Blog do Paraíso: Atos secretos de Agaciel tiram cargo de Reguffe na Esplanada

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Atos secretos de Agaciel tiram cargo de Reguffe na Esplanada

por José Seabra
(texto publicado no site Notibras)

Rebuscando antigas anotações de Bruno Seabra, uma espécie de primo-irmão do avô do meu avô, me deparo com um velho pergaminho amarelado pelo tempo, mas imune às traças que corroem imagens e máscaras de quem se apresenta supostamente imune a trapaças políticas.

É o texto Quase ministro, comédia em um ato do brilhante Machado de Assis. Uma história atual, no momento em que a presidente Dilma Rousseff se vê mais uma vez às voltas com problemas na sua equipe de assessores diretos.

Disposta a substituir Carlos Lupi no Ministério do Trabalho, a presidente determinou que se buscasse um nome sem manchas nos quadros do PDT. Alguém que ocupasse a cadeira na Esplanada dos Ministérios até o fim do governo, sem que sobre ele racaisse qualquer suspeita.

Não demorou e chegou-se ao nome do deputado brasiliense Antônio Reguffe. Afinal, pelo espaço que ocupa na mídia, o parlamentar é exemplo de dignidade. Avesso, como costuma dizer, a qualquer tipo de trapaça, ele apresentava-se consequentemente com o perfil de político íntegro, ideal para recompor a equipe ministerial.

Porém, já calejada com surpresas desagradáveis, a presidente mandou que fosse feita uma operação pente fino em torno do nome. Um Raio X completo. A partir daí, Reguffe, já avisado por amigos próximos que seria o primeiro representante de Brasília na equipe de Dilma, começou a ser cumprimentado, sendo cortejado para almoços e jantares.

Enquanto isso, o Palácio do Planalto investigava o pretenso escolhido. E descobriu que Reguffe, ao contrário do que se supõe, não é tão imune a erros. Dilma recebia no gabinete presidencial Carlos Lupi quando foi interrompida. Sobre sua mesa foi colocado um papel em que se lia que Reguffe não poderia ser ministro. É ficha suja.

O deputado foi servidor do Senado Federal. E, pior, funcionário fantasma. Foi nomeado por ato secreto de Agaciel Maia, então diretor-geral da Câmara Alta. Reguffe virou assessor de José Roberto Arruda quando o ex-governador do Distrito Federal era líder do PSDB.

5 comentários:

Bernardo disse...

A saída de Arruda foi um golpe de estado, o governo de arruda fazia 2000 obras, o atual não consegue fazer nada.

João Figueiredo disse...

Ele é um deputado exemplar, por isso ficam tentando atingi-lo com coisas antes do mandato. Mas o pior é que são mentiras! Ele tem além de folhas de ponto, até matérias de jornal que mostravam ele trabalhando. Portanto, ele não era fantasma. Contra fatos, não há argumentos. E tb suas nomeações foram todas publicadas no diário. Portanto, não eram secretas. O fato é que o Reguffe é um excelente deputado e realmente defende a população, mas faz inimigos por isso.

Marco Teles disse...

Isso é interesse contrariado. Mais uma prova que o Reguffe está de verdade defendendo a população. Estranho seria é se não tivesse reação a toda luta do cara.

José Roberto Paraíso disse...

A suspeita de que Reguffe seria funcionário fantasma por meio de ato secreto é muito difícil de comprovar. Se o ato foi secreto, como provar que ele existiu? A alegação de que o deputado seria vítima de armação por causa de sua atuação, portanto, teria cabimento.

Celina Coelho disse...

Mais um daqueles artigos tentando denegrir a imagem do Reguffe, só porque ele se posiciona contra toda a podridão que impera.Essa história de ato secreto é o maior absurdo que já li.E quem o acompanha há tempos, sabe exatamente como aconteceu sua nomeação como servidor, tudo dentro da legalidade. Força Reguffe, estamos com vc e sabemos da sua idoneidade e total FICHA LIMPA!