíssimos.

sábado, 24 de abril de 2010

PMDB-DF polarizado com o PT-DF

O poder pode subir à cabeça dos peemedebistas que pode querer lançar candidato a governador com o auxílio dos partidos que elegeram Rosso

O PMDB-DF, partido do governador biônico Rogério Rosso e do deputado federal Tadeu Filippelli, pode não fazer parte da chapa petista.

Se não houver intervenção federal e se o “rolo compressor” de Durval Barbosa (denunciante do Mensalão do DEM) não passar por cima do governo de Rosso, o PMDB-DF estará fortalecido para a eleição de 3 de outubro.

O poder poderá subir à cabeça dos peemedebistas. Com o Governo do Distrito Federal (GDF) nas mãos e a possibilidade de fazer alianças com vários aliados tão importantes quanto o PT-DF, por que o PMDB-DF aceitaria apenas a vaga de vice-governador? Por que o PMDB-DF não teria candidato a governador? Por acaso, o deputado federal Tadeu Filippelli não seria capaz de vencer a eleição, com o apoio do GDF e dos partidos que ajudaram Rogério Rosso se eleger, dentre eles, PR, PP, PPS, PTB e PRP?

Uma chapa liderada pelo PMDB-DF, sem o PT-DF, é, portanto, uma possibilidade, assim como uma chapa encabeçada pelos petistas com a participação dos peemedebistas, também (conforme o último artigo publicado neste blog).

Batata de Roriz Assando

Brasília-DF

Por Luiz Carlos Azedo
Com Norma Moura
(nota publicada no Correio Braziliense)

Alvo/ A batata do ex-governador Joaquim Roriz está assando. O Ministério Público Federal continua defendendo a intervenção no Distrito Federal, mas a prioridade dos procuradores já é impedir que o pré-candidato do PSC ganhe as eleições e volte a comandar os destinos de Brasília.

Leia mais

sexta-feira, 23 de abril de 2010

PMDB e PT no GDF

Se a vaga de candidato a vice-governador ficar com o PMDB, os petistas podem negar, e disfarçar, mas, no fundo, no fundo, fará parte do governo de Rogério Rosso

O Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal (PT-DF), desde a posse do ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM) até o presente momento – pelo menos formalmente –, não participou do Governo do Distrito Federal (GDF). Os últimos acontecimentos, contudo, levam a crê que o PT-DF, até o final do ano, fará parte do GDF.

Primeiro porque contribuiu com a eleição do governador biônico Rogério Rosso (PMDB-DF), mesmo sem dar um único voto. Segundo porque negocia com o padrinho de Rosso e presidente regional do PMDB-DF, Tadeu Filippelli, a vaga de candidato a vice-governador na chapa petista.

Se Filippelli ou outro nome do PMDB-DF for mesmo candidato a vice-governador na chapa petista, não há nada que impeça a participação do PT-DF no GDF.

Há, porém, um problema. Talvez a razão de alguns caciques do Diretório Regional negarem a intenção de fazer parte do GDF. O PT-DF pode se desgastar perante a sociedade ao fazer parte de um governo comandado por um chegado de Arrua e ex-aliado do pré-candidato a governador Joaquim Roriz (PSC-DF).

Antes de fazer parte do GDF, o PT-DF precisa levar em consideração o fato de o Distrito Federal ainda estar sob ameaça de intervenção federal. É preciso lembrar do tal “rolo compressor” do ex-secretário de Ralações Institucionais Durval Barbosa que, a propósito, foi presidente da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), o mesmo cargo ocupado pelo governador biônico Rogério Rosso.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, Durval Barbosa, quando presidia a Codeplan, no governo Roriz, já operava o esquema corrupto de arrecadação de propina do GDF. Inclusive, o maço de 50 mil reais que Arruda recebe num dos vídeos do inquérito foi arrecadado por Durval, então presidente da Companhia.

Quando chegará o “rolo compressor”? Quem ele esmagará? São perguntas que atormentam políticos com o rabo preso.

