Comentário deste Blog: esta não é a primeira vez que a rede Record entra em confronto com um meio de comunicação. A televisão do bispo Edir Macedo já bateu de frente com o jornal Folha de São Paulo e com as organizações Globo. Dessas brigas, só dá para tirar apenas uma conclusão: é preciso cumprir, com urgência, a Constituição Federal de 1988 e criar um Conselho de Comunicação Social para fiscalizar e regular as empresas da área.
No quinto capítulo da Constituição, o artigo 221 estabelece quatro princípios que as emissoras de rádio e televisão deveriam atender. O primeiro: “preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas”. O segundo: “promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação”. O terceiro: “regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei”. Por fim, o quarto princípio: “respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família”.
Para fazer as empresas cumprirem esses princípios, conforme determina o artigo 224, “o Congresso Nacional instituirá, como seu órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei”.
Até hoje este artigo não foi regulamentado, o Conselho, portanto, ainda não existe e a sociedade brasileira continua refém das práticas de mau jornalismo que vieram à tona no decorrer das brigas entre a rede Record, as organizações Globo, o jornal Folha de São Paulo e a revista Veja.
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