O ex-procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza, de acordo com depoimento do denunciante do mensalão do DEM Durval Barbosa, foi quem teria recomendado ao procurador-geral de Justiça do Distrito Federal (DF), Leonardo Bandarra, retirar da internet notícias que impediram o próprio Bandarra a assumir o cargo que ocupa hoje, por enquanto.
Antônio Fernando foi procurador-geral da República entre 2005 e 2009. Ele ganhou destaque na imprensa porque denunciou diversos membros do governo Lula por envolvimento no suposto Mensalão do PT.
De acordo com o depoimento de Durval Barbosa, a suposta retirada da internet de notícias negativas contra Leonardo seria a condição para que Antônio Fernando reconduzisse Bandarra ao cargo de procurador-geral do DF.
Para retirar as notícias da internet, segundo o depoimento de Durval, a ex-secretária de José Roberto Arruda (ex-DEM-DF) Cláudia Marques teria sido procurada pela promotora de justiça Deborah Guerner, acompanhada do marido Jorge Guerner. Em seguida, Cláudia Marques teria procurado Druval Barbosa e lhe contado que Guerner falava em nome de Bandarra. Foi naquela época que a suposta relação de Durval Barbosa e Deborah teria começado e envolveria pagamento de propina por informações privilegiadas acerca de processos que tramitaria na justiça do DF. Por causa dessa suposta relação, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) vai realizar, até o final do mês, uma sessão para deliberar sobre a abertura de processo administrativo disciplinar contra Guerner e Bandarra.
O depoimento de Durval Barbosa pode ser lido no resultado da sindicância realizada pela corregedora-geral do Ministério Público do DF, Lenir de Azevedo, para investigar o comportamento de Leonardo Bandarra e Deborah Guerner. Clique aqui para ler o documento.
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