A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (DF) recebeu, em 2006, R$ 1,78 bilhão. De acordo com o jovem jornalista Darse Júnior, somente 1,5% desse montante foi empregado para investimentos, como a compra de equipamentos. O resto do dinheiro, se é que R$ 1,75 bilhão pode ser chamado de resto, foi empregado na folha de pagamento e na manutenção da máquina administrativa (Secretaria de Saúde). Bom. Então isso quer dizer que estão investindo em capital humano. Os médicos, por exemplo, devem estar satisfeitos, ganhando bons salários. Há! Há! Há! É o mesmo que acreditar em Papai Noel. Darse revela em seu livro que os médicos da rede pública de saúde atendem 1,7 pacientes em quatro horas. Número vergonhoso, se comparado com o que o Ministério da Saúde recomenda: quatro pacientes por hora. “Relato de um médico recém-formado, concursado e lotado no Hospital do Paranoá revela a gravidade da situação. Nos primeiros dias do novo serviço, ele montou um cronograma de atendimento com previsão de 15 novas consultas por dia e quatro retornos de pacientes antigos. A diretoria local, também motivada e nova no cargo, aprovou. Ordens superiores, no entanto, reduziram o número de atendimentos. Ele não podia trabalhar tanto, para não desmascarar o corpo mole dos colegas de outras regionais”, escreve Darse Júnior. Isso era o que acontecia em 2006, e hoje, dois anos depois? Gente, é só observar as filas enormes que ainda persistem. Quer dizer, o problema ainda não foi resolvido... Não perca o penúltimo post da série: CEB – Companhia Esbanjadora de Brasília.
sábado, 24 de maio de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário