A acusação do lobista Daniel Tavares de que teria sido pago, pelas deputadas distritais Eliana Pedrosa (PSD) e Celina Leão (PSD), para falar mal do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), é gravíssima. A acusação é tão grave que pode custar os mandatos das distritais. A Polícia Federal, portanto, precisa investigar o caso e Daniel Tavares, por sua vez, tem que apresentar as provas e explicar porque, em julho, a revista Veja publicou uma reportagem informado que ele havia pagado, em 2008, 5 mil reais de propina a Agnelo, então diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No vídeo em que nega que os 5 mil reais não era para o pagamento de propina, Daniel Tavares afirma que nunca deu entrevista à revista Veja. Mas não informa se está processando a revista por calúnia e difamação. No vídeo acima, Daniel não acusa as deputadas distritais Eliana Pedrosa e Celina Leão. A acusação só é feita quando ele dá entrevista para o programa Balanço Geral, da TV Record. Assista ao vídeo abaixo:
Os deputados distritais governistas, sobretudo Chico Vigilante (PT), acreditaram piamente na versão contada por Daniel, mesmo sem o lobista apresentar nenhuma prova, condição que os governistas exigem do auxiliar administrativo Michael Alexandre Vieira da Silva e do motorista Geraldo Nascimento de Andrade, que acusam Agnelo Queiroz de ser o chefe do suposto esquema de corrupção montado no Ministério do Esporte.
A história do empréstimo de 5 mil reais também está mal explicada. Não é informado se houve juros no pagamento da quantia, se havia alguma nota promissória ou documento que assegurasse a Agnelo que Daniel não lhe daria um calote.
Além disso, ficam no ar algumas questões sobre o caso. É legítimo uma relação tão próxima entre um diretor da Anvisa e um lobista de uma empresa farmacêutica (União Química)? O que explicaria o fato de os Certificados de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) serem concedidos pouco tempo depois dos 5 mil serem depositados na conta pessoal de Agnelo? Seria mera coincidência?
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