Blog do Paraíso: Serra ou Aécio? Tanto faz. Eles não têm discurso de oposição

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Serra ou Aécio? Tanto faz. Eles não têm discurso de oposição


Eu não tenho nenhum receio em dizer que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), é o candidato dos demotucanos a presidente do Brasil, isso faltando menos de um ano para as eleições de 2010. Não vejo nenhuma razão para o governador de Minas Gerais (PSDB), Aécio Neves, ser escolhido pelo PSDB. Serra lidera todas as pesquisas e governa o estado com o maior número de eleitores do país. Aécio, embora governe no segundo colégio eleitoral do Brasil, perde para Dilma, na maioria das pesquisas. Talvez, eu esteja errado e Aécio se torne o candidato demotucano, contudo, posso estar certo numa coisa: nem Neves nem Serra têm um discurso político solido para enfrentar a candidata do presidente Lula.

Os dois aspirantes a presidente são de um partido que governou o Brasil entre 1994 e 2002. O plano Real e o controle da inflação foram os principais legados do período, porém, a economia, naquela época, não suportava nenhuma “marolinha”. Previsto para acabar em 2009, o governo do presidente Lula, contudo, suportou como nenhum outro governo a crise econômica mundial, conquistando para o país três notas de grau de investimento, sem contar os 30 milhões de brasileiros que saíram da pobreza, a escolha do Rio de Janeiro para sediar as olimpíadas, o marco regulatório do pré-sal, o real fortalecido e a inflação controlada.

Em outros dizeres, os oitos anos governados por Lula pesam muito mais que o período Fernando Henrique Cardoso (FHC). Logo, o candidato do PSDB não pode comparar os dois governos. A saída seria apontar os defeitos da gestão Lula. Aqui, mora um problemão. Como fazer isso se, conforme apontaram as últimas pesquisas, os brasileiros estão satisfeito com o governo? Como convencer o povo de que a melhora na sua vida não foi bem uma melhora? Não consigo identificar um discurso de oposição para o candidato dos demotucanos.

Para as próximas eleições, não adianta Serra recorrer ao seu fortíssimo aliado fazedor de factóides. A derrota de Geraldo Alckmin em 2006 prova que a imprensa não elege presidente.

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