Fraude nos contratos de informática

Polícia Civil e Ministério Público concluíram o inquérito que detalha esquema de gastos irregulares no governo, de 1999 a 2008. Denúncia, encaminhada à Justiça, aponta formação de quadrilha e conluio em licitação

Samanta Sallum

Ana Maria Campos

(texto publicado no Correio Braziliense)

A Polícia Civil, o Tribunal de Contas e o Ministério Público do DF têm, juntos, um farto material de investigação que denuncia o crime enraizado no Governo do Distrito Federal. Apurações que se desdobram em outras, que por sua vez dão origem a terceiras, num ciclo sem fim. Das formas mais variadas, em diversos momentos de gestão, as irregularidades apontam para a mesma coisa: gastos ilegais de dinheiro público. A última operação concluída é a Terabyte, cujo alvo foram os contratos de empresas de informática do GDF no período entre 1999 e 2008. O relatório final apontou os crimes de formação de quadrilha, fraude e dispensa ilegal de licitação.

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Comentário deste Blog: não consigo entender por que as fraudes nos contratos de informática não foram detectadas antes, já que são praticadas há 10 anos. Suponho que as irregularidades estão vindo à tona somente agora para dar resposta ao escândalo revelado pela Operação Caixa de Pandora. É como se existissem no Distrito Federal dois grupos.

Um grupo está do lado do denunciante do mensalão do DEM, Durval Barbosa, que é aliado do ex-governador Joaquim Roriz (PSC-DF). As revelações de Durval teriam o único objetivo de tirar o governador cassado José Roberto Arruda (ex-DEM) do poder.

Já o outro grupo seria aliado de Arruda e não quer deixar barato a rasteira desferida pelo aliado de Roriz, por isso, está revelando a corrupção que deveria ser corrigida muito antes.

Entre os dois grupos, está a sociedade, indignada e inconformada com tanta corrupção.

Desejo que os dois grupos sejam punidos e desraigados do poder; que eles se autodestruam; e que o circo pegue fogo!