Blog do Paraíso: outubro 2009

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Arruda aparece com destaque no programa de TV do DEM


O governador do Distrito Federal (DF),  José Roberto Arruda (DEM-DF), que em 2001 renunciou ao mandato de senador para não ser cassado, depois de ter mentido para todo Brasil afirmando, em Plenário, que não violou o painel de votação secreta do Senado, apareceu, por um bom tempo, no programa de TV do seu partido, o Democratas; uma prova de seu prestígio na legenda e de que a prioridade do DEM é mesmo a sua reeleição.

O programa de TV foi veiculado em rede nacional, durante 10 minutos, no horário nobre desta quinta-feira (29). Além de Arruda, o prefeito de São Paulo, Gilberto Cassab (DEM-SP), dois senadores e dois deputados apareceram no programa. O senador Adelmir Santana (DEM-DF), que pretende se candidatar em 2010 para continuar no cargo, não teve vez no vídeo.

O programa de TV do DEM não fez nenhuma referência aos prováveis candidatos a presidente do Brasil José Serra (PSDB-SP), governador de São Paulo, e Aécio Neves (PSDB-MG), governador de Minas Gerais. Compreensível, afinal, pertencem a outra legenda, embora aliada do DEM.

Antes de fazer as críticas à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os políticos demo fizeram elogios ao governo que antecedeu o atual, sem citar o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo a propaganda, foi graças à gestão passada que os brasileiros pobres tiveram acesso às tecnologias, como telefone celular e internet.

Único governador eleito pelo DEM, Arruda não perdeu a oportunidade para falar das duas mil obras que ele pretende inaugurar, no DF, até a véspera das eleições de 2010. O espaço ocupado pelo governador demo para falar de sua gestão não é para qualquer um, o que o diga o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que já foi candidato a presidente do Brasil, e não apareceu, semana passado, no programa de TV do seu atual partido.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Não existe lei para regrar a pré-campanha


A legislação proíbe campanha política antes de 5 de julho de cada ano eleitoral, porém, não há nenhuma lei a respeito da pré-campanha política. Os pré-candidatos e os pré-comícios estão, portanto, liberados.

Veja o caso do Distrito Federal (DF). Assim como em todos os estados do Brasil, há vários pré-candidatos. Dentre eles, a bezerra de ouro, quero dizer, o ex-governador Joaquim Roriz (ex-PMDB; agora PSC), que, em 2007, quando tinha acabado de ser eleito senador, renunciou ao cargo para não perder os direitos políticos por ter negociado, com o dono da Gol, Nenê Constantino, a partilha de um cheque do Banco de Brasília no valor 2,2 milhões de reais.

Para quem achava que Roriz tinha encerrado a carreira política, por causa da velhice, ou por causa da renúncia ao mandato de senador, se enganou. Ele está de volta. E com força. Com helicóptero, ônibus, tenda, palco, equipamento de som e cabos eleitorais, bezerra de ouro já percorreu várias cidades do DF, sem querer fazer campanha, já fazendo. Na verdade, ele está livre e desimpedido para realizar a sua pré-campanha, afinal, ele não é candidato. É pré-candidato a governador. Ele não faz comício. Faz pré-comício. Não pede votos. Pré-votos. Ele não tem número. Ele tem o pré-20.

Um jeitinho bem brasileiro de escorregar pelas regras da lei, contudo, Roriz não tem culpa. Ele está até certo, senão fica para trás. Faz o que governador José Roberto Arruda (DEM) faz, ao inaugurar duas mil obras a poucos meses das eleições. Quem está errado é o Tribunal Eleitoral que não cobra uma legislação para a pré-campanha, afinal, esta prática não surgiu agora. Quem também está errado somos nós, cidadãos acomodados, que não protesta e não exige leis mais objetivas contra os pré-comícios e pré-candidatos.

A propósito, hoje está tão bom para ficar deitado em casa assistindo TV.

sábado, 24 de outubro de 2009

TV Record ataca Folha de S. Paulo



Veja o vídeo de um telejornal da TV Record que relacional a queda da tiragem do jornal Folha de S. Paulo com a falta de credibilidade. Não farei nenhum comentário. Estou apenas repercutindo este vídeo e gostaria que você, leitor, tirasse suas próprias conclusões. Para isso, acrescento a informação de que o jornal Folha de S. Paulo já publicou várias denúncias de prováveis crimes cometidos pelo líder a Igreja Universal Reino de Deus, o Bispo Edir Macedo, que é também o dono da TV Record, de acordo com o jornal. Com esta informação, não tenho a intenção de defender a Folha, porém, quero contribuir para sua reflexão, que pode levar em consideração a seguinte pergunta: afinal, existe mesmo a imparcialidade na imprensa?

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Cristovam não aparece no programa de TV do PDT


O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que já foi candidato a presidente do Brasil, não apareceu na propaganda gratuita do Partido Democrático Trabalhista (PDT), veiculado no horário nobre desta quinta (22), durante 10 minutos, em rede nacional. O fato revela que Cristovam não está com tanto prestígio dentro do PDT. Caso contrário, o partido não perderia a oportunidade de dar visibilidade ao seu futuro candidato à reeleição no Senado Federal.

Cristovam não será candidato a presidente do Brasil, pelo PDT, porque os pedetistas fazem parte da base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, recentemente, a ministra Dilma Rousseff, que é candidata do PT a presidente, fechou acordo com o partido.

O desprestígio de Cristovam, dentro do PDT, é um bom sinal para o deputado federal Geraldo Magela (PT-DF), porque o parlamentar é o petista do Distrito Federal (DF) com as maiores chances de concorrer e vencer uma vaga no Senado Federal. Além de ocupar o influente cargo de relator-geral do orçamento da União, Magela é o único deputado federal do PT-DF. E o presidente Lula já sinalizou a intenção de eleger um bom número de parlamentares, fieis, para dar sustentação ao governo da ministra Dilma, se eleita.

Durante sua atuação parlamentar, Magela sempre apoiou o presidente Lula, diferentemente de Cristovam, que já subiu à tribuna do Senado para criticar o governo federal. As mais recentes críticas do pedetista estão registradas em seu twitter (@Sen_Cristovam). Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente Lula disse que, se Jesus viesse à terra, faria aliança política até com Judas. Veja abaixo a opinião de Cristovam sobre a declaração:

“O presidente Lula disse que no Brasil Jesus faria acordo com Judas. Jesus poderia perdoar Judas, fazer acordo jamais.”

“Quando os políticos dizem que na política Jesus faz acordo com Judas, eles acham que os eleitores são todos Pilatos.”

“Quando o presidente da República diz que na política Jesus faz acordo com Judas, ele está dizendo para os jovens idealistas se afastarem da política.”

Não pegaria bem para o PDT, se Cristovam aparecesse, em rede nacional, para criticar o governo que o partido deseja compor aliança nas próximas eleições.

Para encerrar, lembro que o senador Cristovam, quando ainda era do PT, foi nomeado Ministro da Educação. Antes de deixar algum legado no ministério, poucos meses depois de tomar posse, o então petista foi demitido – por telefone.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A hipocrisia no tratamento dos fatos

Dois pesos...

...o presidente Lula, do PT, foi para o Nordeste, acompanhado da ministra Dilma Rousseff e do deputado federal Ciro Gomes (PSB), para fazer campanha fora de hora e, não, para visitar as obras de transposição do Rio São Francisco. Alguém tem que fazer alguma coisa. Cadê o Gilmar Mendes (presidente do Supremo Tribunal Federal)? Vamos ver o que ele tem a dizer...

...duas medidas...

...o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do DEM, vai inaugurar duas mil obras até o aniversário de 50 anos de Brasília, em 21 de abril de 2010, o problema é escolher qual vai ser a obra de número dois mil...

...dois pesos...

