O Distrito Federal (DF) vive um verdadeiro caos. E não é apenas por causa da crise política que, embora esteja estampada nas revistas e nos jornais do Brasil inteiro, os governistas fingem não ver.
Até parece que o DF passou por uma guerra ou um desastre natural. Exagero? Procure então qualquer delegacia e tente registrar uma ocorrência. Há duas semanas os policiais civis do DF estão em greve geral.
Se você é morador do DF, quando cair um sereno, reze para não ocorrer nenhum problema na rede elétrica de sua quadra, pois você pode ficar até dois dias sem energia elétrica. Os trabalhadores da Companhia Energética de Brasília (CEB) também estão em greve – há dez dias.
Procure qualquer hospital de rede pública de saúde. Lá, falta tudo. Médicos, medicamentos, aparelhos. E olhe que a principal promessa de campanha do governador foi ser “o secretário de Saúde” do DF para resolver os problemas que deixam os hospitais um caos.
Precisa de transporte público? Cuidado para não perder a vida. Ônibus, alguns até pirata, circulam caindo aos pedaços e com mais de décadas de circulação.
Tudo isso acontece na região onde há o maior orçamento per capita da América Latina. Por ano, o DF tem por volta de 27 bilhões de reais. “Dinheiro tem”, como dizia o próprio governador Agnelo Queiroz (PT), quando era candidato, em 2010. Só não se sabe para onde ele está indo.
Enquanto isso, sem amparo legal, empreiteiras destroem toda uma cultura indígena, desmatando o cerrado para construir um bairro no setor Noroeste de Brasília.
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