O PMDB-DF pode garantir a vaga de candidato a vice-governador na chapa petista. Ainda assim, para disfarçar a ligação com o governador biônico, o PT-DF pode não participar do GDF. Mas, no fundo, no fundo, estará ligado ao governo de Rogério Rosso que, sem dúvida nenhuma, ajudará a chapa em que estiver o seu partido.

Mais Uma

Denúncia contra Roriz é acatada

Adriana Bernardes
(Texto publicado no Correio Braziliense)

A Justiça aceitou mais uma denúncia contra o ex-governador Joaquim Roriz. Dessa vez, as acusações são de desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Segundo a denúncia formulada pelo Ministério Público Federal, houve fraude contábil e fiscal e contração de gastos nos dois últimos quadrimestres do mandato — ambos na área da saúde —, o que é vedado pela LRF. O MPF apurou que teriam sido gastos mais de R$ 12 milhões em desacordo com as normas. O processo corre na 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Manifestantes desocupam o prédio da Câmara Legislativa do DF

Nova sede do Legislativo foi ocupada na noite de quarta-feira (21). Tribunal de Justiça determinou a reintegração de posse nesta quinta.

Texto publicado no G1

Os estudantes que ocupavam a nova sede da Câmara Legislativa do Distrito Federal desde a noite de quarta-feira (21) deixaram o prédio às 20h35 desta quinta-feira (22). Os cerca de 50 manifestantes decidiram em assembleia desocupar pacificamente o edíficio após a determinação de reintegração de posse determinada nesta quinta pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

A saída foi negociada por líderes dos estudantes com a Polícia Militar, que deu garantia de que a polícia não agiria contra os estudantes.Os manifestantes pediam, entre outras reivindicações, a saída do governador Rogério Rosso (PMDB), eleito no último sábado de forma indireta pela Câmara Legislativa.

“O movimento recuperou a sua força e mostrou que esse golpe de eleger o Rosso não será aceito. O movimento 'Fora Arruda' não acabou”, disse o cordenador do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Brasília (UnB), Raul Cardoso.

Cerca de cem policiais reforçaram a segurança na nova sede da Câmara Legislativa. Os manifestantes esperaram a chegada dos oficiais de Justiça para desocupar o local. Os oficiais fizeram vistoria do prédio a pedido dos estudantes, que queriam mostrar que o local não sofreu danos durante a ocupação.

Ibope salva Datafolha

A recém-divulgada pesquisa do Ibope vem para salvar a credibilidade do Datafolha. Até poucos dias, o instituto de pesquisa do jornal Folha de S. Paulo era o único que apontava grande vantagem do candidato José Serra (PSDB) sobre a petista Dilma Rousseff.

Se o Ibope confirmasse o empate apontado pelo Sensus e pelo Vox Populi, seriam três grandes institutos com resultados diferentes dos apresentados pelo Datafolha.

Sem nenhuma explicação, em 27 de março, a Datafolha revelou que José Serra havia subido impressionantes 9 pontos e Dilma, estabilizado. Serra aparecia com 36% e Dilma, com 27% das intenções de votos.

Poucos dias depois, em 3 de abril, o Vox Populi divulgou que a vantagem do tucano não era tão grande assim. Segundo a pesquisa, com margem de erro de 2,2 pontos, Serra tinha 34% dos votos e Dilma, 31%.

Em 13 de abril, o instituto Sensus também contradisse o Datafolha e divulgou um empate entre o tucano e a petista. De acordo com o levantamento, Serra possuía 32,7% das intenções de voto, enquanto Dilma ficava com 32,4%.

Nesta quarta-feira (21), o Ibope apontou uma vantagem de 7 pontos de Serra sobre Dilma. Para o instituto, o tucano tem 36% das intenções de votos e a petista, 29%. Um alívio para o Datafolha que, em 17 de abril, havia divulgado nova pesquisa que confirmava a vantagem de Serra, mostrada no polêmico estudo de 27 de março.

“Poder para o povo”

Reportagem do Bom Dia DF mostra como foi a ocupação do novo prédio da Câmara Legislativa

“Amanhã vai ser maior!”

