Blog do Paraíso: Pagamento à ASSECAM carece ser analisado

sábado, 15 de maio de 2010

Pagamento à ASSECAM carece ser analisado

O Legisativo é o mais despudorado dos Poderes e a Caixa de Pandora ainda nem chegou nos contratos da CLDF
(texto publicado no Blog do André de Moura)

A Caixa de Pandora foi aberta em novembro de 2009 e causou uma hecatombe na política brasiliense. Logo depois de ser aberta foi, temporariamente, fechada pelo segredo de justiça. Desde então muita coisa aconteceu e muitas biografias foram jogadas na lama. Até agora só o Poder Executivo teve contratos e despesas analisados, mas a sensação é que as falcatruas se espalharam em outras paragens e não apenas no Executivo chefiado por Roriz e Arruda.

Mesmo os parlamentares que já tombaram por causa da Caixa de Pandora foram atingidos pelas relações promíscuas com o Executivo. Nenhum caiu por falcatruas praticadas com o dinheiro do Poder Legislativo.

Acontece, entretanto, que parte dos parlamentares envolvidos no esquema do mensação do DEM tinham em suas mãos os cofres do Poder Legislativo. É difícil imaginar, por exemplo, que Leonanrdo Prudente tenha administrado a casa das leis com probidade e retidão.

Se ele foi capaz de receber dinheiro sujo e colocá-los na meia, por qual motivo não teria feito negócios estranhos quando foi detentor do cargo de Presidente da CLDF?

O contrato com a RC Agnelo é um dos que reclamam uma maior averiguação. O valor era de trinta milhões. O contrato, emergencial e sem licitação, está sendo questionado na Justiça pelo MPDFT.

O pagamento dos 11,98% aos servidores associados à ASSECAM, por Alírio Neto, também carece ser analisado. Mais de 18 milhões de reais foram pagos, sob o pretexto de cumprir uma decisão judicial que nunca existiu. Pode-se estar diante de um erro na publicação do Dário Oficial, mas a questão precisa ser esclarecida.

Também com a ASSECAM, no final de 2008, chama atenção o acontecimento relacionado ao processo 2008.00.2.018700-1. Não fosse uma medida de suspensão de segurança 3783-8 obtida pela Procuradoria do DF junto ao Supremo Tribunal Federal, milhões poderiam ter ido embora da mesma forma que no processo dos 11,98%.

Enfim, a imagem que ilustra o presente texto, extraída do jornal O DISTRITAL, bem mostra a realidade. Muito ainda é preciso escavar para tirar as crostas que encobrem a corrupção e acobertam os corruptos. Feita a limpeza preliminar, na parte de baixo ainda se encontrará muita sujeira, pelo menos é a impressão que tenho.

E os locais de “escavação” certamente não se limitarão apenas aos sítios do Poder Executivo. O Legislativo, que sempre foi o mais despudorado dos poderes, deve ter muita sujeita debaixo dos tapetes.

A crise vai longe.

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