Blog do Paraíso: Câmara e MP, embate à vista

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Câmara e MP, embate à vista

Apesar de o Ministério Público ter cobrado do Legislativo providências relativas a oito distritais investigados, processos por quebra de decoro deverão continuar parados

Ana Maria Campos
(texto publicado no Correio Braziliense)

Instado a apontar os motivos para a paralisação na Câmara Legislativa das representações contra deputados citados na Operação Caixa de Pandora, o presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, Aguinaldo de Jesus (PRB), prepara uma resposta que não deve convencer o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Aguinaldo antecipou ao Correio seu entendimento de que ainda não há elementos suficientes para abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra os colegas citados em diálogo captado por escuta ambiental da Polícia Federal (PF), em outubro do ano passado, em que o então governador José Roberto Arruda conversa com o chefe da Casa Civil à época, José Geraldo Maciel, e com Durval Barbosa sobre a distribuição de mesada à base aliada na Câmara Legislativa.

No último dia 26, Aguinaldo de Jesus recebeu oito ofícios assinados pelos promotores do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (Ncoc) do Ministério Público local com uma clara cobrança pelo andamento das representações contra os deputados Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP), Benício Tavares (PMDB), Geraldo Naves (sem partido), Rogério Ulysses (sem partido) e Rôney Nemer (PMDB), além dos suplentes Pedro do Ovo (PRP) e Berinaldo Pontes (PP). Eles estabeleceram um prazo de 10 dias que terminaria amanhã, para que sejam respondidos os seguintes questionamentos: se a Comissão de Ética instaurou processos, em que estágio se encontram e os motivos para eventual paralisação do trâmite.

Relatório final
Para Aguinaldo, por causa do recesso de ontem e do ponto facultativo de hoje na Câmara Legislativa, o prazo para a resposta só expira no fim da próxima semana.

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