...com a ajuda do presidente Lula, foram arquivadas todas as representações, no conselho de ética, pedindo a cassação do mandato do senador José Sarney (PMDB-AP). Isso é um absurdo!! Cadê a ética?!! Cadê a ética?!! Mesmo depois de a imprensa ter noticiado as denuncias contra o presidente do Senado, durante meses, ainda assim os parlamentares governistas arquivaram os processos contra Sarney. Francamente!! Eles não estão nem aí para a opinião pública...

...duas medidas...

...a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, do PSDB, é suspeita de ter participado do esquema de corrupção do Detran-RS que desviou 44 milhões de reais para o caixa dois de sua campanha, mas nada foi provado e, por isso, o pedido de impeachment do seu governo foi arquivado pela assembleia legislativa do estado. Afinal, ninguém é culpado, até que se prove o contrário...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Centenas de juízes estão errados e só Gilmar (Dantas) está correto



No final desta entrevista, o jornalista Kennedy Alencar faz uma bela pergunta. Eis: “Nesse caso dos juízes, houve um manifesto com centenas de juízes assinando. Será que centenas de juízes estão errados e o senhor está certo, ministro?”

Porém, o presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar (Dantas) Mendes dá uma péssima resposta. Para Mendes, sua decisão foi “histórica”, “o Brasil derrotou o estado policial, aquele caso não foi o caso Daniel Dantas. Foi um caso que o Estado de Direito estava em jogo”.

Para mim, a decisão de soltar, prender e soltar de novo o banqueiro foi vergonhosa. Não foi o caso Daniel Dantas. Foi o caso em que um ministro, indicado pelo demotucano Fernando Henrique Cardoso, combateu uma das muitas ações que só são possíveis de acontecer num governo como do presidente Lula: prender quem tem dinheiro.

E vocês? O que acham?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O tempo está acabando e falta muita promessa para Arruda cumprir

Imagine uma ampulheta com, praticamente, toda sua areia na parte de baixo. Na parte de cima, há uma pequena quantidade de areia que descerá, totalmente, para o outro lado num prazo de alguns meses.


Agora, imagine essa mesma ampulheta na mesa do governador do Distrito Federal (DF), José Roberto Arruda (DEM). O que ele diria? “O meu tempo está acabando”. Óbvio, porém, qual seria a expressão que ele faria? Pergunta difícil? Vou te ajudar.

Em 2006, quando era candidato a governador, Arruda prometeu construir uma vila olímpica em todas as cidades do DF. Ele disse que, no seu governo, ligaria o Plano Piloto, via metrô, à Santa Maria e ao Gama. Trocar todos os ônibus velhos por novos foi outra grande promessa. Houve outras. Citarei apenas essas, afinal, já dá para imaginar qual seria a expressão do governador ante nossa imaginária ampulheta. Certo? Não? Já sei. Você quer mais informação.

Bom. Faltando um ano, dois meses e alguns dias para acabar o mandato do governador Arruda, dá para contar nos dedos quantas cidades tem vila olímpica. O metrô que ligaria o Plano Piloto à Santa Maria e ao Gama não será feito. Na verdade, um veículo leve sobre pneus (VLP), conforme informações do Governo do Distrito Federal (GDF), vai ligar as duas cidades ao terminal do veiculo leve sobre trilhos (VLT), que será construído ao longo da avenida W3 Sul.

O veículo leve sobre pneus ficará pronto depois da conclusão do veículo leve sobre trilho, o problema é que, nem VLT, muito menos VLP, saíram do papel. A propósito, Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) pediu na justiça a anulação dos editais que contratariam o serviço para a construção do VLT. Segundo o MPDFT, os editais não estão de acordo com a Constituição Federal e não obedecem as leis de responsabilidade fiscal e de licitações.

Ainda que a ação do MPDFT não seja aceita pela justiça, o VLT não ficará pronto até o final de 2010, pois faltam 38 milhões de reais para o GDF pagar o serviço que vai retirar os cabos de energia elétrica que estão no subterrâneo da W3 Sul. As obras do VLT só poderão começar depois que o GDF fazer esse serviço.

