Militantes históricos deixaram partido ao bater de frente com Lula ou criticar decisões como alianças com partidos de centro-direita
João Domingos, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Com um pragmatismo de quem tem planos de ficar muitos anos no poder, o PT completou 31 anos muito diferente do partido fundado pela união de uma elite sindical a intelectuais e religiosos. O PT notabilizou-se pela frieza política e não teve nenhum escrúpulo em descartar o militante histórico quando este se tornou um incômodo.
De 1980 até hoje, tombaram fundadores como o sociológico Chico de Oliveira e o jurista Hélio Bicudo, o ex-governador e ex-ministro Cristovam Buarque (DF), as ex-senadoras Heloisa Helena (AL) e Marina Silva (AC), os ex-deputados Fernando Gabeira (RJ) e João Batista Araújo, o Babá (PA), além dos deputados Ivan Valente (SP) e Paulo Rubem Santiago (PE), entre dezenas. Uns, como Oliveira e Bicudo, saíram por incompatibilidade com o mais forte nome petista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; outros, como Heloísa Helena e Babá, foram expulsos por não terem votado a reforma da Previdência. Cristovam, Marina e Gabeira saíram por terem sido marginalizados dentro do PT, quando suas opiniões já não interessavam mais.
Um comentário:
quando o PT surgiu era oposição...só os que não conhecem os detalhes da história não perceberam que com o tempo ele será de centro direita...O que é o PT hoje? O PT de hoje é um partido em faze de amadurecimento com certeza melhor que o PT de ontém e seria muito melhor... se não tentasse varrer para baixo do tapete as acusações de mensalão
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