Em novembro do ano passado, pedi aos meus amigos leitores que votassem em Taynara de Figueiredo, candidata à Big Brother Brasil 8. Agradeço a todos que visitaram o perfil dela e votaram. Ela recebeu da produção do programa nota 7 e chegou até a participar da entrevista. Para quem não sabe, a Tatazinha20, como também é conhecida, estuda na minha turma de faculdade. Ela é gente fina. Merece participar do programa. Inclusive, se candidatou novamente (veja: http://www.8p.com.br/bbb/tatazinha20/perfil). Só que dessa vez meu apelo é em dobro porque, além da Tatazinha 20, um outro colega meu também é candidato ao BBB 9. Estou falando de Elton Pacheco. Ele estudou na minha sala durante quatro semestres. Apesar de ter sido pouco tempo, foi o suficiente para reconhecer as boas qualidades dele. Elton é divertido, alegre e gosta da farra. Seria interessante vê-lo na próxima edição do BBB. Melhor ainda se fossem os dois, a Taynara e ele. Mas se não for possível, pelo menos um. Quer saber mais sobre o Elton Pacheco? Então visite o perfil dele em http://www.8p.com.br/bbb/eltonpach/perfil e vote! Ah! Já ia me esquecendo. O Elton Pacheco é dono do blog Dramas do Sucesso. Se você quiser acessá-lo, clique no link que está em Blogs de Chegados, aqui mesmo, à direita, abaixo dos arquivos do Blog do Paraíso.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
O futuro Jornalista
Por Manoel Castelo
O ensino fundamental foi concluído por José Roberto Paraíso em colégio da periferia. Escola rabiscada por pixadores e murada para proteção contra bandidos. Ainda adolescente, conheceu o mundo da literatura. No lar, o afeto incondicional dos pais.
"A família é importante na trajetória profissional. Estamos sempre juntos, meus pais sonham com minha formatura" diz.
Aluno bolsista e com ótimas notas na academia, Paraíso é exigente quando o assunto é jornalismo. Universo que o encantou. "No ensino básico, comecei lendo gibis. Ler é fundamental para a formação de um jornalista" diz, com a experiência de quatro estágios na área.
Goiano, no papel, 21 anos de idade e de Brasília. Blogueiro, trabalha como produtor em uma emissora de televisão Estatal. São 4 horas dedicadas ao trabalho. Fã de Zé Ramalho, músico de pérolas da MPB, como Mistérios da Meia-Noite, ´Avohai´, Vila do Sossego e o clássico Admirável Gado Novo. Paraíso conceitua o artista como um profeta da música popular brasileira.
Crítico, não concorda com concursos públicos. "Passarei 20 anos na redação de uma empresa. Se demitido, trabalharei em outra sem problemas, afinal, a vida do jornalista é cheia de desafios, ao contrário do que ocorre com concursados", diz. "Alguns servidores ficam acomodados, não procuram crescer profissionalmente", afirma.
Cursando o último semestre de comunicação social, Paraíso está certo pela escolha profissional feita. "Quero retratar o meu país por meio da minha profissão". Conclui o futuro jornalista.
O saldo das Olimpíadas de Pequim
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Para quem não viu.
Este vídeo é de uma matéria que fiz para a quarta edição do Concurso CNN de Jornalismo. Não sei qual foi minha colocação. Antes de sair o resultado, pensei que seria o vencedor do concurso. Mas agora sei que matérias melhores que esta existem e foram aprovadas para fase final do concurso. Bom. Se meu trabalho não recebeu prêmio e nem foi divulgado pela CNN, isso não quer dizer que ele foi feito em vão. Portanto, privilegio você, leitor do Blog do Paraíso, com uma das matérias perdedoras do Concurso CNN de Jornalismo.
Leandro Fortes lança anti-manual de redação
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Perfil: Rodrigo Lopes
Por volta de 9h, Rodrigo pega, de São Sebastião, um ônibus que o leva ao Lago Sul. É lá que fica a agência do Banco do Brasil, onde ele trabalha. Rodrigo, que tem 21 anos, é funcionário público concursado. Nos poucos meses que trabalha no Banco, Lopes já tirou uma lição de vida: “o caminho da riqueza não é o único”. Observador, Rodrigo percebeu, durante o trabalho, a presença de “tanta gente rica e carente”.
Rodrigo Lopes tem 15 minutos para almoçar. “É... mas... às vezes... esse tempo é 20, 25 minutos”, negocia com as regras, como todo brasileiro cordial. Ao término do expediente, Lopes segue para a faculdade. Sempre pontual, chega às 18h. A aula começa às 19h10. Rodrigo passa esse intervalo de tempo lendo. Atualmente, ele começou a devorar “O outono do Patriarca”, de Gabriel Garcia.
Quando a aula começa, Rodrigo Lopes está lá, no mesmo lugar que sentou no primeiro dia de aula do semestre. Geralmente, é na terceira, ou quarta, cadeira que fica encostada na parede do lado esquerdo do professor. Próximo a Rodrigo, senta sua parceira intelectual, Roberta Borges. Muitos confundem o papel de Roberta. Muitos pensam que eles são namorados. Mas não é nada disso, pelo menos é o que dizem. O órgão que os ligam não é o coração, mas o cérebro.
Rodrigo Lopes cursa o último semestre de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. “Hoje eu tirei o jornalismo e fiquei com a comunicação”, conclui, depois de cursar sete semestres. “Eu acredito no prazer de contar história e, não, na imparcialidade”, explica.
Rodrigo Lopes é crítico. Ele acha que o conteúdo ensinado no seu curso foi insuficiente. De acordo com ele, os alunos poderiam ter aprendido muito mais. Para Lopes, a faculdade se preocupa somente com o “fazer jornalismo e, não, no ser jornalista”. As críticas de Rodrigo não param por aí. Elas chegam até... a mim! Repórter que entrevista Lopes. “Você tem que ver que reportagem é um pouco de informação e um pouco de impressão”, ele me alerta. Está bem, Rodrigo. Leia esta matéria e veja se eu fiz certo.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Ter ou não ter diploma? Eis a questão.
Manifesto à Nação
Em defesa do Jornalismo, da Sociedade e da Democracia no Brasil
A sociedade brasileira está ameaçada numa de suas mais expressivas conquistas: o direito à informação independente e plural, condição indispensável para a verdadeira democracia.
O Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a julgar o Recurso Extraordinário (RE) 511961 que, se aprovado, vai desregulamentar a profissão de jornalista, porque elimina um dos seus pilares: a obrigatoriedade do diploma em Curso Superior de Jornalismo para o seu exercício. Vai tornar possível que qualquer pessoa, mesmo a que não tenha concluído nem o ensino fundamental, exerça as atividades jornalísticas.
A exigência da formação superior é uma conquista histórica dos jornalistas e da sociedade, que modificou profundamente a qualidade do Jornalismo brasileiro.
Depois de 70 anos da regulamentação da profissão e mais de 40 anos de criação dos Cursos de Jornalismo, derrubar este requisito à prática profissional significará retrocesso a um tempo em que o acesso ao exercício do Jornalismo dependia de relações de apadrinhamentos e interesses outros que não o do real compromisso com a função social da mídia.
É direito da sociedade receber informação apurada por profissionais com formação teórica, técnica e ética, capacitados a exercer um jornalismo que efetivamente dê visibilidade pública aos fatos, debates, versões e opiniões contemporâneas. Os brasileiros merecem um jornalista que seja, de fato e de direito, profissional, que esteja em constante aperfeiçoamento e que assuma responsabilidades no cumprimento de seu papel social.
É falacioso o argumento de que a obrigatoriedade do diploma ameaça as liberdades de expressão e de imprensa, como apregoam os que tentam derrubá-la. A profissão regulamentada não é impedimento para que pessoas – especialistas, notáveis ou anônimos – se expressem por meio dos veículos de comunicação. O exercício profissional do Jornalismo é, na verdade, a garantia de que a diversidade de pensamento e opinião presentes na sociedade esteja também presente na mídia.
A manutenção da exigência de formação de nível superior específica para o exercício da profissão, portanto, representa um avanço no difícil equilíbrio entre interesses privados e o direito da sociedade à informação livre, plural e democrática.
Não apenas a categoria dos jornalistas, mas toda a Nação perderá se o poder de decidir quem pode ou não exercer a profissão no país ficar nas mãos destes interesses particulares. Os brasileiros e, neste momento específico, os Ministros do STF, não podem permitir que se volte a um período obscuro em que existiam donos absolutos e algozes das consciências dos jornalistas e, por conseqüência, de todos os cidadãos!
FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas
Sindicatos de Jornalistas de todo o Brasil
sábado, 2 de agosto de 2008
Primeira tentativa de encontrar emprego
Novas palavras para o português
Se tem uma coisa em excesso nas periferias do Distrito Federal, não tenha dúvidas, é a mão de obra ociosa. Basta percorrer algumas esquinas para ver que estou com a razão. Dezenas de jovens, entre 15 e 25 anos, de braços cruzados e sem perspectiva nenhuma. Se perguntarem o que eles estão fazendo, provavelmente responderão “estou de boa”. E por que eles “estão de boa”? Primeiro. Não têm qualificação. Entre eles, quem estudou mais, terminou, fora da faixa etária, o ensino médio. Os jovens “de boa” são, portanto, mentes vazias. E o que acontece com uma mente vazia? Como já dizia o dito popular, “mente vazia é oficina do Diabo”. Está aí a explicação para os altos índices de criminalidade. Antes de encerrar, quero comentar outra coisa. Por não terem muito estudo, os jovens “de boa” não têm domínio da língua pátria e, portanto, criam seu próprio dialeto. Eis algumas novas palavras do vocabulário deles e os respectivos significados:
- Moscar (uma das mais interessantes): é uma comparação com a ação da mosca de padaria, que, geralmente, fica parada, sem fazer nada, de olho na rosquinha. Muitas vezes, a mosca pode ser dar mal, sendo esmagada pelo padeiro. Logo, uma pessoa que mosca ou está moscando se deu ou se dará mal. Uma pessoa que está parada num mesmo lugar, numa festa, por exemplo, sem fazer nada, também está moscando.
- Esparrar: é o mesmo que “tirar de tempo”, “queimar o filme” ou esparramar, para todos, alguma informação sigilosa, como um roubo. Quando diz que uma dona (mulher) esparrou um bicho (rapaz), quer dizer que ela não quis ficar ou namorar ele.
- Braite: é um dos nomes da cocaína.
- Vinte e dois: é uma pessoa doida.
- Só o ouro: geralmente, é uma mulher muito bonita, mas pode ser também alguma coisa muito boa.
Os jovens “de boa” também usam palavras, digamos, cultas. “E aí, consta?”. Entendeu, amigo leitor? Não? Então vou traduzir. “Olá! Tudo bem? Você está vendendo maconha ou cocaína?”. Fico imaginando, onde eles aprenderam usar essa palavra? Talvez na delegacia, diante o delegado que diz: “consta em sua ficha que você já foi preso por tráfico de drogas e por assalto a mão armada”. Escrevi acima que já estava encerrando este comentário. Não se preocupe, leitor. Vou falar só de mais uma palavra. Você sabe o que é uma pessoa “atribulada”? É uma pessoa abalada, chocada? Não. Um jovem “atribulado” acabou de consumir cocaína ou, então, acabou de praticar, ou praticará, um roubo.