Blog do Paraíso: Renovação ética na Câmara Legislativa do Distrito Federal

domingo, 4 de julho de 2010

Renovação ética na Câmara Legislativa do Distrito Federal

De 31 deputados, entre titulares e suplentes, 11 devem ficar fora da próxima legislatura. Mas cientistas políticos apostam que, com os escândalos que abalaram a Casa, 70% dos nomes serão mudados nas urnas

Ana Maria Campos
Helena Mader
(texto publicado no Correio Braziliense)

Os distritais começaram a atual legislatura com um forte discurso de moralidade e com a promessa de uma pauta ética. Esses quatro anos, no entanto, entrarão para a história como uma era de escândalos. Desde janeiro de 2007, três deputados renunciaram ao mandato, inclusive o presidente da Casa, Leonardo Prudente, atolados numa crise sem precedentes. Dois passaram uma temporada na cadeia e a Câmara recebeu 16 representações por quebra de decoro parlamentar. E mais: dois parlamentares foram cassados: Eurides Brito (PMDB), por suspeita de corrupção, e seu suplente, Roberto Lucena (PR), por infidelidade partidária. Este, por sua vez, passou metade de um dia preso, antes de perder o mandato, sob a acusação de não pagar pensão alimentícia.

Foi um período de turbulências, que abalaram governistas e integrantes da oposição. Só as urnas vão mostrar como o eleitorado vai reagir a tanto desgaste dos integrantes do Legislativo. Mas, para especialistas, a renovação deve chegar a pelo menos 70%. Nas últimas eleições, apenas 13 dos 24 parlamentares não faziam parte da legislatura anterior — ou seja, o último pleito teve índice de renovação de 54% do quadro de distritais.

Improbidade
O mais novo escândalo atinge nove parlamentares. O Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (Ncoc) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios entrou com uma ação de improbidade administrativa contra os deputados Aguinaldo de Jesus (PRB), Alírio Neto (PPS), Aylton Gomes (PR), Batista das Cooperativas (PRP), Benício Tavares (PMDB), Cristiano Araújo (PTB), Dr. Charles (PTB), Rogério Ulysses (sem partido) e Rôney Nemer (PMDB).

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