A capoeira surgiu no século XVI, com a chegada dos escravos, mas somente em julho deste ano, cinco séculos depois, ela foi reconhecida como patrimônio cultural do Brasil. Não existe consenso na definição da capoeira. Uns dizem que é uma luta. Outros, uma dança.
Para o capoeirista Jomar Vieira de Araújo, ela pode assumir várias definições. “A capoeira é um folclore, uma dança, uma luta, é tudo”, afirma o Mestre Jomar, como também é conhecido. O que se sabe sobre a capoeira foi passado de geração em geração, pois ela foi proibida durante muito tempo. Na época da escravidão, quem fosse pego praticando a capoeira, era punido com chibatadas. Já na República Velha, o marechal Deodoro da Fonseca decretou que todos os capoeiristas deveriam ser desterrados para a Ilha de Fernando de Noronha. Para completar a dose, em dezembro de 1890, o então Ministro da Fazenda Rui Barbosa decretou a queima de todos os documentos sobre a escravidão no Brasil.
A perseguição contra a capoeira, no entanto, contribuiu para que ela fosse do jeito que é hoje, cheia de ritmos e mandingas. “A capoeira era uma luta que os escravos usavam como defesa. Quando os senhores chegavam, para eles esconderem a luta, eles faziam aquela macaquice”, explica o Mestre Jomar. “Então os senhores falavam ‘olha aqueles negros pulando’. Mas naquilo eles estavam escondendo a verdadeira luta”, conclui.
Mas o governo já está consertando o erro do passado. Segundo o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o tombamento da capoeira permitirá a implantação de políticas públicas para preservar e dar continuidade ao movimento. O plano de preservação, de acordo com o Iphan, inclui a criação de previdência especial para os velhos mestres; a instituição de um Centro Nacional de Referência da Capoeira; e o plano de manejo da biriba - madeira utilizada na fabricação do instrumento.
“A capoeira foi tombada, mas precisa de mais incentivo do governo”, defende Jomar. O mestre diz que, em muitos países, o patrimônio cultural brasileiro faz parte da grade curricular das escolas e, portanto, os capoeiristas estão deixando o Brasil para dar aula no exterior. “Lá, eles recebem bem. Aqui não dá para ter a capoeira por profissão. Ela é minha vida, mas não é minha profissão”, lamenta o mestre que há 37 anos pratica capoeira. Jomar tem 48 anos e é funcionário do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Fontes:
- Grupo de Capoeira Sul da Bahia (http://capoeirasuldabahiasp.br.tripod.com/id9.html)
- Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Capoeira)
Iphan
Veja abaixo o ensaio fotográfico da roda de capoeira do Mestre Jomar.
Para o capoeirista Jomar Vieira de Araújo, ela pode assumir várias definições. “A capoeira é um folclore, uma dança, uma luta, é tudo”, afirma o Mestre Jomar, como também é conhecido. O que se sabe sobre a capoeira foi passado de geração em geração, pois ela foi proibida durante muito tempo. Na época da escravidão, quem fosse pego praticando a capoeira, era punido com chibatadas. Já na República Velha, o marechal Deodoro da Fonseca decretou que todos os capoeiristas deveriam ser desterrados para a Ilha de Fernando de Noronha. Para completar a dose, em dezembro de 1890, o então Ministro da Fazenda Rui Barbosa decretou a queima de todos os documentos sobre a escravidão no Brasil.
A perseguição contra a capoeira, no entanto, contribuiu para que ela fosse do jeito que é hoje, cheia de ritmos e mandingas. “A capoeira era uma luta que os escravos usavam como defesa. Quando os senhores chegavam, para eles esconderem a luta, eles faziam aquela macaquice”, explica o Mestre Jomar. “Então os senhores falavam ‘olha aqueles negros pulando’. Mas naquilo eles estavam escondendo a verdadeira luta”, conclui.
Mas o governo já está consertando o erro do passado. Segundo o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o tombamento da capoeira permitirá a implantação de políticas públicas para preservar e dar continuidade ao movimento. O plano de preservação, de acordo com o Iphan, inclui a criação de previdência especial para os velhos mestres; a instituição de um Centro Nacional de Referência da Capoeira; e o plano de manejo da biriba - madeira utilizada na fabricação do instrumento.
“A capoeira foi tombada, mas precisa de mais incentivo do governo”, defende Jomar. O mestre diz que, em muitos países, o patrimônio cultural brasileiro faz parte da grade curricular das escolas e, portanto, os capoeiristas estão deixando o Brasil para dar aula no exterior. “Lá, eles recebem bem. Aqui não dá para ter a capoeira por profissão. Ela é minha vida, mas não é minha profissão”, lamenta o mestre que há 37 anos pratica capoeira. Jomar tem 48 anos e é funcionário do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Fontes:
- Grupo de Capoeira Sul da Bahia (http://capoeirasuldabahiasp.br.tripod.com/id9.html)
- Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Capoeira)
Iphan
Veja abaixo o ensaio fotográfico da roda de capoeira do Mestre Jomar.
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