“As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já era impossível distinguir quem era homem, quem era porco”, escreve George Orwel no último capítulo do livro A Revolução dos Bichos. A frase é a chave de ouro para encerrar uma obra que esclarece o que aconteceu com o ideal de Karl Marx. Quem leu o livro de George, sabe do que estou falando. Quem não leu, entenderá agora. Hoje, 4 de junho de 2008, é mais um daqueles dias que o mundo tem que refletir. O 4 de junho é como 11 de setembro; como o 6 e 9 de agosto; como o 26 de abril; enfim, como muitas outras datas de tristeza e horror. Em 4 de junho de 1989, aconteceu na Praça da Paz Celestial, em Pequim, capital da China, um massacre de milhares de estudantes, que protestavam contra a ditadura, persistente no país até os dias de hoje. Famosa no mundo inteiro, a imagem ao acima registra um dos estudantes tentando conter os tanques do exercito enviado pelo governo chinês, que se diz comunista. Mas... Espera aí. A teoria do comunismo pregada por Karl Marx não visa a melhoria da vida de todos? O comunismo não é um sistema onde todos são iguais? Observando a foto, há alguma igualdade entre o protestante e a repressão do estado? O que acontece na China não tem nenhuma inspiração na obra do filósofo alemão. O comunismo chinês é totalmente adulterado, da mesma forma que aconteceu na Revolução dos Bichos, de George Orwel. Intelectuais criaram um sistema para melhorar a vida de todos, mas a corrupção de alguns desvirtuou o projeto. O que acontece na China deve ser olhado como um exemplo a não ser seguido. Para darmos maior valor a democracia de nosso país, precisamos ter conhecimento dos horrores vividos pelos chineses.
quarta-feira, 4 de junho de 2008
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