Quanto à renovação da frota do transporte coletivo, basta dar uma voltinha na cidade, pela manhã, para ver dezenas de ônibus velhos quebrados no meio da estrada.

Com essas informações, já dá para imaginar a expressão do governador, ao olhar o pouco de areia que resta na parte de cima da ampulheta. Imagino que ele deve estar com os olhos bem arregalados e com boca aberta, pensando “meu Deus, não conseguirei cumprir nem a metade de minhas promessas antes do fim de 2010”.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Não há favorito na disputa presidencial de 2010


Uma péssima notícia para quem deseja continuidade do o projeto que resgatou a autoestima do brasileiro: não há candidato à presidência da República favorito para as próximas eleições.

Se por um lado a ministra Dilma Rousseff tem o apoio do governo mais popular da historia do Brasil, por outro, ela tem a desvantagem de nunca ter concorrido, sequer, uma eleição. Muita gente ainda não a conhece. Muita gente nem ao menos sabe como se pronuncia “Rousseff”. A falta de carisma e o tecniquês (linguagem difícil) também são desvantagens da candidata do Lula. Logo, com Dilma candidata, o PT não pode cantar vitória antes do tempo. Vai ter que trabalhar muito pela eleição da ministra.

O mesmo pode ser dito em relação ao demotucano José Serra, atual governador de São Paulo pelo PSDB. Para a sorte do presidente Lula, Serra, assim como Dilma, não tem carisma nenhum e não fala a linguagem do povo. Por outro lado, ele tem a vantagem de ser mais conhecido; de ter participado de uma disputa presidencial; de governar no maior colégio eleitoral do país.

Há, portanto, prós e contra os candidatos dos maiores partidos. Mas! Como eu disse acima, não existe um favorito. Quem sabe uma zebra embole a disputa? O que quero dizer é que os votos dos prováveis candidatos Ciro Gomes (PSB), Heloísa Helena (PSol), Cristovam Buarque (PDT) e, a mais recente, Marina Silva (PV) não podem ser desconsiderados.

A disputa presidencial de 2010, portanto, não será nada fácil.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Serra ou Aécio? Tanto faz. Eles não têm discurso de oposição


Eu não tenho nenhum receio em dizer que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), é o candidato dos demotucanos a presidente do Brasil, isso faltando menos de um ano para as eleições de 2010. Não vejo nenhuma razão para o governador de Minas Gerais (PSDB), Aécio Neves, ser escolhido pelo PSDB. Serra lidera todas as pesquisas e governa o estado com o maior número de eleitores do país. Aécio, embora governe no segundo colégio eleitoral do Brasil, perde para Dilma, na maioria das pesquisas. Talvez, eu esteja errado e Aécio se torne o candidato demotucano, contudo, posso estar certo numa coisa: nem Neves nem Serra têm um discurso político solido para enfrentar a candidata do presidente Lula.

Os dois aspirantes a presidente são de um partido que governou o Brasil entre 1994 e 2002. O plano Real e o controle da inflação foram os principais legados do período, porém, a economia, naquela época, não suportava nenhuma “marolinha”. Previsto para acabar em 2009, o governo do presidente Lula, contudo, suportou como nenhum outro governo a crise econômica mundial, conquistando para o país três notas de grau de investimento, sem contar os 30 milhões de brasileiros que saíram da pobreza, a escolha do Rio de Janeiro para sediar as olimpíadas, o marco regulatório do pré-sal, o real fortalecido e a inflação controlada.

Em outros dizeres, os oitos anos governados por Lula pesam muito mais que o período Fernando Henrique Cardoso (FHC). Logo, o candidato do PSDB não pode comparar os dois governos. A saída seria apontar os defeitos da gestão Lula. Aqui, mora um problemão. Como fazer isso se, conforme apontaram as últimas pesquisas, os brasileiros estão satisfeito com o governo? Como convencer o povo de que a melhora na sua vida não foi bem uma melhora? Não consigo identificar um discurso de oposição para o candidato dos demotucanos.

