Blog do Paraíso: Serra usou informação duvidosa ao falar de SP

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Serra usou informação duvidosa ao falar de SP

Investimento não triplicou; a taxa passou de 0,43% do PIB para 0,97%

Comparação negativa sobre investimentos públicos no Brasil é de economista tucano, com dados não auditados

GUSTAVO PATU
DE BRASÍLIA
(texto publicado na Folha de S. Paulo)

O tucano José Serra misturou dados enganosos e de consistência duvidosa ao atacar a escassez de obras públicas no Brasil e exaltar a expansão desses investimentos durante sua gestão no governo paulista.

Diferentemente do que disse, a taxa de investimentos públicos -a participação deles na economia- não chegou a triplicar em São Paulo. Passou de 0,43% para 0,97% do PIB estadual.

Foi triplicado, isso sim, o valor dos investimentos paulistas em moeda corrente, sem descontar a inflação. Pelo mesmo critério, os investimentos federais duplicaram no segundo governo Lula.

Apesar do crescimento, São Paulo é um dos que menos investem como proporção do PIB local. A taxa também é inferior à da União, de 1,03% do PIB em 2009.

A afirmação de que os investimentos públicos no Brasil só superam os do Turcomenistão se baseia em estudo do economista José Roberto Afonso, ligado ao PSDB, a partir de dados de 2007 enviados ao FMI.

O próprio autor ressalva no documento que os dados não foram auditados e podem ter sido apurados por metodologias diferentes.


Atualização: até agora, às 18h e 20 minutos, esta notícia não entrou no resumo do Blog do Noblat. Pelo horário, não entrará mesmo. Este blog interpreta a omissão como um sinal de que o candidato a presidente do jornalista e blogueiro Ricardo Noblat pode ser José Serra (PSDB-SP). Para ter certeza, é bom continuar observando se ele omitirá mais notícias negativas sobre o tucano. Nada contra a preferência de Noblat. Só acho que seus leitores precisam saber, assim como o Blog do Paraíso já revelou que, por enquanto, sua preferência é a continuidade do governo que resgatou a dignidade dos brasileiros, o que será possível com a eleição de Dilma Rousseff presidente do Brasil.

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