As tropas de missão de paz do Brasil no Haiti estão no lugar errado. O nono contingente brasileiro que acabou de chegar lá tem que voltar correndo para cá. As favelas do Brasil estão vivendo uma guerra. Traficantes contra moradores. Polícia e exercito, também. As três últimas vítimas – dentre as quais um menor de idade – foram enterradas anteontem. Graças a 11 soldados, elas foram brutalmente assassinadas por traficantes, conforme noticiado pela imprensa nacional. Observando esse fato chego a seguinte conclusão: a missão de paz no Haiti é, nada mais, nada menos, que uma demagogia para tentar fazer o filme do Brasil, que almeja um assento no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Só espero que o mundo não caia nessa marmelada brasileira. Ah! Ressalto que não quero com este comentário defender o caos no Haiti. Pelo contrário, o país precisa, sim, de tropas para manter a ordem. Mas... Tinha que ser realmente do Brasil? Será que não tem nenhum país, que não esteja vivendo uma guerra, disposto a ajudar a pequena ilha? O povo do Haiti merece ajuda internacional. Se não fosse a guerra daqui, as tropas brasileiras deveriam ficar lá, atendendo ao pedido do pequeno haitiano Saviora-Joseph, de 12 anos. De acordo com reportagem do Correio Braziliense, ele “aprendeu a falar português em 2007, com os militares do Brasil. Para ele, os soldados, a quem chama na língua creole de bon bagay (“sangue bom”), têm ajudado muito as crianças da região [Cité Militaire]. Ele diz que antes da chegada das tropas o bairro era bastante violento, havia assassinatos freqüentes e maus-tratos a menores. Hoje, segundo Saviora, a situação é melhor e ele pode brincar nas ruas sem medo”. Realmente, eles merecem a ajuda, mas são só eles? E “os filhos deste solo” e “mãe gentil”? Será que eles não merecem paz?
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário