Mais vale um suplente indesejado e a vaga no senado na mão do que um suplente querido e a vaga no senado voando
O caminho para o candidato a senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) escolher um novo primeiro suplente de sua chapa está totalmente livre. Hélio José apresentou hoje, 3 de agosto, ao PT-DF sua carta de desfiliação. Só há um probleminha: os militantes Base Petista e Socialista (BPS), corrente interna do PT-DF liderada por Hélio, começaram a devolver para os socialistas os materiais de campanha de Rollemberg.
Hélio José entregou a carta de desfiliação após Rodrigo fazer a denúncia, coincidentemente revelada justamente no período eleitoral e pouquíssimos dias antas do julgamento do registro da candidatura da chapa de Rollemberg. Hélio, segundo a denúncia, teria, 10 anos atrás, abusado sexualmente de sua sobrinha, hoje com 23 anos.
Corre o boato de que a revelação da denúncia teria sido uma armação para puxar o tapete de Hélio José. Se isso é verdade ou não, há na história um fato: Rodrigo Rollemberg perderá votos e terá dificuldades para se eleger. Os únicos petistas que estavam fazendo campanha para ele era os militantes da BPS.
Com a indicação do novo suplente petista, Rodrigo terá outros militantes para trabalhar em sua campanha, mas isso não impedirá os integrantes da BPS de fazer campanha contra Rollemberg.
Embora o candidato socialista apareça em segundo lugar nas pesquisas de intenções de voto, é preciso lembrar que Rodrigo Rollemberg se elegeu, com muita dificuldade, deputado federal em 2006. Com 55 mil e 917 votos, ou seja, metade do número de votos do deputado mais bem votado, Rollemberg foi o parlamentar do DF que teve menos votos.
Com estes números, o ideal seria Rodrigo somar forças e, não, afastar os aliados com denúncias suspeitas de serem armadas. Se Rollemberg ficar sem mandato, não será nenhuma surpresa.
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