Para as próximas eleições, não adianta Serra recorrer ao seu fortíssimo aliado fazedor de factóides. A derrota de Geraldo Alckmin em 2006 prova que a imprensa não elege presidente.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

PMDB, PSB e PDT tão perto e tão longe do PT


O PMDB, PSB e o PDT sinalizam, em âmbito nacional, apoiar a candidatura da ministra Dilma Rousseff à presidência da república, porém, aqui, no Distrito Federal, esses partidos até agora não deram nenhum sinal relevante de apoio ao PT.

Até agora, o PMDB apoia o governador José Roberto Arruda (DEM) e, se houver acordo para a eleição de 2010, a aliança pode se fortalecer ainda mais. O laço do PMDB com o governador Arruda é tão forte que o partido chegou até a abrir mão dos votos do ex-governador Joaquim Roriz – olhe que não são poucos! –. Recém filiado ao PSC, boi de ouro, quero dizer, Roriz saiu do PMDB porque o partido não quis lançar sua candidatura ao Governo do Distrito Federal (GDF).

Antes de traçar a situação do PSB, vamos pular para o PDT, do ex-governador e atual senador Cristovam Buarque, muito conhecido por pronunciar, várias vezes, “educação”. Mesmo depois da cúpula do partido demonstrar apoio à ministra do Lula, Cristovam não cansa de fazer críticas ao presidente da República, sem contar que, no Distrito Federal, o PDT também está com o governador Arruda. Além disso, os pedetistas já têm até pré-candidato ao GDF, o deputado distrital José Antônio Reguffe. Mesmo assim, o senador Cristovam aparenta desejar o apoio do PT para concorrer à reeleição.

Na atual conjuntura, qual seria a contrapartida do PDT para o PT apoiar a reeleição de Cristovam? Não há nenhuma. Aliás, há somente o improvável apoio à ministra.

Se a vaga da esquerda no senado não for de Cristovam, o PT, portanto, poderá lançar o deputado federal Geraldo Magela como candidato do partido. Aqui, surge um novo problema. O deputado federal Rodrigo Rollemberg (PSB), um dos camaradas do governador Arruda (DEM), já chegou a afirmar que o Partido dos Trabalhadores romperá a aliança com o Partido Socialista Brasileiro, se lançar uma candidatura própria ao senado. Também aspirante a senador, Rollemberg ignora que o PSB, até agora, está fechado com a candidatura de Dilma. A pedido do Lula, o deputado federal Ciro Gomes já mudou seu registro eleitoral para São Paulo. É verdade que Ciro ainda não descartou a possibilidade de se lançar candidato à presidência do Brasil.

Assim como Ciro, Cristovam também não bateu o martelo sobre qual cargo concorrerá em 2010.

Como se pode ver, no plano nacional, o PT, do presidente Lula, que administra mais de um trilhão de reais, é a virgem cobiçadíssima, porém, no âmbito local, o PT, de apenas quatro deputados distritais, sem nenhum cargo relevante no GDF, é o patinho feio. Nem PMDB, nem PSB, muito menos PDT, até agora, estão com ele.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Os problemas do Enem são efeitos das eleições de 2010


As universidades estaduais de São Paulo (USP) e de Campinas (Unicamp), por “razões operacionais”, foram as primeiras a informar que não usarão a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), remarcado para 5 e 6 de dezembro, devido ao vazamento da prova ocorrido no final de setembro.

Se o estado de São Paulo não fosse governado por José Serra (PSDB), provável candidato dos demotucanos à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a explicação técnica, e burocrática, da USP e da Unicamp não seria questionável. José Serra, contudo, é o governador do estado e a decisão das universidades, portanto, tem grandes chances de ser meramente polícia. Ainda mais pelo fato de o Enem ser a porta de entrada para o Programa Universidade para Todos (Prouni), um dos principais programas de sucesso do governo Lula, que pode atrapalhar as intenções políticas do tucano Serra. Atualmente, o Prouni beneficia por volta de 500 mil bolsistas.

