Tudo já está acertado. Os principais cargos tanto do governo da presidenta Dilma Rousseff (PT), quanto do novo governador do Distrito Federal (DF), Agnelo Queiroz (PT-DF), já estão definidos. Faltam apenas alguns ajustes, que precisam ser feitos por causa do resultado desta eleição – alguns partidos saíram mais fortalecidos e querem mais; outros, enfraquecidos e, portanto, lutam para não ter menos. Quem é político ou entende de política sabe muito bem porque tudo já está acertado.
A negociação de importantes cargos, quero dizer, de “espaço no governo” acontece muito antes do resultado nas urnas. Os chamados “acordos políticos”, que antecedem as eleições, definem qual espaço determinado partido da coligação vai ocupar num eventual governo.
O PMDB do vice-presidente eleito, Michel Temer, por exemplo. Só fez aliança com o PT porque, certamente, foi definido um “acordo político”. Em breve, saberemos qual “espaço” o PMDB ocupará.
No caso do Distrito Federal, o candidato a governador derrotado no primeiro turno Eduardo Brandão (PV-DF) declarou, no segundo turno, apoio ao então candidato a governador Agnelo Queiroz. Ele fez isso de graça? Clara que não. Afinal, quem ajuda a ganhar, ajuda a governar.
Certamente, Brandão terá “espaço no governo” de Agnelo, o que poderia acontecer com Toninho do Psol. Ao contrário do candidato do PV, Toninho fez “bico”, ficou “emburrado”, cruzou os braços e disse que não ia apoiar ninguém, votaria nulo. Em outros termos, perdeu a oportunidade de ser, por exemplo, o Secretário da Transparência. Sem dúvida nenhum, seus eleitores agradeceriam.
Se está tudo definido, falta apenas a oficialização, que virá loto após os ajustes. Vamos aguardar.
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