Nota sobre a ocupação do novo prédio da Câmara Legislativa do DF

O Movimento Fora Arruda e toda a Máfia - criado após o estouro do maior escândalo de corrupção do Brasil, a Caixa de Pandora – continua na luta por uma nova política no Distrito Federal, com a construção de novos 50 anos para Brasília.

Exatamente no cinqüentenário da capital federal, ocupamos o prédio destinado à nova sede da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Este ato simbólico busca expressar toda a indignação da população brasiliense com a atual situação política e social em que vivemos. Não podemos deixar que as comemorações dos 50 anos de Brasília sirvam como uma nuvem para camuflar todas as injustiças do DF.

Não podemos aceitar um governador eleito por 13 deputados – dos quais 8 estão comprovadamente ligados às denúncias de corrupção do DF. A escolha de um governador deve ser feita pelo seu povo. Exigimos a impugnação da eleição indireta de Rogério Rosso (PMDB), que esteve a serviço de Roriz e Arruda nas últimas gestões de governo e representa a continuidade dessa mesma política.

O prédio que ocupamos – superfaturado e desnecessariamente grande e luxuoso – não pode abrigar os mesmos corruptos que elegeram Rosso e tentam nos calar com panetone. Ele deve ser destinado às necessidades da população. Sua gestão deve ser feita diretamente pelos movimentos sociais. O primeiro passo para essa conquista é a realização de uma auditoria das obras do prédio, que custou três vezes o valor do orçamento inicial.

Exigimos também uma auditoria das obras da nova rodoviária. Aliás, toda a política de transportes do DF tem que ser questionada. É preciso cancelar o contrato do atual passe livre com a empresa Fácil. Lutamos por um transporte realmente livre, gratuito e de qualidade. Os usuários têm o direito de construir um transporte verdadeiramente público para o DF, participando ativamente das decisões.

Para começarmos a construir outros 50 anos, é fundamental que o atual Plano de Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) seja totalmente anulado. A farsa do Setor Noroeste como um bairro ecológico tem que ser desmascarada. É preciso respeitar a comunidade indígena do Santuário dos Pajés e a biodiversidade. É inadmissível construir apartamentos exclusivos para a elite local, enquanto milhões de pessoas não tem condições adequadas de moradia. A ação cautelar que impede as obras no Noroeste tem que ser cumprida.

Todas as investigações devem ser aprofundadas e os corruptos, punidos. A população deve ter acesso a todos os vídeos do inquérito da Caixa de Pandora. Só quando todos estiverem cientes do que está acontecendo nos bastidores da política, teremos força para construir o poder popular. Nenhuma ação violenta e repressora vai nos parar. Exigimos a demissão do Coronel Silva Filho, da Polícia Militar – responsável por várias agressões criminosas contra o movimento.

Participe dessa luta você também. Venha para a Câmara! Mostre que você também está indignado. Coloque faixas pretas no seu carro, na sua janela ou onde mais a criatividade deixar. Poder para o povo!
Acesse: http://foraarrudaetodamafia.wordpress.com
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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Brasília faz 50 anos

“Brasília outros 50”, uma festa democrática, comemora o aniversário

Brasília completa nesta quarta-feira, 21 de abril, 50 anos. O que comemorar? Governos populistas do pão e do leite? Mensalão? Dinheiro em bolsos e bolsas, meias e cuecas? Agressão e espancamento de estudantes e manifestantes pela polícia? Ex-presidiário deputado? Eleições indiretas ilegítimas? Políticos corruptos impunes?

Não. Nada disso. Temos que comemorar o fato de Brasília ser a cidade que integrou o país; que trouxe o desenvolvimento para o centro do Brasil. Não devemos esquecer das pessoas dignas, trabalhadores e honestas que vivem nesta cidade e que ajudaram a construí-la, principalmente, os candangos. Trabalhadores que deixaram sua terra natal na busca de um sonho. Operários que hoje vivem em Ceilândia e nas demais periferias do Distrito Federal. E os operários mortos pelas condições desumanas de trabalho a que foram submetidos para erguer Brasília.