O pior de tudo é que o maior prejudicado com a provável decisão política da USP e da Unicamp não é o governo Lula ou, muito menos, o ministro da Educação, Fernando Haddad. Os maiores prejudicados são os estudantes de baixa renda que não poderão contar com a ajuda do Enem para ingressar nas faculdades elitistas de São Paulo.

O governo e o ministro só serão prejudicados se, após a aplicação da nova prova, houver nova tentativa de fraude. Isso porque ficou claro para a sociedade que o governo, ao descobri com antecedência a trapaça e tomar as medidas de adiar o Exame e cancelar o consorcio que realizaria a prova, está trabalhando para realizar uma avaliação honesta e segura.

Ficou claro para a sociedade que o espírito de porco ladrão da prova do Enem fez, na verdade, uma sacanagem não com o governo, mas, sim, com todos os brasileiros. Só a reimpressão do novo Exame vai custar aos cofres públicos 34 milhões de reais.

Senhoras e senhores, vocês estão diante dos efeitos das eleições de 2010.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

As boas notícias do ano eleitoral já estão surgindo


“Graças a Deus, o IPTU do ano que vem não vai aumentar”. Na verdade, a frase correta seria. “Graças às eleições de 2010, o IPTU não vai aumentar”. É impressionante como o último ano da maioria dos mandatos de presidente, governadores e prefeitos são sempre os mais doces. Quero dizer, o ano em que o cidadão recebe uma enxurrada de notícias boas.

A previsão de inflação para 2010 é de 4,4%, contudo, o Governo do Distrito Federal (GDF) ignorou esse número e, na semana passada, anunciou que o Imposto Predial e Territorial (IPTU) não sofrerá nenhum aumento. Se minha memória não está ruim, a principal justificativa usada pelo GDF para aumentar o imposto, em 2008, era justamente a correção inflacionária, em tempos de crise mundial.

E agora, num ano prós crise mundial, em que o governo precisaria de mais recursos para investimentos, o GDF resolve deixar de arrecadar 22 milhões de reais, que viriam com o reajuste do IPTU. Garantir a reeleição do atual governo é a melhor explicação para o presente de natal antecipado.

Anotem isto: a manutenção do valor do IPTU é apenas a primeira das dezenas de notícias boas que virão com o objetivo de garantir retorno eleitoral para o governador José Roberto Arruda (DEM).

domingo, 4 de outubro de 2009

O superfaturamento do Pan 2007 não pode repetir nas Olimpíadas de 2016

Para atender a um pedido do Hugo, um dos leitores deste Blog, farei um breve comentário sobre os jogos Panamericanos, realizados no Rio de Janeiro em 2007.

Começarei respondendo as questões do Hugo. “O que mudou? O que de bom aconteceu depois?” são perguntas muito fáceis. A realização do Pan 2007 foi um importante passo para o Rio de Janeiro ser escolhido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para sediar as Olimpíadas de 2016. Contudo, para o Hugo, o Pan não mudou “nada! Ninguém sequer lembra mais daquilo”. Discordo. Se a cidade não tivesse demonstrado organização e um bom desempenho no Pan, tenho certeza que o COI não se esqueceria e, portanto, não escolheria o Rio.

Hugo finaliza sua sugestão, deixada como comentário do texto “Sim, nós podemos”, informando que lembra do aumento dos valores iniciais e das obras sem licitação do Pan 2007. Ele, inclusive, propõe uma aposta de que os 28 bilhões previstos para as Olimpíadas de 2016 dobrarão. Bom. Antes de qualquer coisa, quem aqui já fez um orçamento de uma obra? Ao termino do empreendimento, o gasto ficou no mesmo valor do previsto? Acredito que não. A obra deve ter ficado uns 30 % mais cara.

O problema do Pan 2007 é que sua realização tinha valor inicial de 523, 84 milhões de reais, porém, o custo final ficou em 3,7 bilhões de reais. O número representa, mais ou menos, 800 % a mais do previsto. Quer dizer, houve um erro muito grosseiro no calculo, o que deixa – e com muita razão – brasileiros, como o Hugo, desconfiados, desanimados e indignados.

