A eleição de 2010 foi crucial para a vitória, já no primeiro turno, de Roberto Policarpo na disputa pela presidência do PT do Distrito Federal (DF). Graças a um acordo para a composição da chapa majoritária, em 2010, foi possível alcançar a tão almejada “unidade”. Em troca do apoio do Partido dos Trabalhadores à candidatura do deputado federal Geraldo Magela (PT-DF) ao Senado, o candidato da tendência Movimento PT, Dirsomar Chaves, retirou o seu nome da corrida pela direção da legenda para apoiar Policarpo.
Com 5 mil 373 votos, um percentual de 75% do total, Roberto foi eleito presidente do PT-DF no PED (Processo de Eleições Diretas, horroroso nome que se dá para a eleição interna do Partido). Pela expressiva quantidade de votos, parece que o apoio de Dirsomar veio a calhar. Mas, agora, o mais importante é que já se sabe que Magela pretende concorrer ao Senado, o que quer dizer que o recém filiado ao PT Agnelo Queiroz tem o caminho livre para trabalhar sua candidatura para o Governo do Distrito Federal (GDF). Há ainda o pré-candidato Chico Floresta, mas não será difícil tirá-lo de letra, afinal, Chico está sem mandato e enfraquecido, portanto.
Com o caminho livre, e o apoio do atual relator-geral do Orçamento do Governo Federal, Agnelo já pode adotar medidas para enfrentar os seus fortíssimos concorrentes: o atual governador do DF, José Roberto Arruda (DEM), e o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) – ambos tiveram que renunciar ao mandato de senador para não perderem os direitos políticos por má conduta (respectivamente, violação do painel de votação secreta e partilha de cheque para compra de um bezerro, tão caro que só poderia ser de ouro).
Enfim, se o caminho já está livre, também já está na hora de somar ao abraço outra estratégia, capaz de enfrentar e vencer um governador no poder e um político com a fama de doador de lotes e de pão e leite.
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