Neste ano, os artistas locais encontraram um lugar de destaque, e digno, para celebrar o lado bom de Brasília. Entre a Torre de TV e o Centro de Convenções, acontece uma das festas mais democráticas que os moradores da cidade já viram. Chamada de “Brasília outros 50”, o espaço reúne cinema, teatro, poesia e música no gramado do prédio da Fundação Nacional de Arte (Funarte). São cinco palcos diferentes para diversos gêneros musicais. Samba, MPB, rock, choro, entre outros.

A festa “Brasília outros 50” começou na terça-feira (20) e vai até a sexta-feira (23). A programação possui atividade o dia inteiro, a partir das 9h. Esta festa vale a pena celebrar.

Versão Globo: “O Brasil Pode Mais”

Assista ao vídeo da campanha de comemoração dos 45 anos da rede Globo que foi retirada do ar, depois de internautas denunciarem as mensagens subliminares pró-José Serra, candidato do PSDB a presidente do Brasil. Em nota, a Globo negou que o vídeo contenha mensagens subliminares, mas preferiu retirar a campanha do ar para não ser acusada de tendenciosa.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Já vai tarde

Antes de deixar a presidência do STF, Gilmar [Dantas] responde a perguntas que  muitos brasileiros queriam fazer há tempos

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A ditadura dos mensaleiros

Eleitores sem voto são impedidos de entrar na Casa do Povo e ainda apanham da polícia dos deputados mensaleiros

Do you speak English?

Agência Brasil publica notícias em inglês

Todos sabem que o surgimento da máquina de imprimir com tipos móveis foi um divisor de águas na história da humanidade. Diversas mudanças ocorreram na política, cultura e religião. A imprensa de Johannes Gutenberg possibilitou um aumento impressionante na publicação de livros e jornais. O latim, língua predominante nas publicações, foi abandonado. Em seu lugar, cada região adotou a língua local. Uma contribuição para o surgimento do estado nacionalista.

Em 2010, mais de 571 anos depois do surgimento da imprensa de Gutenberg, novas tecnologias surgiram e continuaram fazendo revolução. Seja para frente, ou para trás. A Agência Brasil, um dos serviços da Empresa Brasil de Comunicação (EBC; ex-Radiobrás), de uns dias para cá, publica em seu site algumas notícias escritas na língua de William Shakespeare (como esta). Um caso raro no país que se fala a língua de Luís Vaz de Camões.

Só falta a empresa mudar de nome e se chamar Communication Brazil Company (CBC). Da mesma foram, em vez de Agência Brasil, Agency Brazil.

domingo, 18 de abril de 2010

Governador eleito do DF é cria de Roriz e de Arruda

Advogado Rogério Rosso, do PMDB, ocupará o cargo até 31 de dezembro

"Não tenho problema em falar que fui do governo Roriz. Quero utilizar minha experiência nesses oito mesmo de governo", disse

FILIPE COUTINHO
GABRIELA GUERREIRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
(Texto publicado na Folha de S. Paulo)

O advogado Rogério Rosso, do PMDB, foi eleito ontem novo governador do Distrito Federal. Integrante das duas últimas administrações, marcadas por acusações de corrupção, Rosso ficará no cargo até 31 de dezembro, cumprindo um mandato tampão.

Em uma disputa com diversas reviravoltas até minutos antes de a votação começar, 13 dos 24 deputados escolherem Rosso, num grupo de coalizão formado contra o governador interino e candidato à reeleição Wilson Lima (PR).

Rosso conseguiu apoio inclusive de parte do partido de Lima e do PTB, que também tinha candidato. A vitória em primeiro turno resultou de um acordo costurado entre aliados do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido) contra Lima, candidato do ex-governador Joaquim Roriz (PSC), favorito para a eleição direta de outubro.

A eleição foi convocada em março após a cassação por infidelidade partidária de Arruda, afastado do cargo desde fevereiro, quando foi preso por suposta tentativa de suborno. Como o vice Paulo Octávio (sem partido) também havia renunciado, o governo do DF ficou vago e a eleição foi convocada.

Apesar das diversas manobras, os 24 deputados distritais tinham como objetivo comum escolher um nome capaz de esfriar a crise no DF e evitar a intervenção federal.

