O jornalismo como tal é o mais belo ofício. Quando exercido de maneira ampla e genuína, essa profissão encanta seus amantes. Infelizmente, o jornalismo propriamente dito está escasso na imprensa brasileira. Devido à comunicação instantânea e ao imediatismo, os repórteres não dispõem de muito tempo para fazer sua matéria. Se fosse diferente, talvez veríamos nos noticiários mais reportagens como a que foi publicada na edição de número 335 do jornal “Campus”. Escrito por estudantes de jornalismo da Universidade de Brasília (UNB), a referida edição do jornal traz na capa a manchete “Nem STF respeita vagas preferenciais na UNB”.
Se os repórteres não fossem estudantes, provavelmente não teriam tempo para apurar a pauta e talvez nem a fizesse. Acredito que eles pediriam para o fotógrafo fazer algumas fotos, em seguida, eles entrariam em contato com a assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal (STF) em busca de resposta. Por fim, publicariam uma notinha dizendo “Carros do presidente do STF são flagrados em estacionamento preferencial. Em nota, o ministro Gilmar Mendes disse que ninguém está autorizado a delinqüir em nome ou a serviço do Tribunal”. Pronto. Acabou. Mas isso não é por má vontade. O que existe na verdade é uma série de questões muito complexas, como linha editorial, espaço, hierarquização (inclui da notícia), entre outras.
No entanto, os estudantes fizeram diferente (melhor), talvez por disporem de mais tempo ou por terem que seguir uma outra linha editorial – quando escrevo “linha editorial”, amigo leitor leigo, quero dizer interesse organizacional, aquele que, por exemplo, envolve o dono do jornal e o governador do Estado.
“A apuração do Campus”, conforme escreveram as repórteres Sacha Brasil e Maria Scodeler, foi “feita entre os dias 8 de abril e 4 de maio”. Veja só, amigo leitor, elas ficaram quase um mês observando o comportamento do paladino do Estado de direito. A reportagem “constatou que tanto o carro utilizado pelos seguranças do magistrado quanto o que transporta Mendes estacionaram em vagas preferenciais”.
O que é isso Gilmar Mendes? Ô, Gilmar Mendes! Que vergonha, hein! Que vergonha!! Eu fico aqui imaginando com que cara ele chegou à sala de aula, após ver a reportagem publicada. Mendes leciona a disciplina Direito Constitucional II na Faculdade de Estudos Sociais Aplicados da UNB.
Por essas e por outras razões, estou de acordo quando o ministro Joaquim Barbosa diz que o atual presidente está “destruindo a justiça deste país”. Veja abaixo o vídeo que contem a declaração de Barbosa e que virou sucesso no You Tube:
Se os repórteres não fossem estudantes, provavelmente não teriam tempo para apurar a pauta e talvez nem a fizesse. Acredito que eles pediriam para o fotógrafo fazer algumas fotos, em seguida, eles entrariam em contato com a assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal (STF) em busca de resposta. Por fim, publicariam uma notinha dizendo “Carros do presidente do STF são flagrados em estacionamento preferencial. Em nota, o ministro Gilmar Mendes disse que ninguém está autorizado a delinqüir em nome ou a serviço do Tribunal”. Pronto. Acabou. Mas isso não é por má vontade. O que existe na verdade é uma série de questões muito complexas, como linha editorial, espaço, hierarquização (inclui da notícia), entre outras.
No entanto, os estudantes fizeram diferente (melhor), talvez por disporem de mais tempo ou por terem que seguir uma outra linha editorial – quando escrevo “linha editorial”, amigo leitor leigo, quero dizer interesse organizacional, aquele que, por exemplo, envolve o dono do jornal e o governador do Estado.
“A apuração do Campus”, conforme escreveram as repórteres Sacha Brasil e Maria Scodeler, foi “feita entre os dias 8 de abril e 4 de maio”. Veja só, amigo leitor, elas ficaram quase um mês observando o comportamento do paladino do Estado de direito. A reportagem “constatou que tanto o carro utilizado pelos seguranças do magistrado quanto o que transporta Mendes estacionaram em vagas preferenciais”.
O que é isso Gilmar Mendes? Ô, Gilmar Mendes! Que vergonha, hein! Que vergonha!! Eu fico aqui imaginando com que cara ele chegou à sala de aula, após ver a reportagem publicada. Mendes leciona a disciplina Direito Constitucional II na Faculdade de Estudos Sociais Aplicados da UNB.
Por essas e por outras razões, estou de acordo quando o ministro Joaquim Barbosa diz que o atual presidente está “destruindo a justiça deste país”. Veja abaixo o vídeo que contem a declaração de Barbosa e que virou sucesso no You Tube:
Um comentário:
Eu faço parte da equipe dessa gestão do Jornal Laboratório Campus, e tive o prazer de ter sido o Diretor de Arte da edição 335.
Fico muito feliz, e acredito que falo em nome de todos, quando digo que é um enorme prazer ler os seus elogios. A equipe do Campus trabalha duro para construir um jornal que, apesar de feito por estudantes, tenha qualidade equiparada a qualquer outro jornal.
Forte abraço,
Lucas Doca
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