Blog do Paraíso: Dois anos após a queda do diploma de jornalista

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Dois anos após a queda do diploma de jornalista

Há exatamente dois anos a categoria de jornalistas recebia um duro golpe das grandes empresas de comunicação. Foi em 17 de junho que o Supremo Tribunal Federal (STF), sob o comando do ministro Gilmar Mendes, decidiu que, assim como o “cozinheiro não precisa de diploma para cozinhar”, o jornalista não precisa de diploma para exercer sua profissão.

Após dois anos da decisão, o que mudou? Aumentou a liberdade de expressão no Brasil? A falsa liberdade de expressão continua do mesmo jeito, na atual ditadura midiática que vivemos. A única mudança após a julgamento do STF foi a desvalorização, mais ainda, da profissão de jornalista.

Felizmente, existem iniciativas no Congresso Nacional com o objetivo de reverter a decisão do STF. Uma delas é o projeto de lei 386/09 do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), que já tramitou por todas as comissões e aguarda votação no Plenário da Câmara.

Mas, enquanto isso não acontece, a profissão de jornalista se desvaloriza ainda mais, principalmente, com a oferta de cursos de formação de jornalista criados pelas grandes empresas de comunicação. Na verdade, ainda na vigência do dispositivo que exigia o diploma, as empresas já ofertavam seus cursos. Após a nefasta decisão do STF, isso se fortaleceu mais ainda.

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