As fotos abaixo são do IV Festival de Brasília de Cultura Popular. Todos os anos, durante o evento, surge a figura lendária do Calango Alado. O festival costuma acontecer no final do inverno, período de extrema seca na Capital do País. A explicação para tanta secura é encontrada no Mito do Calango Voador, como também é conhecido. De acordo com o criador do mito, Tico Magalhães, todos os anos, “quando o Calango Voador resolve matar sua sede e esfriar sua língua, que fica seca e quente por causa do pedaço de sol que traz em sua boca, um período de seca acontece e castiga o cerrado e as águas diminuem de volume”. Tico é integrante do grupo Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro. O grupo é responsável por alimentar o mito com músicas, danças e brincadeiras. O Mito do Calango Voador combina com a cidade. Mito artificial para uma cidade artificial. Filho da Terra com o Sol, inicialmente o Calango não tinha asas. Elas surgiram no dia em que o Pescador tentou matá-lo. O Pescador é filho do Mar, que se apaixonou pela Terra, que se relacionou com o Sol pensando que o Mar havia lhe traído com a Lua. Está um pouco confuso, não é? Vou explicar. Na segunda parte do mito, Tico Magalhães escreve que a Terra e o Mar se amam, mas o Sol gosta da Terra e a Lua, do Mar. Para impedir o romance da Terra com o Mar, o Sol e a Lua mentem para a Terra, dizendo que a Lua está grávida do Mar. A Terra dá o troco se entregando para o Sol. O Mar ao saber da traição se enfurece e, para se vingar, manda seu filho, o Pescador, matar o filho da Terra com o Sol. Durante a empreitada, o Calango ganha assas de águia. De acordo com Tico, as asas foram dadas pelo Ar a pedido da Terra, que seu filho queria salvar. Bom. A história do Calango Alado é mais ou menos assim. Como se pode notar, é muito criativa.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
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