Blog do Paraíso: Liliane Roriz cobra do governo plano para preservar o Lago Paranoá

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Liliane Roriz cobra do governo plano para preservar o Lago Paranoá

O assoreamento do Lago Paranoá está pautando alguns parlamentares da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A deputada distrital Liliane Roriz (PRTB), por exemplo, vai cobrar do governo do DF um Plano Diretor do Lago Paranoá, com o objetivo de orientar a atuação do poder público na busca de soluções que minimizem os problemas e impactos ambientais nas bacias hidrográficas do Distrito Federal.

Este blogueiro, via twitter, fez a seguinte pergunta para a distrital: “e quanto as construções na orla do Lago Paranoá? Elas são irregulares e mesmo assim vão permanecer lá? O que a senhora acha?”.

“O Plano Diretor pode trazer soluções para isso também. Sou contra qualquer tipo de irregularidade. Seja de quem for”, respondeu, também pelo micro blog, Liliane Roriz.

De acordo com a assessoria da distrital, o Plano Diretor é um instrumento de preservação dos bens ou áreas de referência urbana, previsto constitucionalmente e também no Estatuto da Cidade. “Não é apenas por ser um cartão-postal de Brasília. A preocupação com o Paranoá é para garantir a manutenção da qualidade de vida de nossa cidade”, justificou a distrital.

O assoreamento do lago tem sido tema de debates entre estudiosos, gestores públicos e ambientais que atuam no Distrito Federal. Entre eles, há o consenso de que a falta de fiscalização e de políticas públicas de estímulo à responsabilidade ambiental resultaram no cenário que é temido hoje no Distrito Federal. “O governo precisa atuar de forma mais enérgica para reverter esse quadro, que é muito preocupante. Não dá mais para adiar esse debate. O lago precisa viver”, reforça Liliane Roriz.

De acordo com recentes estudos apresentados pela Universidade de Brasília e pela Agência Reguladora de Águas (Adasa), o avanço do assoreamento é causado por vários fatores, como o processo de urbanização acelerado e desordenado em áreas próximas aos rios e ribeirões que alimentam o Lago Paranoá. Pesquisadores encontram problemas principalmente nas sub-bacias hidrográficas do Riacho Fundo e do Ribeirão Bananal, que abrangem as regiões de Águas Claras, Vicente Pires, Arniqueiras, Mansões Park Way, Cidade do Automóvel, Noroeste e Varjão, todas com uma grande quantidade de construções.

Para se ter ideia, em alguns pontos residenciais do Lago Sul, como na QL 02, QL 04 e QL 06, já dá para perceber com nitidez a redução do volume de água devido ao assoreamento. De acordo com o Instituto Brasília Ambiental, a estimativa é de que o Lago Paranoá tenha perdido, desde a inauguração de Brasília, uma área de aproximadamente 230 campos de futebol.

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