Culpar somente a natureza pelas centenas de mortes decorrentes de enchentes, enxurradas e deslizamentos é uma enorme injustiça. A responsabilidade deve cair, também, sobre os ombros dos administradores das cidades e dos Estados, os políticos.
São os políticos – prefeitos e vereadores, governadores e secretários, parlamentares e presidente – os responsáveis por investir e fiscalizar a aplicação de dinheiro público em obras de escoamento e em tecnologia para evitar ou minorar as consequências dos temporais.
São ainda eles os responsáveis por fiscalizar e evitar que os cidadãos, desavisados, ocupem as áreas de risco.
Mas todo esse trabalho fica comprometido e até impossível de ser realizado por causa da burocracia proposital e ocasionadora da corrupção. O roubo do dinheiro público, em palavras mais claras, evita uma correta administração preventiva de desastres naturais.
Se não houver uma mudança no comportamento dos responsáveis pela administração das cidades e dos Estados, as centenas de mortes causadas pelos temporais continuarão no calendário nacional, assim como o Carnaval, a Páscoa, a Proclamação da Independência, o Natal, dentre outros.
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