Blog do Paraíso: Arraial

sábado, 21 de junho de 2008

Arraial


Não sei se escrevo: adoro festas juninas; ou: adoro festas de São João. Para bom entendedor, quadrilha, bandeirinhas, fogueira e quentão bastam para saber do que estou falando. E nesta semana, todos poderão observer que não é só eu que adora arraial. Pelo menos, grande maioria de nossos representantes na Câmara e no Senado também. Ao que tudo indica, as excelências estarão ocupadíssimas em seus estados, participando das festividades juninas. Aguardemos e veremos se algum Projeto de Lei será votado a partir de terça... As festas de São João, no entanto, me fazem lembrar do Festival de Quadrilhas de Santa Maria, aqui mesmo, no Distrito Federal. Quando estava na oitava série do ensino fundamental, participei da primeira edição do Festival. Nunca fui aquele dançarino de primeira. Fazia o básico: não errar os passos. Com minha contribuição, meu grupo foi o vencedor daquela edição. Porém, confesso, o mérito não foi nosso e, sim, da animadíssima torcida. Graças a ela vencemos o primeiro Festival de Quadrilhas de Santa Maria, cujos concorrentes são alunos de escolas da rede pública da cidade. Neste ano, a competição chegou a sua oitava edição. Não sei quem venceu dessa vez, pois não o assisti todo. Vi apenas a apresentação de uma escola de primeira a quarta série. E, observando os pequenos dançarinos, fui tomado de emoção. Veio à tona a reminiscência da época que cursava aquelas séries do ensino fundamental. Naquele ano, minha mãe preparou minha roupa. Encheu minha calça e minha camisa de retalhos. Só percebi o exagero da minha mãe quando observei meus colegas. Cheguei até a sentir vergonha da minha roupa. Acho que foi por isso que minha parceira desistiu de dançar comigo e foi embora. Para minha sorte, encontrei uma colega aos prantos porque estava sem parceiro. Acho uma tremenda sacanagem. É tanto que fiquei até traumatizado. Toda vez que vou a uma festa junina e vejo uma dançarina de quadrilha triste porque seu par faltou, trato logo de me oferecer, mesmo sem estar vestido à caráter e ainda que não tenha ensaiado. Já fiz isso três vezes. Somente em uma eu não estava com o traje a rigor, mas, em compensação, eu tinha bebido um pouco. Logo, não sou o mais indicado para lhe contar como foi. Mas... Eu lhe permito, estimado leitor, imaginar o que aconteceu.

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