Rosso é ex-presidente da Codeplan (Companhia de Planejamento do DF) no governo Arruda, órgão investigado por uma CPI na Câmara. O delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, foi presidente do mesmo órgão durante a campanha de 2006 que elegeu Arruda. Segundo Barbosa, o esquema de desvio de dinheiro público começou na Codeplan.

O novo governador também foi administrador de Ceilândia, maior cidade-satélite de Brasília no governo Roriz, mas nega que sua ligação com os ex-governadores influenciará no seu mandato-tampão. "Não tenho problema em falar que fui do governo Roriz. Quero utilizar minha experiência nesses oito mesmo de governo."

Como primeira medida, Rosso promete analisar os cargos comissionados criados por Wilson Lima. Foram mais de 2.000 em quase dois meses.

Rosso afirmou que, com a sua eleição, a proposta de intervenção no DF deve ser descartada. "Espero que ele [o procurador-geral da República, Roberto Gurgel] tenha consciência de que a intervenção é o pior." A decisão cabe ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Democracia?

sábado, 17 de abril de 2010

Datafolha: Dilma estável

FERNANDO RODRIGUES
(texto publicado na Folha de S. Paulo)

Pinta de primeiro turno?

BRASÍLIA - A pesquisa Datafolha realizada nos dias 15 e 16 deste mês traz José Serra com 38% e Dilma Rousseff com 28%. No segundo pelotão, Marina Silva surge com 10% e Ciro Gomes registra 9%.

O dado mais relevante é que a diferença entre o tucano Serra e a petista Dilma é de dez pontos percentuais. No levantamento anterior, do final de março, era de nove pontos. Ou seja, a variação ficou estritamente circunscrita à margem de erro, que é de dois pontos -para mais ou para menos.

Desde o último levantamento do Datafolha, houve um evento com grande exposição na mídia. O PSDB fez uma megafesta no dia 10 deste mês para lançar oficialmente o nome de Serra ao Planalto.

Apesar da presença forte no noticiário, o tucano se manteve mais ou menos onde estava. Trata-se de uma notícia positiva para os lulistas. Dilma também se segurou no mesmo patamar de intenção de votos. E pode até argumentar que em fevereiro, depois de ter sido lançada oficialmente como pré-candidata, aproveitou para se consolidar acima dos 25% nas pesquisas.

Eleição Viciada

Veja abaixo, com informações do jornal Correio Braziliense, o perfil de oito deputados distritais que poderão decidir a eleição indireta para governador tampão do Distrito Federal. A eleição será às 15h no plenário da Câmara Legislativa. Com estes eleitores, qualquer resultado não é legítimo.

Atualização: todos os deputados citados abaixo votaram em Rogério Rosso, o vencedor da eleição indireta para governador!



sexta-feira, 16 de abril de 2010

Brasília Outros 50

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Intervenção Federal Já!!

CPI da Corrupção prova que Câmara não funciona com normalidade

O Supremo Tribunal Federal (STJ) já pode aceitar o pedido de intervenção federal. Existe uma prova concreta de que a Câmara Legislativa não funciona com normalidade. É a Comissão Parlamentar de Inquérito da Codeplan, também conhecida por CPI da Corrupção.

Criada em 11 de janeiro para investigar o mensalão do DEM, a CPI foi encerrada em 21 de janeiro. Voltou a funcionar em 25 de janeiro. Um dia depois, o primeiro presidente, o deputado distrital Alírio Neto (PPS), abandonou a CPI. Em 8 de março, a deputada Eliana Pedrosa (DEM), que já havia entrado e saído da Comissão, assumiu a presidência. Um mês depois, Pedrosa abandonou o cargo. Agora, após quatro meses de existência, a CPI da Corrupção não apresentou nenhum resultado, não tem sequer presidente e, para completar, faltam parlamentares.

Deste jeito não vai longe...

PSol sob risco de implosão

Escolha de candidato divide a sigla em duas, e já há quem fale na criação de outro partido

Josie Jeronimo
Especial para o Correio
(Texto publicado no jornal Correio Braziliense)

A definição do nome do candidato do partido na corrida presidencial provocou uma cisão no PSol, e parte da legenda se prepara para convocar um congresso extraordinário a fim de eleger novos líderes, o que pode até mesmo motivar a criação de outra sigla. A ala do PSol que é simpática à senadora Marina Silva — pré-candidata do PV na disputa pelo Palácio do Planalto — acusa um setor do partido de tentar servir de “força auxiliar” à petista Dilma Rousseff, concorrente de Marina, ao escolher o ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio para representar os socialistas na corrida presidencial.

Segundo aliados da ex-senadora, o Diretório Nacional do partido fez uma manobra para tirar delegados favoráveis a Martiniano Cavalcante e Plínio foi escolhido por 89 votos. O grupo da ex-senadora Heloisa Helena garante ter 91. Agora, a corrente que defendia o nome de Martiniano deixou claro que não se esforçará para pedir votos a Plínio Sampaio. Além de negar apoio ao ex-deputado, a ala de Heloisa Helena e da deputada Luciana Genro saiu da conferência que indicou Sampaio exigindo a realização de congresso extraordinário para eleger nova direção do PSol.

Com o imbróglio, líderes do partido afirmam que de um eventual congresso extraordinário pode nascer até mesmo outra legenda. A tendência seria a manutenção de Heloisa Helena e de seus aliados à frente do PSol e a saída dos insatisfeitos.

A briga dividiu até mesmo o portal do partido na internet. Desde o fim de março, a executiva nacional do PSol tem dois endereços virtuais. Um é alimentado pelos aliados de Plínio Sampaio e o outro é comandado por Heloisa Helena, detentora do domínio oficial da sigla.

Candidatura vencida na conferência, Martiniano Cavalcante afirma que não vai fazer “campanha contra”, mas diz que a missão de reunir a militância agora é de Plínio. “Isso é um problema dele. Quem fez intervenção nos diretórios, quem ganhou no tapetão é quem tem que resolver. Não vou fazer campanha contra o Plínio, mas não podemos ser uma força auxiliar da Dilma.”

Já o pré-candidato formal do PSol tenta mostrar tranquilidade e aposta que o tempo aplacará a ira de Heloisa Helena e de Martiniano. “Toda disputa tem alfinetada. O Martiniano ainda está bravo, mas não vai fazer nenhum questionamento judicial. Vou procurar a Heloisa Helena. Deixa ela ficar brava uns dias.”

Panos quentes

Escalado para tentar reunir o partido, o deputado Chico Alencar (RJ) aposta no bom senso dos colegas para superar o momento delicado. De acordo com ele, a polêmica dos delegados impugnados envolve apenas 13 dos 166 representantes do partido. O deputado explicou que a impugnação aconteceu porque pessoas não filiadas tentavam votar na conferência. “Vamos superar esse momento”, disse.

Comentário deste Blog: o PSol pode ser considerado uma dissidência do PT. A notícia, publicada acima, comprova que ainda corre no sangue de suas lideranças o petismo, do PT. A diferença é que o PSol quer ser diferente. É aí que mora o perigo, pois ser diferente, às vezes, não quer dizer que é melhor. Ao não aceitar as divergências internas, o partido que não tem sequer cinco anos completo de fundação, pode se tornar dissidência da dissidência. E o destino será apenas um: o fim.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

"O Brasil Pode Mais"

O CRIATIVO

Texto publicado na coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo

O slogan "o Brasil pode mais", repetido por José Serra (PSDB-SP) em suas últimas aparições públicas, foi usado por Geraldo Alckmin em 2006, quando ele perdeu a eleição presidencial para Lula. "O Brasil pode mais, porque você pode mais", disse Alckmin no penúltimo programa eleitoral de sua campanha na TV. O marqueteiro dos dois é Luiz Gonzalez.
Comentário deste Blog: repare no vídeo que, ao dizer "o Brasil pode mais", Serra parece pensar que está "abafando". No vídeo abaixo, Alckimin usa a mesma expressão, mas sem tanta empolgação.