Uso de laranjas para comprar veículos de comunicação de Alagoas; pagar propinas; fazer sociedade com lobistas em negociatas; favorecer uma cervejaria em troca de benefícios pessoais e – a mais quentinha, que saiu do forno esta semana – montar esquema para desviar dinheiro do Ministério da Saúde são acusações contra o presidente do Congresso Nacional, o senador Renan Calheiros (PMDB – AL). As acusações por enquanto não deram em nada. Mas não foram todas que passaram despercebidas. Felizmente, o alagoano Renan Calheiros será julgado hoje no plenário do Senado Federal por ter despesas pessoais pagas por um lobista, o que é quebra de decoro parlamentar.
As denúncias contra o senador vieram a conta-gotas. O primeiro pingo revelou a “pulada de cerca” do peemedebista, cujas conseqüências (ou despesas) foram bancadas por um lobista. Desde esse momento, Renan dizia que “não arredava o pé” da presidência do senado. A cada semana, a situação se complicava, pois mais gotas corruptas pingavam. O senador foi questionado, portanto, se renunciaria o mandato. O que não aconteceu, surpreendentemente, depois do relatório do Conselho de Ética que recomenda a cassação do alagoano ser aprovado pelo senado numa votação histórica, pois foi aberta. Renan não renunciou a presidência do Congresso Nacional nem o mandato mesmo depois do relatório do conselho ser aprovado, em tempo recorde, pela Comissão de Constituição e Justiça. Detalhe: toda novela aconteceu com sucessivas manobras proteladoras do senador. O processo se arrastou por três meses.
No meu entender, se o mandato de Renan Calheiros não for cassado, o Senado Federal ficará famigerado e se igualará à Câmara dos Deputados, que no ano passado recusou 12 pedidos de cassação de mandatos de mensaleiros (recebedores de mesadas para votar com o governo). Os pedidos foram recomendados pelo Conselho de Ética que concluiu que os mensaleiros quebraram o decoro parlamentar. A Câmara dos Deputados é um caso perdido, não se importa com a opinião pública e não se envergonha mais com os escândalos. Não é possível que o Senado Federal siga o mesmo caminho. Pois recusar um pedido do Conselho de Ética é ir contra a ética, pois, se não fosse, o conselho deveria ter outro nome.
As denúncias contra o senador vieram a conta-gotas. O primeiro pingo revelou a “pulada de cerca” do peemedebista, cujas conseqüências (ou despesas) foram bancadas por um lobista. Desde esse momento, Renan dizia que “não arredava o pé” da presidência do senado. A cada semana, a situação se complicava, pois mais gotas corruptas pingavam. O senador foi questionado, portanto, se renunciaria o mandato. O que não aconteceu, surpreendentemente, depois do relatório do Conselho de Ética que recomenda a cassação do alagoano ser aprovado pelo senado numa votação histórica, pois foi aberta. Renan não renunciou a presidência do Congresso Nacional nem o mandato mesmo depois do relatório do conselho ser aprovado, em tempo recorde, pela Comissão de Constituição e Justiça. Detalhe: toda novela aconteceu com sucessivas manobras proteladoras do senador. O processo se arrastou por três meses.
No meu entender, se o mandato de Renan Calheiros não for cassado, o Senado Federal ficará famigerado e se igualará à Câmara dos Deputados, que no ano passado recusou 12 pedidos de cassação de mandatos de mensaleiros (recebedores de mesadas para votar com o governo). Os pedidos foram recomendados pelo Conselho de Ética que concluiu que os mensaleiros quebraram o decoro parlamentar. A Câmara dos Deputados é um caso perdido, não se importa com a opinião pública e não se envergonha mais com os escândalos. Não é possível que o Senado Federal siga o mesmo caminho. Pois recusar um pedido do Conselho de Ética é ir contra a ética, pois, se não fosse, o conselho deveria ter outro nome.
Nenhum comentário:
Postar um comentário