A vida pública do governador licenciado do Distrito Federal (DF) José Roberto Arruda (ex-DEM) acabou. Não tem mais retorno. Sua prisão é o fim da linha, ainda que ele retome o GDF, fique até o final de seu mandato e não seja cassado. E o mesmo destino terá o vice-governador Paulo Otávio (DEM), que assumiu no lugar de Arruda e já tem quatro pedidos de impeachment.
O governador licenciado do DF entrou para a história e pode ser um divisor de águas na justiça brasileira. “Nunca antes na história deste país”, pelo menos desde a redemocratização, um governador foi preso por ordem judicial. O esquema de corrupção do qual Arruda é acusado ser o chefe é o mais bem documentado da história. Com o material é possível fazer uma longa metragem merecedora de Oscar.
A prisão de José Roberto Arruda não macula a classe política. Pelo contrário, ela servirá de modelo a não ser seguido. A punição do governador licenciado do DF, como bem disse o presidente Lula, servirá ainda de exemplo para os políticos corruptos que desejam assumir o governo, não apenas do Distrito Federal, mas de qualquer unidade da federação, com o único objetivo de roubar.
Os contribuintes deste país esperam a imparcialidade da Polícia e da Justiça Federal em outros casos semelhantes, ou até piores, que o caso do governador licenciado do DF. Há, por exemplo, fortíssimos indícios de que o grande esquema de corrupção da era Arruda tenha começado no governo de Joaquim Roriz, pré-candidato a governador pelo PSC. Em outras palavras, se eleito novamente, ou não, Roriz também deverá ser punido.
Mas, se nada acontecer contra Roriz, teremos que dar total razão ao presidiário Arruda, que disse ser vítima de uma armação de seu antecessor.
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