Blog do Paraíso: Está na hora de repartir o bolo

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Está na hora de repartir o bolo

Todo início de ano é sempre a mesma coisa, na hora de discutir o aumento do salário mínimo. Tanto na época do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), quanto na era do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e agora no governo da presidenta Dilma Rousseff (PT), os argumentos são os mesmos: o salário mínimo não pode aumentar muito porque o país não aguenta; vai aumentar em tantos milhões ou bilhões o rombo da previdência; o governo precisa cortar gastos e segurar a inflação. E blá, blá, blá.

Agora, na hora das excelências se autoconcederem um aumento de 60% no salário, não aparece nenhum argumento técnico que consiga demovê-los. Sem falar que o tempo de tramitação é recorde. De uma hora para outra. Pá. Pum. Ninguém se preocupou com as drásticas consequências econômicas, como o efeito cascada do imoral reajuste do salário dos deputados federais e senadores.

Está passando da hora de acontecer uma revolução no Brasil. É preciso romper as amarras do passado; do patrimonialismo colonial; do conservadorismo oligárquico; e do conformismo ditatorial. Temos que acabar, de vez, com a máxima: o rico cada vez mais rico e o pobre cada vez mais podre. Chega de buscar, a todo custo, o crescimento econômico. Enfim, está na hora de, finalmente, repartir o bolo.

O primeiro passo, acabar com a ditadura da mídia. Democratizar a comunicação. Tirar da mão de poucas famílias o monopólio das concessões públicas e das verbas publicitárias. Criar um Conselho de Comunicação para disciplinar a grande mídia conservadora, obrigando seus donos a cumprir o que determina a Constituição.

Sem acabar com a ditadura da mídia, fica muito difícil, senão impossível, alcançar os passos seguintes.

A propósito, o segundo passo seria realizar uma reforma agrária verdadeiramente democrática e descente, com o aumento dos incentivos para a agricultura familiar, investindo em infraestrutura e concedendo crédito a baixo custo.

Os passos seguintes deveriam ser a verdadeira valorização da educação e dos serviços básicos para a população, como saúde, segurança, transporte e alimentação.

Assim, teremos, verdadeiramente, um país rico, um país sem pobreza.

Nenhum comentário: