O Distrito Federal (DF) é governado por Rogério Rosso (PMDB-DF), um aliado de José Roberto Arruda (ex-DEM-DF), governador cassado que ficou preso durante dois meses na superintendência da Polícia Federal, em Brasília.
Rogério Rosso é um governador biônico, não foi eleito por meio do voto direto. Pelo contrário, apenas 13 cidadãos foram os responsáveis pela condução de Rosso ao cargo de governador do DF. Desses 13, oito são suspeitos de receberem uma mesada do suposto esquema de corrupção chefiado por Arruda, segundo as investigações do inquérito 650.
O chefe da instituição criada para defender a sociedade, o procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bandarra, é suspeito de receber uma suposta mesada do ex-governador Arruda.
A Câmara Legislativa, que deveria fiscalizar o governo, é composta por 24 deputados distritais e, pelo menos, nove são citados no escândalo do mensalão do DEM. Sabe-se que o número de mensaleiros pode dobrar. Restariam um ou dois parlamentares livres de suspeitas de participação no esquema de corrupção.
Uma pequena parcela da sociedade, composta na maioria por estudantes, quando vai às ruas protestar é reprimida, espancada e presa pela polícia do governador biônico e dos deputados mensaleiros.
Moram no Distrito Federal por volta de 2,5 milhões de habitantes. A vida, para eles, continua normal. “Vida de gado. Povo marcado. Povo feliz”.
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