Blog do Paraíso: Agnelo e Orlando são siameses

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Agnelo e Orlando são siameses

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e o ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), são irmãos siameses. Não adianta um jogar a culpa no outro. Se um cair, o outro cai junto.

As suspeitas de corrupção no Programa Segundo Tempo caem sobre contratos celebrados na época que Agnelo Queiroz era filiado ao PCdoB, chefiava o Ministério do Esporte e tinha como braço direito Orlando Silva. Depois que Agnelo deixou o cargo de ministro e Orlando assumiu no seu lugar, os indícios de irregularidades não cessaram. Muito pelo contrário, perduraram até recentemente.

Orlando Silva, e seus apoiadores, dizem que a imprensa está dando voz a um bandido. Mas eles esquecem que há notícias de corrupção sobre outras Organizações Não Governamentais (ONGs), espalhadas pelo Brasil. Logo, as denúncias do policial militar João Dias não são um caso isolado.

E não adianta dizer que as denúncias são armações de adversários políticos, pois não estamos em ano eleitoral. Em 2010, os adversários políticos de Agnelo usaram sem nenhuma moderação os depoimentos de pessoas envolvidas na Operação Shaolin da Polícia Civil. As eleições passaram, mas as investigações continuaram, inclusive, o processo foi enviado recentemente para o Supremo Tribunal Justiça, por haver indícios de envolvimento do governador do DF.

O Partido dos Trabalhadores (PT) não precisava passar por este desgaste político e moral, vendo o nome de seu segundo governador eleito em Brasília envolvido no suposto esquema de corrupção do Ministério do Esporte, justamente depois de ter acontecido na Capital da República o famigerado escândalo da Caixa de Pandora.

Mesmo possuindo em seu quadro interno lideranças políticas fortes e sem envolvimento em denúncias de corrupção, dirigentes do PT no DF, para satisfazer projetos pessoais, preferiram importar um candidato de outro partido.

Nas eleições prévias de 2010, a militância petista bem que tentou evitar a imposição de Agnelo como candidato a governador. Mas o poder econômico dos principais dirigentes do PT-DF foi maior. E deu no que deu. Agnelo Queiroz venceu a eleição interna contra o deputado federal licenciado Geraldo Magela (PT), venceu a eleição contra Joaquim Roriz (PSC) e, agora, antes mesmo de completar um ano no governo, corre o risco de deixar o mandato.

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