Blog do Paraíso: Enquanto Jaqueline é investigada, Benedito é salvo

terça-feira, 15 de março de 2011

Enquanto Jaqueline é investigada, Benedito é salvo

O grande erro da deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) não foi nem ter cometido os crimes divulgados pela impressa, mas, sim, ter trocado a Câmara Legislativa do DF (CLDF) pela Câmara Federal. Se ainda estivesse na “gaiola de ouro”, como também é conhecido a CLDF, Jaqueline estaria protegida, assim como o deputado distrital Benedito Domingos (PP-DF), suspeito de ter cometido tantos crimes quanto a filha do ex-governador Joaquim Roriz (PSC-DF).

Assim como Jaqueline, Benedito também é suspeito de ter recebido dinheiro sujo de Durval Barbosa, o delator do mensalão do DEM. De acordo com depoimento de Durval ao Ministério Público, Domingos teria recebido, em nome do PP, 6 milhões de reais para apoiar, em 2006, o então candidato a governador José Roberto Arruda (ex-DEM).

A este provável crime, somam-se outras supostas práticas corruptas referentes à decoração natalina de Brasília e à iluminação de fontes do Taguapark e da Torre de TV. Sem falar que o Tribunal Regional Eleitoral reprovou a prestação de contas da campanha de deputado distrital de Benedito Domingos.

De acordo com investigação da Polícia Civil, em 2008, as licitações para locação de enfeites de Natal teriam sido direcionadas a empresas vinculadas à família de Benedito.

Concluídas em 2010, as fontes luminosas do Taguapark e da Torre de TV receberam dinheiro de emendas parlamentares de Benedito. De acordo com as investigações, o valor indicado por Benedito teria beneficiado a empresa representada em Brasília por um de seus filhos.

Mesmo com tudo isso, até agora, não há nenhum sinal na CLDF de uma sequer representação contra Benedito Domingos por quebra de decoro parlamentar. Pelo contrário, os colegas dele, muitos com a ficha mais suja do que pau de galinheiro, arquitetaram uma tática para livrá-lo de investigação ou punição.

O principal argumento: os supostos crimes de Benedito teriam acontecido na legislatura passada. Oxalá se Jaqueline Roriz ainda estivesse na “gaiola de ouro”, casa de promiscuidade, privilégio e impunidade.

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