Blog do Paraíso: Pã, pã, pã, pãããã, pãããã, pãrampã...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Pã, pã, pã, pãããã, pãããã, pãrampã...


Clichê, lugar-comum, chavão, estereótipo são algumas palavras que eu qualifico o teatro chamado de casamento. Nada contra, o que não me impede de falar mal. E se seu sonho, estimada leitora (o), é casar, pare de ler, a partir daqui, este comentário. Se não me falha a memória, já presenciei cinco casórios católicos e um evangélico. Como minha experiência foi maior na igreja católica, falarei da cerimônia de casamentos realizada por eles. Nesse sábado fui a uma. Fui porque não tinha mais nada para fazer na noite daquele dia e, vá lá, por consideração a um colega, muito baladeiro, na época de solteirisse. Pã, pã, pã, pãããã, pãããã, pãrampã... O toque era mais ou menos assim. Ele está presente em boa parte dos filmes com cenas de casamentos. A única coisa que fugiu do script foi a ausência do véu, permitido para as mulheres virgens, ou que, pelo menos, consigam esconder de todos a perda da “pureza”. No caso da noiva do meu colega, não foi possível esconder o óbvio ululante. Ela quase não estava cabendo no vestido de tão grande que sua barriga estava... Depois do “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” e de algumas leituras da bíblia, chegou a hora que o teatro fica mais evidente. É a parte que o noivo tem que dizer “eu, fulano de tal, prometo amar-te e respeitar-te...” e a noiva, idem. Os atores da peça são tão ruins que nem decorar as falas eles decoram. A promessa é feita diante de uma platéia e de testemunhas escolhidas pelo casal, também chamadas de padrinhos. Tem gente que acha a instituição do matrimônio um máximo. Eu acho que é mais uma expressão da hipocrisia humana. O casal não confia um no outro, precisa de testemunhas. O mais importante não é a ligação entre eles, a confiança ou o respeito. Se fosse, não precisaria o teatro do casamento. Ou será que esses valores só serão realmente válidos depois do casamento? Se você gosta de uma pessoa, é necessário testemunhas? Não existe relacionamento sincero e fiel fora do casamento? As respostas a essas perguntas me leva a seguinte conclusão: relacionar-se é preciso, casar não.

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