A gestão do ex-governador do Distrito Federal (DF) Joaquim Domingos Roriz foi a recordista na categoria construção de viadutos – 34 no total. Roriz pensava que as obras melhorariam o trânsito na Capital do País e, de quebra, ele receberia mais votos, pois era uma festa na inauguração de cada viaduto. É fácil receber votos quando se realiza uma obra concreta. O povão vê. É por isso que o ex-governador inaugurou tantos viadutos, obras inacabadas e até postos de saúde já inaugurados. Disso tudo, Roriz só conseguiu mesmo os votos, inclusive, se ele se candidatar nas próximas eleições para governador do DF, pode até vencer – faço o sinal da cruz, bato na boca e três vezes na mesa. Mas os viadutos só renderam mesmo votos, melhorar o trânsito que é bom, nada! E o que eu falo é visivelmente percebido nos horários de pico. A construção dos viadutos só serviu mesmo, além de render votos, para aumentar o número de veículos em circulação na Capital. Hoje há mais de 1 milhão de veículos. Ou seja, para cada 2,6 habitantes existe um veículo. Em São Paulo, onde o caos no trânsito é considerado caso perdido, o número é menor: para cada 2,3 habitantes há um carro. Gente, felizmente, Roriz é coisa do passado. As únicas coisas que devemos lembrar são os acertos – quase nenhum – e erros – incalculáveis – para fazermos um DF melhor. Mas parece que o atual governador só está aproveitado os erros de Roriz. Para tentar sanar o problema no trânsito de Brasília (leia-se DF), José Roberto Arruda inaugurou, recentemente, um viaduto na Estrada Parque de Taguatinga (EPTG). Pergunte para quem circula por lá se a obra resolveu alguma coisa? Inclusive estou fazendo este comentário a pedido de um leitor do Blog do Paraíso. De acordo com esse leitor, a situação não mudou nada. O pior é que o Governo (GDF) pretende construir mais viadutos e alargar mais vias. Solução erronia. Pistas largas e desobstruídas são sinônimas de mais carro. É como na economia. Se você aumenta a demanda, com certeza a oferta terá que subir. A solução é fazer com que as pessoas deixem em casa o Carro, o que não quer dizer que elas deverão andar a pé para ir ao serviço. Pelo contrário, elas terão que usar o transporte público. Mas quem, em sã consciência, trocará o conforto do automóvel pelo martírio dos ônibus – com o perdão da palavra – fudidos.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
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