Para atender a um pedido do Hugo, um dos leitores deste Blog, farei um breve comentário sobre os jogos Panamericanos, realizados no Rio de Janeiro em 2007.
Começarei respondendo as questões do Hugo. “O que mudou? O que de bom aconteceu depois?” são perguntas muito fáceis. A realização do Pan 2007 foi um importante passo para o Rio de Janeiro ser escolhido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para sediar as Olimpíadas de 2016. Contudo, para o Hugo, o Pan não mudou “nada! Ninguém sequer lembra mais daquilo”. Discordo. Se a cidade não tivesse demonstrado organização e um bom desempenho no Pan, tenho certeza que o COI não se esqueceria e, portanto, não escolheria o Rio.
Hugo finaliza sua sugestão, deixada como comentário do texto “Sim, nós podemos”, informando que lembra do aumento dos valores iniciais e das obras sem licitação do Pan 2007. Ele, inclusive, propõe uma aposta de que os 28 bilhões previstos para as Olimpíadas de 2016 dobrarão. Bom. Antes de qualquer coisa, quem aqui já fez um orçamento de uma obra? Ao termino do empreendimento, o gasto ficou no mesmo valor do previsto? Acredito que não. A obra deve ter ficado uns 30 % mais cara.
O problema do Pan 2007 é que sua realização tinha valor inicial de 523, 84 milhões de reais, porém, o custo final ficou em 3,7 bilhões de reais. O número representa, mais ou menos, 800 % a mais do previsto. Quer dizer, houve um erro muito grosseiro no calculo, o que deixa – e com muita razão – brasileiros, como o Hugo, desconfiados, desanimados e indignados.
Desconfiados por achar que os bilhões a mais não foram para a realização do evento e sim para o bolso de alguns ratos. Desanimado ao imaginar que a roubalheira pode acontecer em dose pior nas Olimpíadas de 2016. E indignados por não ver ninguém atrás das grades.
Como se pode ver, meu caro Hugo, o Pan 2007 não é exemplo para ser seguido nas Olimpíadas no que diz respeito a transparência, e no gasto, do dinheiro público.
Agora, o superfaturamento do Pan, contudo, não pode ser motivo para ser contra as Olimpíadas. Se a ganância de alguns não atrapalhar, a competição pode trazer muitos benefícios para o país, como empregos, turistas e respeito internacional.
Os brasileiros, portanto, devem ser contra a corrupção. Cobrar punição dos ladrões do colarinho branco e, em 2010, não eleger os sugadores do dinheiro público.
Começarei respondendo as questões do Hugo. “O que mudou? O que de bom aconteceu depois?” são perguntas muito fáceis. A realização do Pan 2007 foi um importante passo para o Rio de Janeiro ser escolhido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para sediar as Olimpíadas de 2016. Contudo, para o Hugo, o Pan não mudou “nada! Ninguém sequer lembra mais daquilo”. Discordo. Se a cidade não tivesse demonstrado organização e um bom desempenho no Pan, tenho certeza que o COI não se esqueceria e, portanto, não escolheria o Rio.
Hugo finaliza sua sugestão, deixada como comentário do texto “Sim, nós podemos”, informando que lembra do aumento dos valores iniciais e das obras sem licitação do Pan 2007. Ele, inclusive, propõe uma aposta de que os 28 bilhões previstos para as Olimpíadas de 2016 dobrarão. Bom. Antes de qualquer coisa, quem aqui já fez um orçamento de uma obra? Ao termino do empreendimento, o gasto ficou no mesmo valor do previsto? Acredito que não. A obra deve ter ficado uns 30 % mais cara.
O problema do Pan 2007 é que sua realização tinha valor inicial de 523, 84 milhões de reais, porém, o custo final ficou em 3,7 bilhões de reais. O número representa, mais ou menos, 800 % a mais do previsto. Quer dizer, houve um erro muito grosseiro no calculo, o que deixa – e com muita razão – brasileiros, como o Hugo, desconfiados, desanimados e indignados.
Desconfiados por achar que os bilhões a mais não foram para a realização do evento e sim para o bolso de alguns ratos. Desanimado ao imaginar que a roubalheira pode acontecer em dose pior nas Olimpíadas de 2016. E indignados por não ver ninguém atrás das grades.
Como se pode ver, meu caro Hugo, o Pan 2007 não é exemplo para ser seguido nas Olimpíadas no que diz respeito a transparência, e no gasto, do dinheiro público.
Agora, o superfaturamento do Pan, contudo, não pode ser motivo para ser contra as Olimpíadas. Se a ganância de alguns não atrapalhar, a competição pode trazer muitos benefícios para o país, como empregos, turistas e respeito internacional.
Os brasileiros, portanto, devem ser contra a corrupção. Cobrar punição dos ladrões do colarinho branco e, em 2010, não eleger os sugadores do dinheiro público.
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