O trem do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que está exposto no Setor Comercial Sul de Brasília, deve ser eleito o símbolo do Governo do Distrito Federal (GDF), hoje, sob o comando do governador José Roberto Arruda (DEM).
Assim como o GDF, o trem, aparentemente, é moderno, organizado e eficiente. Mas só aparentemente, porque, na realidade, ele não sai do lugar. Não avança. Não é eficiente. Serve apenas para criar expectativa no povo. Serve apenas para ludibriar o povo, enfim, é uma mera propaganda que maquia a triste realidade do transporte público do Distrito Federal.
O GDF é isso. Uma propaganda. Contudo, os problemas no DF caminham para uma situação tão grave que está se tornando impossível maquiá-los. A propósito, o jornalista Leandro Fortes escreveu nesta semana sobre um fato que ilustra bem isso. De acordo com Leandro, em 16 de julho, o governador Arruda e o secretário de Saúde, Augusto Carvalho (PPS), em mais um “lance de marketing”, entregaram, com um valor de 3 milhões, 30 kits de equipamentos para as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do sistema de saúde local. A verdade, todavia, veio à tona poucos dias depois. O Ministério Público revelou que a compra era falsa. Os 30 kits, na verdade, eram usados e emprestados por 90 dias.
O mais deprimente e desanimador é que este fato, e muitos outros referentes ao caos na saúde pública, pode não ser investigado, principalmente depois de o governador Arruda enquadrar os deputados distritais para barrar as já instaladas Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs) Digital e da Saúde. Conforme a jornalista Paola Lima escreveu em seu blog, Arruda se reuniu com os deputados distritais na terça-feira (15) retrasada para tomar a decisão “meramente política” de acabar com as investigações.
Se não fosse a subserviência dos parlamentares distritais governistas, as CPIs Digital e da Saúde não seriam suficientes para investigar as suspeitas de corrupção no GDF. Pelo menos, duas outras Comissões deveriam ser criadas. Uma para investigar a compra supervalorizada de um terreno que pertenceu ao atual secretário do Governo, José Humberto Pires de Araújo. De acordo com a última edição da revista Época, o GDF comprou por 4 milhões de reais um lote que, dois anos antes, valia 426 mil reais. O lote teve, em apenas 24 meses, uma valorização de 1000 por cento.
A outra CPI seria criada para verificar se o GDF, realmente, contratou por 9 milhões um empresa de fachada para a realização, no início deste ano, do amistoso entre Brasil e Portugal, ocasião em que o estádio Bezerrão do Gama foi reinaugurado.
O terreno superfaturado e a suposta empresa de fachada do amistoso são mais dois fatos que precisarão de muita propaganda. Tudo para maquiar o GDF e deixá-lo como o trem do VLT em exposição no Setor Comercial Sul de Brasília. Bonitinho. Certinho. Limpinho. Porém, de mentirinha.
Foto: Mary Leal
Assim como o GDF, o trem, aparentemente, é moderno, organizado e eficiente. Mas só aparentemente, porque, na realidade, ele não sai do lugar. Não avança. Não é eficiente. Serve apenas para criar expectativa no povo. Serve apenas para ludibriar o povo, enfim, é uma mera propaganda que maquia a triste realidade do transporte público do Distrito Federal.
O GDF é isso. Uma propaganda. Contudo, os problemas no DF caminham para uma situação tão grave que está se tornando impossível maquiá-los. A propósito, o jornalista Leandro Fortes escreveu nesta semana sobre um fato que ilustra bem isso. De acordo com Leandro, em 16 de julho, o governador Arruda e o secretário de Saúde, Augusto Carvalho (PPS), em mais um “lance de marketing”, entregaram, com um valor de 3 milhões, 30 kits de equipamentos para as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do sistema de saúde local. A verdade, todavia, veio à tona poucos dias depois. O Ministério Público revelou que a compra era falsa. Os 30 kits, na verdade, eram usados e emprestados por 90 dias.
O mais deprimente e desanimador é que este fato, e muitos outros referentes ao caos na saúde pública, pode não ser investigado, principalmente depois de o governador Arruda enquadrar os deputados distritais para barrar as já instaladas Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs) Digital e da Saúde. Conforme a jornalista Paola Lima escreveu em seu blog, Arruda se reuniu com os deputados distritais na terça-feira (15) retrasada para tomar a decisão “meramente política” de acabar com as investigações.
Se não fosse a subserviência dos parlamentares distritais governistas, as CPIs Digital e da Saúde não seriam suficientes para investigar as suspeitas de corrupção no GDF. Pelo menos, duas outras Comissões deveriam ser criadas. Uma para investigar a compra supervalorizada de um terreno que pertenceu ao atual secretário do Governo, José Humberto Pires de Araújo. De acordo com a última edição da revista Época, o GDF comprou por 4 milhões de reais um lote que, dois anos antes, valia 426 mil reais. O lote teve, em apenas 24 meses, uma valorização de 1000 por cento.
A outra CPI seria criada para verificar se o GDF, realmente, contratou por 9 milhões um empresa de fachada para a realização, no início deste ano, do amistoso entre Brasil e Portugal, ocasião em que o estádio Bezerrão do Gama foi reinaugurado.
O terreno superfaturado e a suposta empresa de fachada do amistoso são mais dois fatos que precisarão de muita propaganda. Tudo para maquiar o GDF e deixá-lo como o trem do VLT em exposição no Setor Comercial Sul de Brasília. Bonitinho. Certinho. Limpinho. Porém, de mentirinha.
Foto: Mary Leal
Nenhum comentário:
Postar um comentário