Desconfiados por achar que os bilhões a mais não foram para a realização do evento e sim para o bolso de alguns ratos. Desanimado ao imaginar que a roubalheira pode acontecer em dose pior nas Olimpíadas de 2016. E indignados por não ver ninguém atrás das grades.

Como se pode ver, meu caro Hugo, o Pan 2007 não é exemplo para ser seguido nas Olimpíadas no que diz respeito a transparência, e no gasto, do dinheiro público.

Agora, o superfaturamento do Pan, contudo, não pode ser motivo para ser contra as Olimpíadas. Se a ganância de alguns não atrapalhar, a competição pode trazer muitos benefícios para o país, como empregos, turistas e respeito internacional.

Os brasileiros, portanto, devem ser contra a corrupção. Cobrar punição dos ladrões do colarinho branco e, em 2010, não eleger os sugadores do dinheiro público.

sábado, 3 de outubro de 2009

“Sim, nós podemos”!!



(vídeo da candidatura do Rio de Janeiro)

A grande maioria dos brasileiros ainda não percebeu o tremendo fato histórico que está preste a acontecer no país em 2016. Talvez o complexo de tupiniquim, ou síndrome de “viralata”, ainda esteja bloqueando a mente dos brasileiros que estão custando a acreditar que o Rio de Janeiro vai sediar a maior competição da humanidade.

As Olimpíadas de 2016 é uma oportunidade para deixarmos para trás a doença da baixa autoestima. A competição vai ser a oportunidade de mostrar ao mundo que “sim, nós podemos”. A frase não é nossa, mas a determinação é a mesma da grande nação que, recentemente, bradou “Yes, we can” para mostrar ao mundo que mudou e está pronta para superar os desafios.

Considero as Olimpíadas de 2016 uma oportunidade pelo simbolismo da competição. Assim como no passado, quando as Cidades-Estados da antiga Grécia suspendiam as guerras para celebrar as Olimpíadas, os jogos de 2016 reunirão nações do mundo inteiro, de diferentes cores, credos e costumes, para competir no Brasil e, assim, celebrar a paz no mundo. Sim. Celebrar a paz, pois será o instante em que as espinhosas questões políticas, econômicas e diplomáticas estarão de lado. A conduta esportiva será a única lei vigente.

O Brasil é um país que teve muita dificuldade para encontrar, e aceitar, sua identidade. Muitos – envergonhem-se hoje!! – disseram que este país era um caso perdido; que não tinha mais jeito. E por essa e outras razões o brasileiro sempre andou cabisbaixo, com baixa autoestima. Porém, chegou o momento de deixar o fracasso para trás. O primeiro passo foi dado. O país convenceu o exigente Comitê Olímpico Internacional (COI) que está preparado para receber as Olimpíadas. Falta agora dar o segundo passo: provar ao mundo, em 2016, que somos uma grande nação capaz de organizar e sediar a maior competição da humanidade.



(discurso do presidente Lula antes da escolha do Rio de Janeiro)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Veja os outdoors do Sinpro-DF censurados

Não cansarei de dizer: a internet é livre. Aqui não há censura. Está certo que muita gente trabalha para acabar com a liberdade de pensamento na rede mundial de computadores, conforme vimos recentemente no Senado Federal. A propósito, quero registrar aqui que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao sancionar a mini-reforma eleitoral, derrubou os dispositivos de censura da internet, aprovados pelos nossos representantes do Congresso Nacional.

Neste artigo, contudo, não quero apenas falar da plausível, e democrática, atitude do presidente Lula. Quero ainda informar que as imagens que posto abaixo deste texto são peças publicitárias do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) censuradas pelas empresas do outdoor. De acordo com o Sinpro, as empresas se negaram a publicar as propagandas referentes à campanha salarial de 2009 da categoria, isso depois de checar o conteúdo do material. Felizmente, temos a internet. E aqui todo mundo pode ver.

Veja!!